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14 de dez. de 2010

QUEM NÃO TEVE?

O governador do Rio de Janeiro me saiu com esta hoje:


"Quem aqui não teve uma namoradinha que teve de abortar?"

Quem fala uma coisa dessas na qualidade de político e governador de estado, dá a impressão de que está incentivando o sexo irresponsável e o aborto, como se ele não fosse um problema seríssimo de saúde pública.

Fico me perguntando como ele reagiria se uma filha dele abortasse? Será que ele chegaria pro "genro" e diria:

- Liga não, meu "fio", quem nunca teve uma namoradinha que teve de abortar, né?

Mas eu sou conservador mesmo, não entendo mais o mundo em que vivo.

Da minha parte, nunca tive namoradinha que teve de abortar. E se aparecesse grávida eu não deixaria abortar, faria o que qualquer homem de verdade faz, que é assumir, dar carinho, educação e proteção material.

15 de out. de 2010

E O SUS, COMO FICA?

Nesse debate sobre o aborto, onde a questão religiosa é posta acima da questão prática por conveniência política, estão esquecendo do principal aspecto: quem paga a conta?

Sou contra o aborto livre no Brasil porque ele passaria a ser uma alternativa aos métodos contraceptivos.

O caso do goleiro do Flamengo mostrou um fato que é bem mais comum do que a gente imagina -muitos homens simplesmente não se preocupam em usar camisinha - e muitos dos mais abastados pagam valores adicionais para que garotas de programa não usem.

Mas deixemos de lado as chácaras luxuosas e os carrões importados. Vamos nos perguntar o que aconteceria no andar de baixo, se o SUS passasse a promover abortos sem maiores formalidades?

Teríamos uma enxurrada de mulheres acorrendo ao sistema de saúde para fazer abortos, por conveniência de seus amantes, namorados, maridos ou mesmo de suas famílias, incapazes de promover antes uma educação sexual sadia e ávidas por se livrarem do "problema". Por óbvio, podem acontecer casos de conveniência da própria mulher, mas daí, o aborto livre funcionaria dentro daquela lógica de fazer do próprio corpo o que bem e entende, embora não se possa considerar isso exatamente ético.

Dias atrás a imprensa noticiou um caso de uma mulher que foi 9 vezes à delegacia fazer BO com base da Lei Maria da Penha por estar sendo coagida pelo ex-marido, que a matou sem que autoridade nenhuma se preocupasse com a segurança que ela implorava.

Você, leitor, acha que essa coação é incomum? Você não acha que no caso de uma gravidez indesejada essa coação não seria feita para impor uma ida ao SUS e "resolver" um problema?

E o custo disso para a sociedade, especialmente para o contribuinte? Não podemos nos ater ao ato médico do aborto em si, mas também às eventuais consequências, tais como sequelas físicas ou emocionais que certamente acabarão tratadas pelo SUS. Será que as prioridades não estão invertidas? Será que educação sexual sadia não seria mais eficiente que a liberação do aborto?

Vou repetir o que escrevi no twitter: Quero o dinheiro do SUS em exames, cirurgias e internações, não em abortos para que imbecis façam sexo sem camisinha.

Posso estar enganado em todos os meus argumentos, mas preciso que alguém me convença do contrário. E bem dito, também "sou a favor da vida", até porque não pretendo morrer tão cedo.

6 de out. de 2010

ABORTO

Essa discussão eleitoral sobre o aborto é no mínimo absurda.

Porque se por um lado o programa do PT defende a descriminação do aborto (e defende mesmo!), por outro, o discurso de José Serra, de ser "em favor da vida" é ridículo, na exata medida em que ninguém em sã consciência é a favor da promoção da morte. Ou seja, tanto o PT quanto o PSDB entraram na seara da mais pura demagogia eleitoreira.

A liberdade em abortar é e sempre foi uma bandeira de esquerda, uma contraposição ao conservadorismo nos países onde o processo político é desenvolvido. É uma discussão libertária mas ao mesmo tempo meramente ideológica e destituída de senso prático.

Um dia, para chocar as hostes conservadoras alguém inventou que a mulher pode fazer do seu corpo o que bem entender como se a gravidez independesse da intervenção masculina. E a partir disso, aviltou os direitos do nascituro e esqueceu dos direitos paternos pois, pode ser raro, mas há homens que aceitam os filhos mesmo gerados em relações fugazes. E ignoraram as consequências fisiológicas e psicológicas do ato, como se uma mulher fosse apenas uma máquina de fazer filhos que podem ser descartados no processo de qualidade.

E assim ficamos discutindo essa bobagem nos últimos 40 anos.

O que aconteceria se no Brasil o aborto fosse liberado?

Eu respondo: uma horda de meninas irresponsáveis de 14 a 18 anos acorreria ao sistema de saúde, acompanhadas ou não de seus namoradinhos igualmente irresponsáveis, para evitar a maternidade indesejada que ocorreu por preguiça mental de aprender métodos contraceptivos. E uma vez abortadas, provavelmente repetiriam o ato por ignorância ou influência nefasta de seus "companheiros" sempre aptos ao prazer mas não às responsabilidades de criar filhos, ou ainda de familiares preocupados com uma honra perdida no exato momento em que aceitaram o aborto como solução para a educação que não deram ou não quiseram receber em momento passado.

O aborto, no Brasil, seria uma fuga de um problema bem maior e mais grave que uma gravidez indesejada, seria uma fuga para o problema seríssimo de falta de cultura, discernimento e vontade de aprender de uma parte substancial da população, que passaria a usá-lo como método contraceptivo sem pensar exatamente nas consequências à integridade física e psicológica da mulher envolvida.

Tenho todo o respeito pelas opiniões religiosas que não aceitam sequer o aborto dos casos previstos em Lei, tanto quanto as opiniões libertárias de quem pretende o aborto livre e indiscriminado. Mas não concordo com elas, sou favorável ao aborto nos casos previstos em Lei:

a) estupro;
b) risco de morte da mãe;
c) risco de criança deficiente.

Fora isso, o aborto deve ser tratado como crime praticado em conluio de todos os envolvidos (o médico, a mulher, o companheiro/namorado/marido/parceiro sexual). E o aborto autorizado pela Lei deve ser feito sob controle judiciário das circunstâncias.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...