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30 de mai. de 2017

A CARA-DE-PAU COMO ARGUMENTO DE DEFESA



Um ex-ministro da Fazenda (vejam bem, da FA-ZEN-DA, aquele à quem se reportam a Receita Federal do Brasil e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) vem à público e alega em sua defesa que sim, tem dinheiro na Suíça, que não foi declarado no Brasil,  fruto da venda de um imóvel da família. 

Difícil de acreditar que um ex-ministro da FAZENDA não saiba que o dinheiro de uma venda legal, não possa ser enviado legalmente para o exterior, a ponto de fazê-lo na ilegalidade de não declarar a operação de transferência, que qualquer gerente de banco brasileiro sabe fazer dentro das leis e das regras emitidas e fiscalizadas pela Receita Federal do Brasil. Difícil de acreditar, mesmo!

Sem contar que, se o ex-ministro acredita nessa história, isso explica a situação macroeconômica delicada do Brasil, porque demonstra que no ministério não havia alguém realmente capacitado para a função.

Um outro político, senador famoso, falante, bonitão e cheio de marra, foi acusado e receber 2 milhões de reais em dinheiro vivo de um mega-hiper empresário com negócios em dezenas de países pelo mundo afora. Alegou que era um empréstimo para pagar o advogado, que no mesmo dia declarou não ter recebido nada em dinheiro vivo! 

Hummm... se era empréstimo, porque não fizeram transferência bancária? Segura, sem risco de assalto e sem a necessidade de carregar mala (deve pesar pra caramba uma mala cheia de dinheiro, eu nunca vi uma assim na vida, mas fico imaginando). Se era para pagar advogado, porque não transferiram direto para a empresa ou pessoa do causídico?  Se era empréstimo, este é isento de imposto, desde que seja devolvido, mas se era para pagar o advogado, este teria que pagar os impostos, afinal, seria renda. Mas nada disso ocorreu ao senador. O senador administra seu gabinete com vários funcionários, relata, discute e vota os mais variados projetos de lei, sendo que alguns são inclusive fiscais, para combater a sonegação. Mesmo assim, ele "não sabia" que uma operação de 2 milhões podia ser feita por mera transferência bancária. 

E um ex-presidente frequenta um sítio. Do sítio ele recebe informações do caseiro, que informa dos pintinhos que morreram, dos gambás que caíram na armadilha e dos reparos que são necessários. Na casa do sítio, fotos e objetos pessoais seus na decoração e os nomes dos netos nos pedalinhos do lago. Mas alega que o sítio é... de um amigo! 

Não faz muito tempo, os (muitos) políticos envolvidos em investigações de corrupção vinham à público dizer serem inocentes, vítimas de enganos ou de perseguições políticas, mas agora, passamos à uma nova fase de suas defesas, eles adentraram à teoria da cara-de-pau explícita, com direito à óleo de peroba de brinde.


1 de set. de 2008

AGORA, O GRAMPO!

Toda a verborragia de Carlos Lacerda não foi suficiente para arranhar a imagem nem de Getúlio Vargas, muito menos de Juscelino Kubitschek.

Lacerda batia forte. Praticamente todos os dias dava socos no fígado do presidente de então, sempre seu desafeto, porque achava que desconstruindo o o mito que GG e JK representaram, chegaria ao poder para sentar na cadeira deles.

Getúlio não se entregou a seus ataques e, morto, transformou o político carioca em vilão.

Lacerda conseguiu se recuperar de seu processo demonizatório e então voltou as luvas de boxe contra JK.

Novamente virou vilão, o que inviabilizou sua candidatura em 1960, quando ele teve que engolir Jânio Quadros sentando na cadeira que tanto cobiçou durante vida públlica.

Insatisfeito, virou golpista a atacar um presidente incompetente e sem carisma algum (João Goulart), mas no final de sua carreira política acabou pedindo penico para Juscelino, tentando formar a "frente ampla" para fazer o país retornar à democracia que seu discurso incendiário e irresponsável ajudou a destruir.

Porque resolvi lembrar Carlos Lacerda?

Por que já tem gente da oposição falando em "impeachment" do Presidente Lula, dado o caso do grampo envolvendo o Ministro do STF, Gilmar Mendes.

É incrível como a história se repete. Lacerda tentou desconstruir dois mitos, GG e JK, e a atual oposição tenta desconstruir o mito Lula, como que não percebendo que não adianta atacar de modo confuso um presidente com índices altíssimos de aprovação e que detém a simpatia do povão.

GG morreu como herói e até hoje é idolatrado. JK, se não fosse mito e com enorme aprovação popular, não teria terminado seu governo que acabaria em golpe de Estado promovido por pessoas como Carlos Lacerda e efetivado pelas forças armadas de então.

Já o caso de Lula, éuma síntese desses dois ex-presidentes e não adianta absolutamente nada tentar associá-lo aos (muitos) casos de corrupção de seu governo, basicamente porque sua força popular está na economia em alta e na distribuição efetiva de riqueza que promoveu nos últimos 6 anos.

A oposição prefere atacar o presidente de novo e dar com os burros n'água de novo, o que é um atestado de burrice extrema e mesmo de falta de consciência dos instrumentos que possui.

Se ao invés de a toda hora buscar acertar o fígado do ocupante do Planalto, que é blindado, a oposição utilizasse os meios de que dispõe para exigir o julgamento acelerado dos próceres do PT envolvidos em casos de corrupção deste governo, seria mais eficaz.

Não batendo em Lula, mas deixando claro as mazelas do PT, a oposição obteria um crédito eleitoral ao enfraquecer o partido do presidente, que não se confunde com ele. Agora, batendo em Lula, a oposição alimenta sua mitificação, o torna herói e ao mesmo tempo fortalece o PT.

Lula não será candidato em 2010, de tal modo que a oposição deveria voltar suas baterias aos muitos próceres petistas e às pessoas próximas ao governo, com condições de alçar vôo presidencial. Enfraquecendo o PT, a oposição teria chances de fragmentar a instável "base aliada" que entraria em 2010 com vários projetos presidenciais entabulados, muitos deles com intenção de passar por cima até mesmo do partido do presidente, que ficaria em maus lençóis se dois ou três de seus aliados mais próximos (incluídos do PT) resolvessem usar sua imagem de mito popular na campanha para o Planalto.

Mas não! Preferem atacar o presidente e reforçar o mito. Se algum tipo de manifestação brancaleone em prol de cassação acontecer contra Lula, o povão identificará isso como golpismo, o mesmo que vitimou Getúlio e JK e, pelo menos eu penso assim, criará alguém acima do bem e do mal, capaz de decidir uma eleição apenas subindo em um palanque.

Desse jeito, Lula está a um passo da eternidade... e a oposição correndo em direção ao abismo.

Mas vai ver que sou eu que não entendo nada de política e percebo as coisas de modo errado...

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...