Acompanho
o Coritiba Foot Ball Club desde os meus 6 anos de idade, lá se vão
37 primaveras de uma trajetória de emoções intensas, momentos
marcantes de alegria e dor, de títulos e vicissitudes, de apreensão
e euforia.
O
Coritiba é um clube de lutas!
Das
lutas de uma centena de anos atrás para firmar o futebol como
esporte popular numa província de um país ainda em formação,
passando pelas lutas por construir um patrimônio físico inestimável
representado pelas colunas do estádio Couto Pereira, erguidas com o
mais poderoso dos materiais, a fé e a dedicação da gente
Coxa-Branca, à luta contra o racismo que legou ao clube o seu
apelido, já que sempre batalhou orgulhoso das pernas brancas de seus
jogadores de origem alemã em um clube que desde cedo encarou a
batalha contra o racismo abrigando com orgulho mulatos e negros a
pelejar em suas fileiras. As lutas em campo, mesmo nas derrotas mais
amargas, a luta representada em gols impossíveis e jogadas
inacreditáveis, a luta em cair de pé quando já não era possível
evitar o fracasso, a luta de levantar-se das cinzas e reconstruir-se
por seus próprios méritos, muitas vezes enfrentando os piores
inimigos que são os não-declarados que lutam fora das regras
estabelecidas.
Nestes
103 anos, nós Coxas nos acostumamos à luta!
As
vezes, como generais que exigem o máximo de suas tropas, somos
injustos ali das arquibancadas da Mauá, mas é luta, para nós
futebol é guerra sem inimigos, é batalha sem mortes, mas é guerra!
Por outras vezes, no entanto, somos tão generosos que acabamos nos
iludindo e no entusiasmo pensamos que na luta houve trégua, mas
nossa em nossa luta não há trégua, há apenas os onze soldados
vestidos de camisas brancas e listras verdes incentivados por milhões
de amantes incondicionais de sua história e da certeza que nela
nunca faltará sangue, nem suor, nem lágrimas!
Somos
o Coritiba Foot Ball Club de 103 anos de alma guerreira, de vitórias
e derrotas, de conquistas e tristezas, de craques e jornadas
memoráveis. Mas acima de tudo somos luta em essência, luta sadia,
honrada e se preciso encarniçada. Jamais deixaremos de lutar, nossa
alma guerreira é nosso gene dominante!
Parabéns ao Coxa, que tem uma história parecida com o "imortal tricolor", mas sábado nos enfrentaremos aqui em Porto Alegre...
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