Imprensa escrita e mesmo site ou blog independe de concessão pública.
Indivíduo resolve criar uma publicação. Ele não é obrigado, pela Constituição Federal, a ser imparcial no que escreve, pois sujeita-se às leis como qualquer pessoa. Se mentir e gerar difamação, se escrever e caluniar, é crime e cabe ação penal cabível. Se as coisas forem resolvidas na esfera cível, é dano moral, indenização decorrente de responsabilidade civil.
TV(s) e rádios, por serem concessões, precisam observar um princípio de isonomia de tratamento, mas não são obrigadas à imparcialidade plena, até porque esta é impossivel. Paulo Francis bem disse certa feita, com a a propriedade de quem era vivido na profissão, em ditadura e em democracia, que em jornalismo "tudo é versão"(*). E é mesmo, porque não existe versão imparcial, no mínimo ela carrega a visão subjetiva de quem a expressou.
Eu tenho visto um monte de gente acusar a Folha, o Estadão e VEJA de serem parciais.
E são mesmo, porque isso é um direito que seus proprietários possuem, o mesmo exercido por Carta Capital, Caros Amigos, Voz Operária, HoraH, etc...
Mas o engraçado é que, eles debulham em denúncias o governador DEM do Distrito Federal isso não repercute, mas quando a coisa é contra aloprados do governo Lula aparece gente falando de parcialidade, sem contar as cassandras que defendem censura, como aquele ex-ministro que andou dizendo que existe liberdade de imprensa em demasia no país.
Lembro bem da campanha presidencial de 1989. Um dia eu estava numa aula de educação física e um colega meu, petista, chegou com um sorriso de orelha a orelha mostrando um exemplar da Folha que denunciava irregularidades do governo estadual de Fernando Collor, o então candidato das elites, hoje aliado do Partido dos Trabalhadores.
Meu colega não falou em parcialidade da Folha que, por sinal, bateu em Collor a campanha inteira e sem dó. Ele só elogiava o jornal como uma espécie de ícone da democratização, pois ele e seus colegas de PT não viam nada demais em esmiuçar os desvios éticos do candidato e das pessoas à volta dele no governo de Alagoas.
Nada mudou de lá para cá, não é porque estamos em campanha que não se pode tratar das irregularidades visíveis na Casa Civil. Se há exageros eleitoreiros, e nisso eu concordo, há, então que se tomem as medidas legais cabíveis. Se VEJA acusa a ex-ministra Dilma de algo sem provas, processo na revista e fim de papo!
Mas um coisa é e precisa continuar invariável: quem entra para a vida pública, quem empreende negócios com o Estado abre mão de sua privacidade plena em favor do interesse maior da sociedade em fiscalizar o que se faz com o dinheiro dos tributos. A pessoa que entra para a vida pública, seja como funcionária lotada em cargo de confiança em município, seja o Presidente da República, seja um ministro ou governador de estado tem que entender que sua privacidade é drasticamente diminuída ao aceitar a posição, e que vai ter de sujeitar-se às críticas, mesmo injustas, mesmo parciais em razão de sua ligação com o Estado.
O que não vale é defender que quando a coisa é contra si, censure-se a notícia e a opinião. Imprensa imparcial é mito, basta olhar a atuação de órgãos públicos de comunicação como a TV Brasil ou a Paraná Educativa aqui do meu estado para comprovar que nem mesmo os órgãos controlados pelos governos conseguem chegar nem perto da imparcialidade.
(*) Leia TRINTA ANOS ESTA NOITE, de autoria dele.
Indivíduo resolve criar uma publicação. Ele não é obrigado, pela Constituição Federal, a ser imparcial no que escreve, pois sujeita-se às leis como qualquer pessoa. Se mentir e gerar difamação, se escrever e caluniar, é crime e cabe ação penal cabível. Se as coisas forem resolvidas na esfera cível, é dano moral, indenização decorrente de responsabilidade civil.
TV(s) e rádios, por serem concessões, precisam observar um princípio de isonomia de tratamento, mas não são obrigadas à imparcialidade plena, até porque esta é impossivel. Paulo Francis bem disse certa feita, com a a propriedade de quem era vivido na profissão, em ditadura e em democracia, que em jornalismo "tudo é versão"(*). E é mesmo, porque não existe versão imparcial, no mínimo ela carrega a visão subjetiva de quem a expressou.
Eu tenho visto um monte de gente acusar a Folha, o Estadão e VEJA de serem parciais.
E são mesmo, porque isso é um direito que seus proprietários possuem, o mesmo exercido por Carta Capital, Caros Amigos, Voz Operária, HoraH, etc...
Mas o engraçado é que, eles debulham em denúncias o governador DEM do Distrito Federal isso não repercute, mas quando a coisa é contra aloprados do governo Lula aparece gente falando de parcialidade, sem contar as cassandras que defendem censura, como aquele ex-ministro que andou dizendo que existe liberdade de imprensa em demasia no país.
Lembro bem da campanha presidencial de 1989. Um dia eu estava numa aula de educação física e um colega meu, petista, chegou com um sorriso de orelha a orelha mostrando um exemplar da Folha que denunciava irregularidades do governo estadual de Fernando Collor, o então candidato das elites, hoje aliado do Partido dos Trabalhadores.
Meu colega não falou em parcialidade da Folha que, por sinal, bateu em Collor a campanha inteira e sem dó. Ele só elogiava o jornal como uma espécie de ícone da democratização, pois ele e seus colegas de PT não viam nada demais em esmiuçar os desvios éticos do candidato e das pessoas à volta dele no governo de Alagoas.
Nada mudou de lá para cá, não é porque estamos em campanha que não se pode tratar das irregularidades visíveis na Casa Civil. Se há exageros eleitoreiros, e nisso eu concordo, há, então que se tomem as medidas legais cabíveis. Se VEJA acusa a ex-ministra Dilma de algo sem provas, processo na revista e fim de papo!
Mas um coisa é e precisa continuar invariável: quem entra para a vida pública, quem empreende negócios com o Estado abre mão de sua privacidade plena em favor do interesse maior da sociedade em fiscalizar o que se faz com o dinheiro dos tributos. A pessoa que entra para a vida pública, seja como funcionária lotada em cargo de confiança em município, seja o Presidente da República, seja um ministro ou governador de estado tem que entender que sua privacidade é drasticamente diminuída ao aceitar a posição, e que vai ter de sujeitar-se às críticas, mesmo injustas, mesmo parciais em razão de sua ligação com o Estado.
O que não vale é defender que quando a coisa é contra si, censure-se a notícia e a opinião. Imprensa imparcial é mito, basta olhar a atuação de órgãos públicos de comunicação como a TV Brasil ou a Paraná Educativa aqui do meu estado para comprovar que nem mesmo os órgãos controlados pelos governos conseguem chegar nem perto da imparcialidade.
(*) Leia TRINTA ANOS ESTA NOITE, de autoria dele.
Fábio,
ResponderExcluirA imparcialidade é um mito, isto é fato.
Mas a crítica que eu considero válida, hoje, é a interferência direta da imprensa no resultado das eleições.
Apesar de a internet ter diluído o poder de informação dos grandes jornais e revistas (hoje, as contestações a matérias publicadas saem imediatamente em algum blog na internet), este poder ainda existe, e é importante.
Muito se fala (e se falou) no "quarto poder" da imprensa. Fale com qualquer pessoa com 60 anos, e verás que o peso da imprensa sempre foi grande.
Os mesmos "bastiões da democracia" que acusam o PT de atentar à liberdade de imprensa usam jornais para defender seus interesses diretos e imediatos. Ora, isto não é manipulação da liberdade de comunicação?
No fim, a coisa é bem simples. Há hoje liberdade de imprensa plena no Brasil. Lula e o PT não fizeram absolutamente nada para modificar ou diminuir esta liberdade.
Mas o artigo de Jânio de Freitas ("Além do Último Sinal") é uma bela descrição da situação: há uma polarização, uma radicalização, capitaneada pela mídia livre e pela situação, que é perigosa. Não há inocentes aí.
Criticar a mídia é essencial para a democracia. Mas se a mídia não está disposta a aceitar a crítica, como proceder?
Fábio
ResponderExcluirRespeito sua opinião e a entendo, mas discordo em alguns pontos. Imprensa imparcial é mito é uma verdade, e jornalistas são seres humanos como qualquer outro que podem ter seu lado sim (eles são livres e tem o direito de escolha), agora uma coisa é notícia e noticiar e outra é tentativa de difamação.
A imprensa, aceitem seus donos ou não, estão sujeitos às normas vigentes da constituição, das comunicaçoes e à os principios éticos do bom jornalismo. Eles devem orientar a opinião pública, não tentar formá-la ou convencê-las de seus próprios interesses.
Uma coisa é revelar (reportagem investigativa), outra é sugerir opiniões explicitamente.
A partir do momento em que 'certos setores de imprensa' fazem, compactuam e mantem negócios com governos de seus estados e tentam defendê-los em épocas importantes (eleitorais) como se estivessem devolvendo um favor (lembra-se da Globo+Collor em 1989) elas caem na credibilidade como mídia informativa. E levam consigo esses todos esses principios éticos do jornalismo.
Nada mais natural então que ASSUMAM suas posições abertamente (como a Carta Capital o fez), para que dessa forma seus leitores passem a julgar melhor, com critérios.
Eu, por exemplo, sei que quando vou ler a Carta só há ali defesa do governo, e ele não é tão 'santinho' assim. Mas já sei.
O que vejo neste momento é que certos setores da imprensa sempre acostumados a serem 'os donos da verdade' e os manipuladores da opinião pública (acredite, não acontece conosco, com eu e você, mas acontece!) encontraram no presidente Lula um concorrente à altura. E, na verdade, um concorrente que nunca tiveram.
Isto inviabiliza seus interesses com essa grande massa de manobra que é o povo, portanto, esse 'é o motivo de seus medos'. #ditadura #chantagem #coisa pior vem por aí etc...
A velha imprensa precisa revê os seus modelos de negócio e de atuação, esta sim é que é a verdade. Tudo muda e esse setor tambem precisa mudar. A grande massa hoje não está assim tão desinformada como era antes e as coisas voam a velocidade da luz.
Só para lembrar dessa imprensa suja (que não são todas, admito, só 'alguns setores') muitas foram a tentativa delas de por fim relação do Lula com a sociedade (e com diversas tentativas de difamação e sujeiras diga-se), mas o povo não acreditou. E a ideia não colou.
O PT não é um partido limpo e honesto e nenhum governo não tem dentro de suas entranhas pessoas que não sejam corruptas e que não façam a corrupção - as facilidades são grandes quando se está lá. É assim com todos. Com o PT, o PSDB, o DEM, PV e etc.
O que não concordo não é em defesa do PT ou do governo Lula. É o fato de que essas revistas e jornais, que TEM o direito de ter um lado nessas eleições (direito garantido pela constituição), não deixem isso claro para seus leitores. Se escondem átras da ideia da "liberdade de imprensa"... Porque isso? Porque não se Assumem?
Se você observar bem, na verdade, fazem o mesmo que os petistas, dizem: "Se atacamos é em nome da Democracia, se somos atacados é porque é querem implantar a ditadura e cercear a liberdade de expressão"... que papo furado.
Todos devem assumir seus erros e suas posições. Esta é que a verdade. O que temem?
Guimas e Neto,
ResponderExcluirVEJA não se declarou em favor de José Serra, mas, pergunto: precisa?
Veja e Estadão fizeram oposição a Lula nos ultimos 8 anos, qualquer leitor destas publicações sabe que são de oposição, elas não precisam se declarar de oposição porque até as flores dos jardins do Palácio do Planalto sabem disso.
Mas é engraçado que o presidente não reclama quando os mesmos VEJA, Estadão e Folha divulgam pesquisas que:
a) Demonstram que ele tranfere votos e popularidde para Dilma Roussef e dão à ela a condição de franco-favorita na disputa;
b) Mostram os avanços sociais e econômicos do governo dele, ontem mesmo a Folha fazia menção à taxa de juros mais baixa em muitos anos para o consumidor;
c) Mostram que os candidatos dele estão quase todos na frente das suas disputas eleitorais.
Ora, o presidente fala mal da imprensa, mas esquece que boa parte da popularidade dele também se deve à ela, que divulga os bons números do seu governo. Se dependesse apenas da comunicação social de seu governo, de publicidade institucional e de meios públicos de rádio e TV, Lula não seria o fenômeno de poppularidade que é. Teria feito um grande governo, mas boa parte da população não teria acesso à notícia disso.
Se a imprensa fosse assim tão venal e parcial, ela simplesmente não divulgava fatos positivos sobre o país, nem pesquisas que apontam DIlma como vencedora em primeiro turno disparada!
O que está acontecendo é simples: O presidente, como qualquer político de qualquer partido, não aceita ser criticado e muito menos contrariado, está se achando acima das leis...
E fora isso, a Justiça está aí.
ResponderExcluirDilma Roussef, o PT, o cidadão Lula ou mesmo a presidência da república tem mais é que acioná-la se estão se achando ofendidos ou perseguidos.
Mas porque nada fazem?
Mais uma vez fui mal entendido.
ResponderExcluirO que repudio não é fato de a VEJA, A Folha ou o Estadão denunciar ou noticiar crimes e ilicitos. Isto acontecendo é saudável para a Democracia. E eu mesmo já fiz isso em meu blog.
Mas a pergunta é sobre o uso disso. É sobre o 'interesse' por trás dessas supostas denúncias veiculadas sem que se apresente 'as provas' delas.
Não questiono o fato de existir no país a 'situação e oposição' (embora deva-se sim saber quem é quem). Questiono é o VALE TUDO nas eleições. Onde até se chega ao ponto de mexer e fazer devassas nas famílias alheias em nome de propositos escusos.
Sou a favor da liberdade de imprensa (quando ela faz o que tem que fazer e o que tem sido dito aí por você), mas não sou a favor de se criar denuncias sem ter ou apresentar provas reais e concretas. Fora isso, é apenas mera opinião e parcialidade.
No mais, é como diz: a justiça está aí para quem se sente (ou se sentiu) perseguido.
Agora, só a velhinha de Taubaté acreditou que a coincidência de tantos "escândalos" surgindo agora é obra do acaso. A onda nasceu em um tal momento que é impossível não desconfiar que exista intencionalidade por trás dela.
Abraços
Fábio, nosso pop presidente disse essa semana que ele é a opinião pública. O Neymar deve pensar igual.
ResponderExcluirNo artigo que o Luiz Fernando Veríssimo publicou hoje nos jornais, do qual eu discordo porque ele força a barra e é dissimulado ele fala algo interessante que eu concordo:
"O que talvez precise ser revisado, depois dos oito anos do Lula e depois destas eleições, quando a poeira baixar, seja o conceito da imprensa como formadora de opiniões."
Ou seja, a imprensa, considerando o contexto do Brasil de hoje de Lula e Neymar, está deixando de ser formadora de opinião. O que o Brasil pode revisar são os conceitos e tudo isso fica, evidentemente, no campo teórico e acadêmico.
O que não se pode conceber é a tentativa de querer limitar e controlar na prática -- e não apenas na teoria ou nos conceitos-- o papel da imprensa, como defende uma esquerda radical que está alinhadinha com a Dilma.
Serra hoje saiu em defesa da imprensa - como se alguem a estivesse atacando. Bonzinho ele não?
ResponderExcluirLula falou: "Eu duvido que exista um país na face da Terra com mais liberdade de comunicação do que neste país, da parte do governo. Agora, a verdade é que nós temos nove ou dez famílias que dominam toda a comunicação desse país. A verdade é essa. A verdade é que você viaja pelo Brasil e você tem duas ou três famílias que são donas dos canais de televisão. E os mesmos são donos das rádios e os mesmos são donos dos jornais."
Concordo que a imprensa jamais, nem hoje, nem nunca será neutra. Como ele bem colocou existem pouquissimas pessoas no Brasil que controlam a mídia e decidem o que e quando as noticias serão veiculadas.
O que acontece no país é que a censura passou a ser feita não pelo governo, mas pelos próprios donos dos meios de comunicação que é lógico possuem interesses e os defendem utilizando a mídia mesmo que de forma implícita e velada.
Agora uma coisa é certa: nunca na história desse pais alguem teve a coragem de dizer a verdade sobre a "Imprensa". Todos temiam o "4º poder".
Fabio, tudo bem?
ResponderExcluirA Imprensa sempre vai ser do jeito que é. Uns se comprometem com a verdade até certo ponto. Pura manipulacao...Imprensa verdade se é que existiu, perdeu-se entre as linhas...
Bom fim de semana
Fabio,
ResponderExcluirA imprensa recusa-se a aceitar a crítica, inclusive da justiça. Isto está mais do que óbvio nesta campanha. E, para mim, este é o problema.
O Estadão fez aquela campanha ridícula de estar sob censura, lembra? Foi a justiça que mandou o Estadão não divulgar dados sigilosos de um processo.
Some a isto um jornalismo parcial, de péssima qualidade, feito por jornalistas que não são livres, mas respondem a interessem bem definidos.
A imprensa, hoje, merece muita, mas muita crítica. Mas, como o Maia disse acima, por conta do Fla-Flu político, há muitos que consideram esta crítica como censura. E, obviamente, para defender-se corporativamente, a imprensa usa este pretexto para não mudar nada.
Neto,
ResponderExcluirDiscordo.
Escândalo, aparece um ou dois por semana no Brasil, esses da campanha estão na média do que acontece sempre.
E a forma com que o governo Lula agiu, foi a mesma de sempre: levou em banho maria.
Não nego que estes órgãos de imprensa têm candidato, mas o fato é que não inventam escândalos, eles simplesmente se sucedem no Brasil sem solução judicial.
Liberdade de imprensa tem que ter. O que não podem é publicar mentiras. A Veja, por exemplo, no caso da Casa Civil, não tinha provas, apenas o testemunho de um cara que foi condenado e cumpriu pena na prisão por interceptação de carga roubada, ameaça de morte etc. Olha o nível das testemunhas da Veja.
ResponderExcluirOlá blogueiro! Entendo sua postura amigo, mas responda-me a essas perguntas:
ResponderExcluirAinda não entendo porque quando se critica a imprensa, se estaria fazendo uma restrição à liberdade de expressão.
Quem está impedindo a imprensa de se expressar?
Porque os que não concordam com uma dada postura da imprensa, não podem criticá-la?
Os críticos também não têm liberdade de expressão?
Quer dizer que a liberdade de expressão vale só para a imprensa?
Se a imprensa pode criticar, mas não pode ser criticada, não se estaria incentivando um "autoritarismo da imprensa"?
Aguardo resposta.
Abrão,
ResponderExcluirEm momento nenhum eu escrevi que a imprensa não merece ser criticada. Pode reler aí em cima que verá que eu até defendi a crítica à ela, quando disse que, se publica mentiras, merece processo e punição judicial, sendo que esses processos, pela natureza cível e criminal, são públicos.
A questão é que a crítica à imprensa não pode partir do pressuposto de tolher sua liberdade, como o presidente e o ex-ministro dele insinuaram.
No caso da Casa Civil, falou-se que VEJA tinha testemunhas de má qualidade mas... no fim das contas,Erenice não renunciou e as irregularidades não ficaram visíveis?
O presidente Lula tinha uma portura diferente meses atrás. Quando instado sobre problemas em seu governo ele dizia: "podem investigar!" e deixava claro que a imprensa não lhe afetava. Mas agora, às portas das eleições onde a cndidata dele é franca-favorita, mudou a postura por quê?
Eu também sou crítico da imprensa, embora seja mais crítico da mídia que cria mitos, modismos e que incentiva más práticas para as pessoas que se influenciam demais por ela, especialmente a TV.
Criticar a imprensa não é ruim, é parte da cidadania, mas a solução para os abusos dela está em processos judiciais e condenações, não em tolher sua liberdade ou insinuar que é preciso criar Conselho Nacional de Jornalismo ou instrumentos facistas similares para evitar que em pré-eleição ela se manifeste.
Nesses escândalos relatados nos últimos dias, houve prova forte demonstrada pela imprensa, tanto que levou a renúncias de altos funcionários públicos. Como escândalos acontecem aos borbotões no Brasil, a imprensa noticiou como faz sempre, é mito achar que está bombardeando o governo apenas às vésperas das eleições, basta fazer uma pesquisa de meses atrás, que verá que são DEZENAS de escândalos noticiados à toda hora, mas sem a reação desproporcional que se viu nos últimos dias.
Você não respondeu todas as minhas perguntas, mas tudo bem.
ResponderExcluirQuanto ao fato do presidente Lula criticar a imprensa, ele fez o que é normal fazer quando se é atacado injustamente - acho que se este país não fosse tão democrático ele não teria apanhado tanto como apanhou ao longo de 8 anos).
Penso que seria assim comigo e até com você caso o acusassem de ilicitos sem provas certo?
O problema da imprensa é que, com provas ou não, ao acusar, o estrago da imagem do cidadão já está feito. E aí...
Entretanto, minha última pergunta, a que eu realmente gostaria de ver respondida, infelizmente, acho que você não tem a resposta. Mesmo assim, obrigado.