Quem sou eu para comentar sobre o Rio de Janeiro, não?
Mas mesmo assim vou expressar o que penso sobre o caos que tomou conta da Cidade Maravilhosa.
O problema da violência no Rio não é culpa do Exército, que é o vilão escolhido do momento. Também não é da Polícia e muito menos dos traficantes, que exercem seu ofício criminoso, mas que chegaram à atual situação de poder por conta da inércia das autoridades.
A culpa da violência no Rio é dos POLÍTICOS!
Uma sucessão de governos populistas destruíram o Rio e o entregaram ao tráfico de drogas de mão beijada. O tal "socialismo moreno"impediu a polícia fluminense de fazer operações nos morros cariocas por um tempo suficiente para que a bandidagem se estruturasse. Bandido é como aqueles caracóis africanos que infestam cidades brasileiras: Uma vez que encontra campo fértil, se multiplica do dia para a noite e só o fogo dá um jeito.
Mas as autoridades cariocas foram contemporizando. Uma sucessão de governadores manés e prefeitos estúpidos, levando décadas para construir penitenciárias e prometendo obras faraônicas para jogos Pan-Americanos e Olímpicos, sem pensar que o dinheiro torrado no Engenhão bem poderia ser utilizado para contratar mais policiais ou aumentar os complexos penitenciários de Bangu.
A mesma classe política que age desse modo irresponsável, é que deu habeas-corpus na marra para um deputadinho preso por suspeita de corrupção. Aliás, na Assembléia Legislativa do Rio, há uma tremenda saia justa por conta disso - decretaram o habeas corpus e depois descobriram que há provas suficientes para cassar o mandato do gajo, mas ninguém se ofereceu para relatar o processo.
Ou seja, todos os dias, os políticos fluminenses e cariocas dão provas de seu populismo torpe, sua irresponsabilidade e inconsequência, que mantém a polícia desatualizada em equipamentos, defasada em pessoal, treinamento e estratégia. Daí quando a coisa aperta chamam o Exército e quando dá m... porque soldado é treinado para matar, ele não sabe fazer policiamente ostensivo, deixam esse fuzuê dos últimos dias...
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17 de jun. de 2008
18 de ago. de 2007
AUTORIDADE
Ainda sobre a blogagem coletiva de ontem, é pertinente esse texto que segue, de autoria de meu pai, Rupert Mayer, e que a partir de segunda feira estará no site do Jornal Raio X, e que está na coluna do mesmo jornal, edição de agosto de 2007:
"Não há abuso de autoridade, toda autoridade é um abuso".
Esta frase estava afixada na parede do Clube Riobranquense por ocasião da realização de conferência da Secretaria de Ação Social do município. Afirmo que o autor de tal aberração não deveria estar numa democracia pois a afirmação é anárquica e própria de quem não sabe viver em sociedade. Não existe um "país" sem autoridade e lamento que num evento tão propício à prática da democracia, através do estudo de idéias destinadas a minorar o sofrimento dos mais necessitados, alguém tenha se aproveitado para divulgar tão esdrúxula afirmação.
Nota do Blog:
Vai de encontro ao que foi escrito aqui e em vários blogs ontem. O brasileiro confunde autoridade com autoritarismo. Não vê atos de autoridade como manutenção da ordem, mas apenas como intervenção do Estado em interesses meramente privados, o que é errado. Não existe democracia sem Estado fiscalizador e atuante, a conter as diferenças de interesses e expectativas de cada indivíduo. Se não há autoridade, há caos e, portanto, não há ordem. E se não há ordem, a tendência é que prevaleça o pensamento meramente individualista, sem progresso da sociedade.
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PS: Uma homenagem a Elvis Presley em Prédica e História.
Post novo (e porreta!) da maninha em Leitora de Blog.
"Não há abuso de autoridade, toda autoridade é um abuso".
Esta frase estava afixada na parede do Clube Riobranquense por ocasião da realização de conferência da Secretaria de Ação Social do município. Afirmo que o autor de tal aberração não deveria estar numa democracia pois a afirmação é anárquica e própria de quem não sabe viver em sociedade. Não existe um "país" sem autoridade e lamento que num evento tão propício à prática da democracia, através do estudo de idéias destinadas a minorar o sofrimento dos mais necessitados, alguém tenha se aproveitado para divulgar tão esdrúxula afirmação.
Nota do Blog:
Vai de encontro ao que foi escrito aqui e em vários blogs ontem. O brasileiro confunde autoridade com autoritarismo. Não vê atos de autoridade como manutenção da ordem, mas apenas como intervenção do Estado em interesses meramente privados, o que é errado. Não existe democracia sem Estado fiscalizador e atuante, a conter as diferenças de interesses e expectativas de cada indivíduo. Se não há autoridade, há caos e, portanto, não há ordem. E se não há ordem, a tendência é que prevaleça o pensamento meramente individualista, sem progresso da sociedade.
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PS: Uma homenagem a Elvis Presley em Prédica e História.
Post novo (e porreta!) da maninha em Leitora de Blog.
16 de abr. de 2007
TERRA DE NINGUÉM
O que acontece quando as autoridades fazem vistas grossas contra o crime organizado?
Pois bem, parte da resposta está em duas manchetes de "O Globo" de hoje, uma da edição impressa, outra da edição digital:
PF INVESTIGA MAIS 40 POLICIAIS, POLÍTICOS E JUÍZES POR CORRUPÇÃO.
TÍTULO DE CAMPEÃ DA BEIJA FLOR ESTÁ SOB SUSPEITA.
O carnaval carioca sempre foi o momento máximo da hipocrisia nacional.
No "maior espetáculo da terra", bicheiros e traficantes de droga desfilam impunes, ou na passarela ou como destaques de carros alegóricos. Não raro, aparecem nos mesmos camarotes frequentados por políticos de alto coturno ou celebridades das novelas e do Big Brother, todo mundo dando um exemplo de alegria e paz transmitida para centenas de países mundo afora entre um close da bunda de uma passista ou a queda furtiva do aplique que protegia os seios ou a genitália de uma "modelo e atriz".
E assim vamos nós. Presidente da república fotografado com "modelo e atriz" sem calcinha. Ministro da Justiça flagrado em fuga do sambódromo na maior manguaça e não raro o governador e o prefeito do Rio de Janeiro dividindo os mesmos corredores de um espaço público, com as pessoas que chefiam o terror da guerra civil carioca, que mata mais gente que a do Iraque.
É a tal coisa. Não se pode negociar com criminoso. Não se pode fazer vistas grossas pro crime, não se pode dar trégua a ele. No Rio de Janeiro, de trégua em trégua, os criminosos foram se infiltrando numa classe política por si só corrupta, mas que antes apenas roubava dinheiro público e hoje, mata e trafica tanto quanto rouba recursos públicos. Daí, um belo dia, alguém resolve mexer no vespeiro e o resultado é isso que estamos vendo: Vereadores, deputados e até juízes envolvidos com bicheiros e notem bem os leitores, trocando experiências criminosas.
Os bicheiros faziam um carnaval aqui ou ali e se contentavam em desfilar e aparecer nas telas de poderosa como benfeitores "da comunidade". Aprenderam com os políticos a arte de subverter o mérito em favor próprio e agora, até desfile de escola de samba tem suspeita de corrupção e favorecimento. E os políticos e juízes? O que será que os bicheiros e traficantes ensinaram para eles?
Em tempo:
Não consegui participar da blogagem sobre a liberação das células-tronco, basicamente porque não encontrei tempo para estudar um pouco sobre o assunto e não escrever bobagens. Mas fica o meu apoio.
Pois bem, parte da resposta está em duas manchetes de "O Globo" de hoje, uma da edição impressa, outra da edição digital:
PF INVESTIGA MAIS 40 POLICIAIS, POLÍTICOS E JUÍZES POR CORRUPÇÃO.
TÍTULO DE CAMPEÃ DA BEIJA FLOR ESTÁ SOB SUSPEITA.
O carnaval carioca sempre foi o momento máximo da hipocrisia nacional.
No "maior espetáculo da terra", bicheiros e traficantes de droga desfilam impunes, ou na passarela ou como destaques de carros alegóricos. Não raro, aparecem nos mesmos camarotes frequentados por políticos de alto coturno ou celebridades das novelas e do Big Brother, todo mundo dando um exemplo de alegria e paz transmitida para centenas de países mundo afora entre um close da bunda de uma passista ou a queda furtiva do aplique que protegia os seios ou a genitália de uma "modelo e atriz".
E assim vamos nós. Presidente da república fotografado com "modelo e atriz" sem calcinha. Ministro da Justiça flagrado em fuga do sambódromo na maior manguaça e não raro o governador e o prefeito do Rio de Janeiro dividindo os mesmos corredores de um espaço público, com as pessoas que chefiam o terror da guerra civil carioca, que mata mais gente que a do Iraque.
É a tal coisa. Não se pode negociar com criminoso. Não se pode fazer vistas grossas pro crime, não se pode dar trégua a ele. No Rio de Janeiro, de trégua em trégua, os criminosos foram se infiltrando numa classe política por si só corrupta, mas que antes apenas roubava dinheiro público e hoje, mata e trafica tanto quanto rouba recursos públicos. Daí, um belo dia, alguém resolve mexer no vespeiro e o resultado é isso que estamos vendo: Vereadores, deputados e até juízes envolvidos com bicheiros e notem bem os leitores, trocando experiências criminosas.
Os bicheiros faziam um carnaval aqui ou ali e se contentavam em desfilar e aparecer nas telas de poderosa como benfeitores "da comunidade". Aprenderam com os políticos a arte de subverter o mérito em favor próprio e agora, até desfile de escola de samba tem suspeita de corrupção e favorecimento. E os políticos e juízes? O que será que os bicheiros e traficantes ensinaram para eles?
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