José Serra esteve no segundo turno em 2002, foi quotado como o favorito entre os tucanos para as eleições em 2006 e agora, em 2010, encontra-se em segundo lugar, com algo entre 30 e 39% das intenções de voto, segundo as últimas pesquisas.
É hoje, o que Lula foi na década de 90, um candidato forte nas pesquisas mas não necessariamente vencedor nas eleições. A diferença é que Lula jamais abdicou da candidatura à presidência (até porque o PT não tinha outro candidato para isso) e Serra preferiu garantir-se como governador de São Paulo em 2006.
Em 2010 Serra é franco-atirador.
Em vista dos índices de popularidade do presidente, já se sabia que o quadro das pesquisas antes do lançamento da candidatura da situação era irreal, e que qualquer pessoa apoiada por Lula facilmente seria favorita na disputa, o que está acontecendo.
Mesmo assim, José Serra resolveu enfrentar o lulismo e abdicar de uma reeleição tranquila em São Paulo.
Ele padece da péssima lembrança que os brasileiros têm do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, onde as altas taxas de juros, a paralisia econômica e as privatizações feitas na marra e ao custo de aumentos constantes de tarifas deixaram impressões amargas no eleitorado.
Mesmo assim conseguiu manter aspectos favoráveis em vista de sua boa atuação como ministro, especialmente da saúde.
E depois foi bom governador de São Paulo, estado que naturalmente garante a maior parte do seu eleitorado cativo.
É inegável que é mais preparado política e administrativamente para o cargo do que sua principal adversária, embora ela também tenha sido boa ministra e não seja o monstro radical pintado por alguns.
A questão é que sua preparação deu-se a ferro e fogo, dentro de um governo impopular e depois abdicando da prefeitura de São Paulo para disputar o governo do estado, em um contexto em que faltavam candidatos a tanto para o PSDB.
É bom candidato. Mas não se surpreenda o leitor se não estiver novamente na urna eletrônica em 2014, tentando novamente. Em 2010 esta díficil, embora só com a campanha de TV o quadro vá se estabilizar.
É hoje, o que Lula foi na década de 90, um candidato forte nas pesquisas mas não necessariamente vencedor nas eleições. A diferença é que Lula jamais abdicou da candidatura à presidência (até porque o PT não tinha outro candidato para isso) e Serra preferiu garantir-se como governador de São Paulo em 2006.
Em 2010 Serra é franco-atirador.
Em vista dos índices de popularidade do presidente, já se sabia que o quadro das pesquisas antes do lançamento da candidatura da situação era irreal, e que qualquer pessoa apoiada por Lula facilmente seria favorita na disputa, o que está acontecendo.
Mesmo assim, José Serra resolveu enfrentar o lulismo e abdicar de uma reeleição tranquila em São Paulo.
Ele padece da péssima lembrança que os brasileiros têm do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, onde as altas taxas de juros, a paralisia econômica e as privatizações feitas na marra e ao custo de aumentos constantes de tarifas deixaram impressões amargas no eleitorado.
Mesmo assim conseguiu manter aspectos favoráveis em vista de sua boa atuação como ministro, especialmente da saúde.
E depois foi bom governador de São Paulo, estado que naturalmente garante a maior parte do seu eleitorado cativo.
É inegável que é mais preparado política e administrativamente para o cargo do que sua principal adversária, embora ela também tenha sido boa ministra e não seja o monstro radical pintado por alguns.
A questão é que sua preparação deu-se a ferro e fogo, dentro de um governo impopular e depois abdicando da prefeitura de São Paulo para disputar o governo do estado, em um contexto em que faltavam candidatos a tanto para o PSDB.
É bom candidato. Mas não se surpreenda o leitor se não estiver novamente na urna eletrônica em 2014, tentando novamente. Em 2010 esta díficil, embora só com a campanha de TV o quadro vá se estabilizar.
Não creio. A campanha na TV é uma aposta para que o nome de Serra chegue aos grotões e aos confins do país como um presidente viável (quase da mesma forma como ele aposta tanto agora nos debates). Porém, como está acirrada nas grandes capitais, acredito que a definição dessa eleição será decidida nos munícipios, com eleitores locais.
ResponderExcluirNem em MG, Nem em Sampa, nem no Sul ou Nordeste, estará nos grotões e nos munícipios os principais votos que trarão o novo presidente deste país - ou a presidenta. É a minha aposta.
E de uma coisa tenho certeza, em Serra eu não voto.
Neto,
ResponderExcluirDilma ganha disparado no Nordeste e no Norte..
Também vence no RJ e no ES.
No Sul Serra vence com relativa folga. Como vence disparado em São Paulo.
No Centro-Oeste, consta que Dilma vence por pouco.
Ou seja, a decisão está em MG, onde Aécio Neves não tem trabalhado por ninguém.
É lá que se decide o primeiro turno.
Porque nesta altura da corrida, o PT já imagina vencer em 1o. turno.
O segundo turno vai depender dos resultados regionais do primeiro, mas Dilma continua favorita.
Não votarei nem em Serra, nem em Dilma... mas ainda penso que a cmpanha na TV terá efeitos. Quem for mal na TV, pode ter comprometida a candidatura.
Não voto na mulher, apesar de torcer para que ela ganhe. Se for eleita, não será com o meu voto!
ResponderExcluirVocê mesmo, Fábio, é um critico do governo Lula e é certo que não vota na Dilma. Porém, você disse que não sabe se votará ou não em Serra. E considero esse o grande problema de Serra. Muitos dizem que não vão votar no PT, na Dilma etc e têm dúvidas se vão votar em Serra. Essa é a dúvida que está matando a candidatura do Serra. E a Dilma está no poder, ela tem a chave do cofre e com isso ela consegue apoio fácil de aliados ou não. Não é a toa que prefeitos tucanos, para não ficarem mal com o Planalto, fazem corpo mole para Serra.
ResponderExcluirOi Fabio!!! O psdb me parece um partido mais coeso e mais profissional na administração pública que o Pt, mas porque em 20 anos de governo eles nada fizeram pela massa excluída?Não seria esta herança do partido no poder - governar só para uma minoria e para empresários - que agora esteja prejudicando o seu candidato José Serra?
ResponderExcluirele tentou mudar o discurso, mas dificilmente alguem acredita nele.
Serra está, desde a pré-campanha, em seu limite de votos e já é conhecido pela maioria dos eleitores.
ResponderExcluirA estratégia de Serra, individualista, é que vai acabar com suas chances: o projeto de Serra é dele, e não do PSDB (e é por isso que Aécio não está na campanha), e é, provavelmente, seu último tiro. Não restará muito se for derrotado nesta eleição.
Dilma, por outro lado, tem em seu favor um bom legado do governo de Lula, a popularidade e a aprovação da população e uma menor rejeição. Não acredito que a propaganda na TV possa mudar isso.
E, por enquanto, o PSDB não ofereceu uma alternativa programática ao PT. Fora o slogan ("o Brasil pode mais"), não há ofertas que indiquem algo que possa melhorar. Só há o discurso genérico ("estou mais preparado", "podemos fazer mais").
Tem algum tempo até a eleição, mas se continuar como está hoje, votaria em Dilma. E espero que a oposição, durante um provável governo de Dilma, se recomponha, abandone o discurso do medo e do coronelismo, enfim, transforme-se em uma alternativa viável.
Hoje, a oposição é só um amontoado de discursos fajutos e genéricos, incoerentes na maior parte do tempo. Isso é muito ruim para o Brasil.
Fabio,você com certeza já viu as farpas que eles estão trocando,como a Dilma que falou que o Serra tem duas caras.E ela,por acaso?
ResponderExcluirBom, aqui no Rio o corpo a corpo já começou,é poluição visual e sonora para todo o lado e ruas emporcalhadas.Um abraço,paz e bem,beijos.
Guimas,
ResponderExcluirNão acho que Serra já esteje no limite. Aliás, também não acho que Dilma esteja no limite... ela é favorita, mas ambos ainda tem chances de vitória.
E concordo com você sobre a oposição, que apequenou-se por não saber para onde ir nos últimos 8 anos, desacostumada que estava com a falta de poder.
É preciso haver oposição real com idéias reais, porque um eventual governo Serra não vai ser muito diferente de um eventual governo DIlma, as idéias são as mesmas, só mudariam as pessoas a tocá-las.
Elisa,
Como eu escrevi, Serra padece da lembrança do governo FHC e para o povo em geral, aquele discurso de que Lula só fez porque o PSDB deixou as bases não cola. Talvez os quadros do PSDB sejam melhores mas, sempre me perguntei porque PT e PSDB sempre dependeram tanto do PMDB em suas gestões... depender tanto assim não é sinal de competência...
Carlos,
Esse dizer não votar em Serra pode até beneficiá-lo...seria uma distorção que as pesquisas não captam.
Particularmente acho Serra competente e bem preparado. Mas não gostaria de votar nele porque, enquanto ministro do planejamento, foi um dos mentores da ancora fiscal, aquele aumento brutal e desumano de impostos que o Brasil experimentou durante o governo FHC. Tudo isso pesa sobre ele. Mesmo assim, sua competência consegue manter uma parcela de 30% do eleitorado...
Fábio disse:
ResponderExcluir"É preciso haver oposição real com idéias reais, porque um eventual governo Serra não vai ser muito diferente de um eventual governo DIlma, as idéias são as mesmas, só mudariam as pessoas a tocá-las."
Não concordo. As idéias de Dilma estão mais orientadas, direcionadas, coesas, condizentes com o governo Lula. Serra está tirando idéias do chapéu conforme o andar da campanha. Quando Serra discursa em São Paulo, critica Lula com força. Quando fala com o Nordeste, afaga o governo Lula e apenas diz que vai "fazer melhor".
Ouça Dilma falar de projetos do governo Lula: está tudo na mão. O que fazer, quando fazer, como fazer e porque fazer. Podemos discordar de tudo, mas Dilma tem um horizonte. Serra, ainda não mostrou onde quer ir.
E é isso que falta aos tucanos. O projeto atual de Serra é apenas para retomada de poder. Parece que o negócio é ganhar a eleição. Depois, se vê o que faz. Quem concorda com isso, tudo bem, está no seu direito, mas está assumindo uma posição militante partidária. E esta posição militante só quer o bate-boca, e exagera no anti-petismo. Sobra torcida, e acho que política não combina com torcida.
Pra finalizar: se Serra e Dilma têm as mesmas idéias e tocarão os mesmos projetos, prefiro ficar com o time que está ganhando. Trocar pra quê? Pra trocar quem tem cargos de confiança? Não, obrigado.
Sou Paulista e não voto no Serra. Já votei nele e até no Quércia (credo!) que está com ele (Deus me livre!) Não acho ele tão competente assim, a mídia maqueia bem, não mostra a real. E nesta eleição duvido que terá o mesmo número de votos das anteriores. As cidades do interior estão cercadas de pedágios: nos 16 anos de PSDB, das 42 praças de pedágios aumentaram para 227 praças com preços estratosféricos.
ResponderExcluirBatatais onde moro, tem três saídas: para Ribeirão Preto e Franca há pedágios, e para a outra saída Altinópolis, já se cogita outro.
Não voto nele não por isso, mas porque nos meus 56 anos o governo Lula foi o que mais oportunidades e melhores condições de vida ofereceu ao povão, e acredito que a ministra Dilma dará continuidade.
Guimas e BNE
ResponderExcluirCada pessoa esclarecida faz sua própria análise dos projetos de cada candidato.
Se eventualmente pensar que "em time que está ganhando não se mexe"... tudo bem, não sou eu quem vai trabalhar para mudar essa opinião.
No entanto, guardadas as diferenças, ainda penso que Dilma e Serra têm idéias parecidas.
Mas fora isso, já escrevi aqui e repito: Nem Serra é o monstro neoliberal pintado por alguns, nem Dilma é o leviatã estatista dito por outros.
BNE,
Opiniões sobre governos são sempre muito pessoais. Veja a situação de Curitiba: não se sai dela sem pagar pedágio, sendo que são 4 grandes saídas, duas com pedágio estadual, 2 com pedágios federais instituídos pelo governo Lula... Não acho que pedagiar seja mau, desde que isso implique boas estradas.
Você temo direito de achar o governo Serra ruim, como eu achei o governo Requião péssimo... no entanto, devo lembrar que esses "maus governos" legaram 50% de preferências para Alckmin e Requião nas primeiras pesquisas, sinal de que a maioria está satisfeita com o que fizeram.
Essa questão Serra Dilma veremos no debate de quinta, como se comporta a ministra sem o Lula do lado.
ResponderExcluirNo mais, a Marina vai mordendo uns votinhos aqui, outros ali e assim vai, mesmo que não ganhe.
Acho que saber falar, saber fazer política não faz com que eu caia mais nesse engôdo.
ResponderExcluirTô vacinado. É o mesmo que votar naquele que está melhor nas pesquisas por não querer perder o voto.
Saber prometer que fará isso, aquilo é fácil.