Foto: Evaristo Sá/AFP.
Dilma Roussef inicia seu governo privatizando terminais de aeroportos por Medida Provisória, segundo notícia veiculada na Folha de S.Paulo de hoje.
Em outras palavras, numa canetada só fará mais para a solução do caos aéreo do que todo o falatório inútil de Lula nos 8 anos anteriores, desde que, é claro, essa privatização seja acompanhada de fiscalização no cumprimento de metas das empresas que farão a operação.
Enfim, Dilma Roussef não é o poste que muita gente pintou durante a campanha. Ela não só tem idéias próprias, como vai imprimir um ritmo diferente de governo. Sou otimista em relação à ela, penso que teremos muito mais rigor administrativo nos próximos anos, apesar das enormes dificuldades na relação com o Poder Legislativo, porque as insatisfações do PMDB são tão notórias quanto a sede de poder do PT. Basta saber os efeitos dessa relação Presidente X Congresso, em um contexto em que oposição oficial é fraquíssima, muito menos ativa do que tende a ser a oposição não-oficial, partida da própria "base aliada".
O bom da democracia é isto, por mais que se eleja alguém de um certo grupo político continuista, as idéias mudam. Dilma não será a continuidade de Lula no Planalto, por mais que o marketing de campanha tenha dado essa impressão, até porque ninguém pode desprezar o poder eleitoral de um governo com mais de 80% de aprovação popular. Ela seguirá, claro, diretrizes partidárias e governamentais em uso nos 8 anos anteriores, mas não será a presidente-fantoche a assinar documentos pelo antecessor.
Dilma é Dilma, e a partir da posse é ela a dona na caneta que assina decretos, medidas privisórias e projetos de Lei, é ela quem manda no Diário Oficial da União. Agora continuamos com um governo do PT mas sem a liderança de Lula, por mais que existam petistas que defendam a teoria da Dilma poste, a receber ordens do ex-presidente.
Na democracia, cidadãos deificados como o presidente Lula voltam para suas casas como pessoas comuns tendo que reaprender a viver longe da badalação do poder, dos muitos assessores, das efemérides quase diárias. A impressão é que Lula terá dificuldades nisso, porque, repito, foi alçado à mitologia. Mas pelo bem da democracia os mitos devem ser desfeitos, as pessoas devem ser exaltadas pelos seus méritos e qualidades, mas nunca transformadas em semi-deuses.
Que Lula foi um grande presidente ninguém pode negar. Tirar milhões de pessoas da pobreza não é uma tarefa fácil mesmo com situação econômica internacional boa, como a que encarou nesses anos todos. Lula tem, sim, o mérito de ter restituído auto-estima ao povo brasileiro por meio de programas governamentais nem sempre ortodoxos que alimentaram o consumo das classes sociais mais baixas, gerando empregos, riquezas e principalmente a realização de sonhos, o que explica essa imagem de "pai" da nação, construída pelo PT.
É um grande brasileiro com o nome marcado na história da luta contra a miséria, pela democracia e pela justiça social. Mas uma vez entregando a faixa presidencial, pelo bem do Brasil ele precisa deixar de ser mito, até para que não faça sombra para sua sucessora.
Dilma Roussef inicia seu governo privatizando terminais de aeroportos por Medida Provisória, segundo notícia veiculada na Folha de S.Paulo de hoje.
Em outras palavras, numa canetada só fará mais para a solução do caos aéreo do que todo o falatório inútil de Lula nos 8 anos anteriores, desde que, é claro, essa privatização seja acompanhada de fiscalização no cumprimento de metas das empresas que farão a operação.
Enfim, Dilma Roussef não é o poste que muita gente pintou durante a campanha. Ela não só tem idéias próprias, como vai imprimir um ritmo diferente de governo. Sou otimista em relação à ela, penso que teremos muito mais rigor administrativo nos próximos anos, apesar das enormes dificuldades na relação com o Poder Legislativo, porque as insatisfações do PMDB são tão notórias quanto a sede de poder do PT. Basta saber os efeitos dessa relação Presidente X Congresso, em um contexto em que oposição oficial é fraquíssima, muito menos ativa do que tende a ser a oposição não-oficial, partida da própria "base aliada".
O bom da democracia é isto, por mais que se eleja alguém de um certo grupo político continuista, as idéias mudam. Dilma não será a continuidade de Lula no Planalto, por mais que o marketing de campanha tenha dado essa impressão, até porque ninguém pode desprezar o poder eleitoral de um governo com mais de 80% de aprovação popular. Ela seguirá, claro, diretrizes partidárias e governamentais em uso nos 8 anos anteriores, mas não será a presidente-fantoche a assinar documentos pelo antecessor.
Dilma é Dilma, e a partir da posse é ela a dona na caneta que assina decretos, medidas privisórias e projetos de Lei, é ela quem manda no Diário Oficial da União. Agora continuamos com um governo do PT mas sem a liderança de Lula, por mais que existam petistas que defendam a teoria da Dilma poste, a receber ordens do ex-presidente.
Na democracia, cidadãos deificados como o presidente Lula voltam para suas casas como pessoas comuns tendo que reaprender a viver longe da badalação do poder, dos muitos assessores, das efemérides quase diárias. A impressão é que Lula terá dificuldades nisso, porque, repito, foi alçado à mitologia. Mas pelo bem da democracia os mitos devem ser desfeitos, as pessoas devem ser exaltadas pelos seus méritos e qualidades, mas nunca transformadas em semi-deuses.
Que Lula foi um grande presidente ninguém pode negar. Tirar milhões de pessoas da pobreza não é uma tarefa fácil mesmo com situação econômica internacional boa, como a que encarou nesses anos todos. Lula tem, sim, o mérito de ter restituído auto-estima ao povo brasileiro por meio de programas governamentais nem sempre ortodoxos que alimentaram o consumo das classes sociais mais baixas, gerando empregos, riquezas e principalmente a realização de sonhos, o que explica essa imagem de "pai" da nação, construída pelo PT.
É um grande brasileiro com o nome marcado na história da luta contra a miséria, pela democracia e pela justiça social. Mas uma vez entregando a faixa presidencial, pelo bem do Brasil ele precisa deixar de ser mito, até para que não faça sombra para sua sucessora.
Olha só Fábio!
ResponderExcluirAcredito que Lula tomou a melhor decisão da vida dele ao não aceitar 'um terceiro mandato' como queria o PT (tenho duvidas se FHC faria a mesma coisa se estivesse no poder, ou outro da oposição). Esse foi dele, para mim, o maior manifesto pela democracia e pela sua consolidação.
O problema do Lula foi que ele vestiu a camisa (coisa que muitos não fizeram) e agora se desfazer disso, dói. Ele não é nenhum Deus, não é perfeito e eu concordo, mas como governante teve os méritos dele em que superou muitos que o antecederam. E, acredito, seu maior feito no país foi fazer as pessoas retornarem a ter o amor pelo Brasil. A acreditar. Principalmente, algumas pessoas da oposição e da velha mídia, que insistiam e preferiam que o Brasil adotasse e seguisse a cartilha e o modelo administrativo de gestão dos EUA, em detrimento de nossa origem e cultura.
Hoje, ao andar nas ruas é possível ver as pessoas felizes, de peito erguido, com orgulho da nação Brasil, coisas impensáveis anos atrás.
Acredito realmente que o maior patrimonio de uma nação é sim, o seu povo e auto-estima desse povo. Lula, mesmo com seus acertos e erros em algumas coisas, conseguiu despertar esse sentimento tupiniquim na sociedade, e é por isso que bato palmas para ele, pois ao mexer com a auto-estima das pessoas, ele foi de fato direto na veia.
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Dilma é Dilma, não é Lula e não seguirá o modelo adotado por seu ex. Ela é uma mulher desenvolvimentista e tem suas próprias ideias. Ninguem, como ela, que tornou-se ministra da Casa Civil desconhece o que é governo governo. Ela tinha antes suas ideias embora sem poder agir. Agora, com a caneta, ela pode. Penso sim que a maior dificuldade que ela terá - e seu maior desafio - é como vai lidar com a míriade de ideias (e de gulas) das cabeças pensantes do Congresso, onde todos querem fazer valer e prevalecer suas opiniões individuais. Isto sim será algo novo para ela, pois, algumas vezes, vai ter que negociar, e saber fazê-lo sem ser rigorosa, mas tambem sem ser fácil demais.
Finalmente, torço pelo sucesso da Dilma e pelo Brasil. Não sou como aqueles que se ocultam num lugar escuro, acendem uma vela e quando o governo erra ou cai em desgraça eles saem de onde estão e dizem: "eu não disse! eu não avisei! mulher no poder é uma droga! não serve!"...
Não. Não sou do contra. Sou a favor do Brasil, acredito e amo este país. Entramos finalmente num ciclo virtuoso e numa rota de crescimento, e agora não podemos mais parar... Mesmo indo contra os pessimistas de plantão.
Abraços
O que incomoda FB, é esta conduta dúbia, desonesta. Na campanha: Serra vai privatizar o pré-sal; eles vão privatizar o BB... colocando-se como contrários a isto e aquilo, no entanto, age contrário, ou melhor age de igual forma e maneira do outro.
ResponderExcluirQuanto a Lula, número por número, ele é tão igual quanto ao FHC, tudo na média e na mediana. Ele fala muito, propaga muito o que fez, e o que ele não fez diz assim mesmo que foi ele.
Já fiz minhas criticas a ele, na educação, na saúde, na segurança, na infra-estrutura, nas refomas não feitas, no desrespeito as intituiçõs, ao loteamento politico das agências reguladora, o desrespeito as leis, e sobretudo, a esta mistificação de sua condição de semi analfabeto. Isto é de uma canalhice sem tamanho.
Dentro do que era possível pela economia da época o Governo de FHC beneficiou 6 milhões de família. O Governo Lula ampliou para 12,xx milhões. E o que tem isto demais? Nada! Tanto ele, quanto os anteriores, FHC e Itamar fizeram o que tinha que ser feito. Nem elogio nem critica por fazerem o trabalho que lhes fora entregue.
Eles em público dizem algo, nos bastidores agem contrários a pregação pública. Essa lorota de falar manso com uns e falar grosso com outros, é desmascarado pelos documentos do Wikileaks, quando se descobre que de fato, eles agem não como vira latas, mas, como puxa-sacos, uma classe bem pior do que cão vira lata, que vez ou outra, se noticia destes atos heróicos.
Quanto a Dilma, ela tem um caminho limpo, para se reeleger. Veja bem, hoje, 03/01/2011 já digo, que Dilma tem todas as condições de se reeleger em 2014, e para tal, Dilma terá que fazer o básico do momento:
- Criar infra-estrutura necessária para a copa do mundo. Estradas, aeroportos, portos, estádios, CBF, Clubes de futebol... vamos viver 4 anos dedicada ao circo, afinal, os anos de Lula, foram os anos do pão.
A campanha da reeleição de Dilma, se o governo e a equipe montada fizerem uma boa copa, será baseada nas olimpiadas de 2016.
E, tem mais, escrevi a Futurologia política sobre Dilma já está publicada desde 01/01
ResponderExcluirAdão,
ResponderExcluirO grande erro de FHC foi ter feito um governo fiscalista demais. Um governo que prometia arroxar suas contas e não o fazia, e que prometia não aumentar impostos, mas aumentava.
FHC perdeu a batalha da opinião pública por coisas assim. Não adianta mais comparar os governos Lula e FHC, porque Lula venceu isso ao criar uma imagem bondosa e pragmática, bem longe da imagem fiscalista e demasiado técnica dde FHC.
FHC poderia ter feito mais que Lula em termos de inclusão social (e na minha opinião não fez, embora não se possa desprezar o que tenha feito) que ainda assim, sua imagem seria desgastada ao passo que a de Lula, de herói.
São coisas da vida...
Neto,
Tambem torço por DIlma, como torci por Lula e mesmo por FHC contra quem tenho notória má-vontade por conta de sua gestão tributária.
Se há uma coisa que não farei jamais é torcer contra o Brasil. Posso criticar a recepção de uma Copa ou de uma Olimpíada, mas o Brasil não, pelo Brasil, eu sempre vou torcer pelo melhor. Uma das grandes coisas do governo Lula foi justamente isso: hoje há mais orgulho pelo Brasil, embora longe do ideal.
Eu espero que a Dilma seja forte para fazer seu proprio governo. O Lula tem que esquecer o governo do Brasil,mas parece que ele quer continuar mandando e a Dilma pode ter dificuldade para afastar esse homem que acha que pode tudo.
ResponderExcluirIsto da forma que estar FB, na minha opinião, é tão somente, desonestidade com os fatos. Se FHC incluiu na distribuição de renda 6 milhões de famílias, e Lula aumentou para 12,xx milhões, em números qual a diferença? 12-6=6
ResponderExcluirEntendeu?
Na questão, por exemplo, das universidades. Ele diz, que aumentou o número de campus, mas, o número de formando não aumentou no período? Porque?
E, "o nós pagamos a dívida Externa?" Vai dizer que é verdade?
Insisto: em questão de número a número ele FHC e Itamar Franco, são muito iguais. Ele é muito bom em propaganda e marketing.
Adão,
ResponderExcluirConcordo contigo, nós não pagamos a dívida externa, na exata medida em que esta não é relacionada à dívida mobiliária, que é detida em grande parte dos estrangeiros. Ou seja, dívida externa ainda existe, e grande.
E também não nego que o governo Lula foi bem impulsionado pelo marketing, muitas coisas que nãofez, acabaram atribuídas à ele.
Mas o governo Lula fez grande inclusão social, isso é inegável, sendo que não se pode avaliar isso pelo número de informantes X o número de novos campus, porque um campus, leva ao menos 4 anos para formar uma´turma, ou seja, dependendo de sua instalação, é impossivel mesmo que o número de formandos cresça a tempo de contar nas estatisticas do governo Lula.