Note bem o leitor, na guerra do Afeganistão contra a URSS, os talibã e mujahedins só conseguiram abater helicópteros após a "ajuda" dos EUA com suas baterias de mísseis portáteis Stinger.
No Rio nem foi preciso ajuda externa para começar uma guerra anti-aérea, tamanho é o poder da sua criminalidade. O tráfico do Rio de Janeiro controla cidades inteiras dentro da cidade maravilhosa, as enormes favelas que a classe política irresponsável deixou que se criassem e que hoje sustentam uma guerra assimétrica, o terrorismo tupiniquim, a guerrilha do tráfico que agora reage contra o enfrentamento pela polícia, sem o qual não sairão os Jogos Olímpicos em 2016.
Sem contar que o Rio ainda terá um inimigo tão poderoso quanto o tráfico para encarar a tarefa, os políticos de raia miúda, que se beneficiam do trágico favelamento da cidade, os que negociam áreas de mangue da Baía de Guanabara e mesmo os associados à criminalidade patológica do lugar. Esse tipo de político pode sentar em cima de projetos de lei, atrapalhar licitações e causar tumultos tais que inviabilizem o evento.
Bem disse o Cobra, um leitor do Luiz Antonio Ryff, que se o Rio de Janeiro não combater a própria existência de favelas, não conseguirá conter a violência.
Eu já havia escrito aqui sobre a importância de desfavelizar não só o Rio, como toda e qualquer cidade do Brasil, se este quer efetivamente virar um país desenvolvido.
A questão é que o binômio favela e guerra assimétrica, aquela um gueto onde se formam os soldados do crime, e esta uma situação prática contra a qual não existe possibilidade de vitória militar (vide o que acontece com as FARC, o que aconteceu no Vietnã e o que acontece no Afeganistão) só consegue ser combatida gerando oportunidades e crescimento econômico dentro das comunidades, o que não vai acontecer jamais enquanto perdurar o modelo brizolista de urbanização, que é o de fazer escadarias, pintar muros e construir uma creche e umas quadras esportivas.
Favela só se resolve se transformada em cidade, com avenidas, praças, bosques, áreas comerciais e residenciais, zoneamento, urbanismo e legalidade. Sem isso, continua gueto, e gueto é berçário de violência.
Esses episódios de violência extrema vão se repetir daqui até 2016 com maior intensidade. Queira Deus que as autoridades entendam que se isso acontecer, é para abrir caminhos dentro das favelas para efetivamente urbanizá-las. Mas se insistirem em apenas matar traficantes, não se chegará a lugar nenhum.
Na BBC/Folha de S.Paulo:
Para jornais, "novos níveis de violência" expõem desafio de Rio 2016
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