A governadora do RS, Yeda Crusius, nem iniciou seu mandato já estava envolvida em polêmicas e problemas de ordem política.
Querendo impor o modo tucano de governar, aumentando impostos e levando o resto com a barriga, ela foi fragorosamente derrotada no caso do "tarifaço" quando, no fim da gestão do ex-governador Germano Rigotto, ela pediu que ele enviasse um projeto de lei para a Assembléia Legislativa renovar uma série de aumentos tributários que estavam em vigor até então, sem que isso diminuísse em nada os problemas daquele governo estadual.
Perdeu na Assembléia e sem nem mesmo assumir, fortaleceu a oposição histriônica do PT gaúcho e perdeu do apoio do seu vice-governador, que ainda deputado, votou contra ela na polêmica sessão extraordinária ocorrida dia 30 de dezembro de 2006.
E agora, o mesmo vice-governador é personagem central nas denúncias sobre o caso de corrupção no Detran, que trataram de paralisar de vez a administração de um estado que precisa de uma reforma administrativa radical e urgente, inchado que está pela inação de sucessivos governos irresponsáveis.
Isso para mim deixa evidente o problema de se fazer alianças políticas espúrias, sem conteúdo programático, apenas para vencer eleições.
E isso é uma praga no Brasil, praticada em todas as esferas de poder, o governo federal que o diga, tamanho o número de cargos em comissão que foi obrigado a criar para atender a "base aliada", e igualmente envolto em denúncias que partem até de supostos apoiadores.
É a tal coisa.
Numa aliança espúria, em determinado momento aquele elo que aderiu por aderir vai cobrar a conta de seu apoio. No caso do RS, quem pagará essa conta é a governadora Yeda cuja carreira política tende a sair destroçada do processo. Mas na maioria das vezes, quem paga a conta das incoerências políticas somos nós, os contribuintes, que financiamos cargos em comissão, ampliação de vagas de vereadores inúteis, diretorias de estatais e demais mordomias distribuídas para manter os aliados quietos.
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