O resultado alarmante o ENEM (apesar do governo Dilma entendê-lo satisfatório dentro de sua perspectiva de uma melhoria efetiva em um processo de 10 anos*) mostra apenas aspectos objetivos da questão.
Não adentra nos subjetivos que estão em aspectos como a falta do interesse dos pais no desempenho escolar, ou ainda, o interesse de outros pais em se livrarem dos filhos chatos depositando-os nas escolas para que nelas pratiquem a falta dos modos que não aprendem em casa.
Notaram os ótimos resultados de escolas militares? Que fator às faz mais eficientes?
Pois é! O Brasil experimentou uma onda libertária com o fim do regime militar. A partir de 1985, toda disciplina imposta de cima para baixo passou a ser tratada como algo ruim e "não pedagógico". O resultado é o que está aí - não existe mais autoridade nas escolas - professor virou refém ou dos alunos mal-educados ou dos pais incapazes de contrariarem seus reizinhos particulares, impondo o primado do quem pode mais, a prática do vale-tudo, o "sabe com quem está falando?", o clientelismo e uma relação consumidor-fornecedor e ao cúmulo de escolas públicas terem virado palco da politicagem mais rasteira de prefeitos e vereadores analfabetos, com regras estúpidas de "eleição" de diretores que no passado eram escolhidos por competência, não por votação.
Tudo o que desde então se ganhou em universalização foi anulado na incapacidade das escolas em impor disciplina para ensinar alguma coisa. Há mais alunos estudando, há transporte, uniformes, livros e materiais gratuitos nas escolas públicas e inovações tecnológicas de ponta nas escolas privadas.
Mas em essência, a escola virou um lugar para diversão e suposta socialização dos alunos sem muita relação obrigacional com quem quer que seja. Professor não apita mais nada (isso quando não é pura e simplesmente agredido) e a antiga chamada para a sala do diretor virou motivo para processos de dano moral, partidos de famílias cujos pais envergonhados com sua falta de tempo para os filhos, lhes dão razão em tudo mesmo nas situações mais extremas.
O brasileiro pobre tende a pensar que a escola vai por freios nos filhos que não soube educar e o brasileiro rico acha que pagando, isso será suficiente para seu filho aprender valores. Etiqueta não se produz em sala de aula e valores não se compram apesar da publicidade agressiva das escolas que dizem formar cidadãos, mas em verdade formam consumidores com suas listas enormes de material escolar, com a tolerância com mochilas cada vez mais caras estampadas com os astros de TV do momento, suas festas juninas animadas com sertanejo universitário a ensinar a "pegação" e a bebedeira como formas de alegria (e nesse item, não diferente nas escolas públicas), e suas mil formas de nunca reprovarem ninguém porque isso pode expor o jovem a uma situação supostamente vexatória.
As Leis de diretrizes e bases da educação esqueceram de blindar as escolas da paranóia generalizada contra a autoridade confundida com autoritarismo.
Se um professor não tiver a prerrogativa de ralhar com um aluno ou se o diretor não puder suspendê-lo, o fato é que as famílias lenientes com os maus modos (e diga-se de passagem, estas são a maioria)do jovem vão apelar para a velha desculpa da perseguição que hoje é corroborada com ameaças de processos com inversão do ônus da prova por se tratar ou de relação com o Estado, ou de relação de consumo.
A escola tem que voltar a ser obrigação, o desempenho escolar precisa ser cobrado. É inaceitável que um país que nas últimas décadas tenha aumentado (e muito, eles praticamente foram multiplicados por 5 na esteira do aumento do percentual sobre o PIB e do próprio PIB) os recursos para a educação, não consiga sequer dar um passo a frente nesse assunto, sujeitando-se a uma falta dramática de mão-de-obra em todos os setores, desde os menos necessitados de formação, mas especialmente nos que mais dependem dela.
O ENEM apenas demonstrou que o Brasil está é completamente paralisado quando o assunto é educação.
Não adentra nos subjetivos que estão em aspectos como a falta do interesse dos pais no desempenho escolar, ou ainda, o interesse de outros pais em se livrarem dos filhos chatos depositando-os nas escolas para que nelas pratiquem a falta dos modos que não aprendem em casa.
Notaram os ótimos resultados de escolas militares? Que fator às faz mais eficientes?
Pois é! O Brasil experimentou uma onda libertária com o fim do regime militar. A partir de 1985, toda disciplina imposta de cima para baixo passou a ser tratada como algo ruim e "não pedagógico". O resultado é o que está aí - não existe mais autoridade nas escolas - professor virou refém ou dos alunos mal-educados ou dos pais incapazes de contrariarem seus reizinhos particulares, impondo o primado do quem pode mais, a prática do vale-tudo, o "sabe com quem está falando?", o clientelismo e uma relação consumidor-fornecedor e ao cúmulo de escolas públicas terem virado palco da politicagem mais rasteira de prefeitos e vereadores analfabetos, com regras estúpidas de "eleição" de diretores que no passado eram escolhidos por competência, não por votação.
Tudo o que desde então se ganhou em universalização foi anulado na incapacidade das escolas em impor disciplina para ensinar alguma coisa. Há mais alunos estudando, há transporte, uniformes, livros e materiais gratuitos nas escolas públicas e inovações tecnológicas de ponta nas escolas privadas.
Mas em essência, a escola virou um lugar para diversão e suposta socialização dos alunos sem muita relação obrigacional com quem quer que seja. Professor não apita mais nada (isso quando não é pura e simplesmente agredido) e a antiga chamada para a sala do diretor virou motivo para processos de dano moral, partidos de famílias cujos pais envergonhados com sua falta de tempo para os filhos, lhes dão razão em tudo mesmo nas situações mais extremas.
O brasileiro pobre tende a pensar que a escola vai por freios nos filhos que não soube educar e o brasileiro rico acha que pagando, isso será suficiente para seu filho aprender valores. Etiqueta não se produz em sala de aula e valores não se compram apesar da publicidade agressiva das escolas que dizem formar cidadãos, mas em verdade formam consumidores com suas listas enormes de material escolar, com a tolerância com mochilas cada vez mais caras estampadas com os astros de TV do momento, suas festas juninas animadas com sertanejo universitário a ensinar a "pegação" e a bebedeira como formas de alegria (e nesse item, não diferente nas escolas públicas), e suas mil formas de nunca reprovarem ninguém porque isso pode expor o jovem a uma situação supostamente vexatória.
As Leis de diretrizes e bases da educação esqueceram de blindar as escolas da paranóia generalizada contra a autoridade confundida com autoritarismo.
Se um professor não tiver a prerrogativa de ralhar com um aluno ou se o diretor não puder suspendê-lo, o fato é que as famílias lenientes com os maus modos (e diga-se de passagem, estas são a maioria)do jovem vão apelar para a velha desculpa da perseguição que hoje é corroborada com ameaças de processos com inversão do ônus da prova por se tratar ou de relação com o Estado, ou de relação de consumo.
A escola tem que voltar a ser obrigação, o desempenho escolar precisa ser cobrado. É inaceitável que um país que nas últimas décadas tenha aumentado (e muito, eles praticamente foram multiplicados por 5 na esteira do aumento do percentual sobre o PIB e do próprio PIB) os recursos para a educação, não consiga sequer dar um passo a frente nesse assunto, sujeitando-se a uma falta dramática de mão-de-obra em todos os setores, desde os menos necessitados de formação, mas especialmente nos que mais dependem dela.
O ENEM apenas demonstrou que o Brasil está é completamente paralisado quando o assunto é educação.
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*Mas fica a pergunta: Se Lula governou por 8 anos sempre com crescimento econômico e em céu de brigadeiro, já não deveríamos estar no ano 5 ou 6 deste processo?
*Mas fica a pergunta: Se Lula governou por 8 anos sempre com crescimento econômico e em céu de brigadeiro, já não deveríamos estar no ano 5 ou 6 deste processo?