16 de mar. de 2011

OS MÉDICOS VÃO PARALISAR ATENDIMENTOS DE PLANOS DE SAÚDE

Tempos atrás eu li na capa de uma revista quinzenal de finanças uma chamada de matéria sobre um poderoso executivo, dado como um verdadeiro mago no mercado de planos de saúde, cantado em prosa e verso pelos ambiciosos operadores do mercado financeiro por maximizar os lucros e aumentar o volume de suas operações.

E passados uns tempos, deparei com esta notícia, segundo a qual, em 7 de abril, médicos do país inteiro, em protesto contra o baixíssimo valor pago por consultas e procedimentos, vão parar de atender planos de saúde.

Esses planos de saúde brasileiros são uma verdadeira máfia que se presta a especulação econômica e explora a boa vontade de ciosos e competentes profissionais de saúde, além da crendice do povo que acha que prestam serviços satisfatórios de saúde, coisa que na maioria das vezes não é realidade, por mais que atendam melhor que o SUS.

Um conhecido meu, cardiologista, reclamou certa vez que um desses planos de saúde boicotava sua clínica corretamente credenciada para favorecer outra, que havia comprado recentemente. E o fazia sem dó nem piedade, aceitava as marcações de consultas e exames para o estabelecimento do meu conhecido, mas atrasava sistematicamente os pagamentos de uma tal forma a forçá-lo a assumir custos e endividar-se acorrendo a empréstimos bancários para fechar os furos transitórios, diminuindo sua já baixa lucratividade forçando uma quebra, que ou fecharia a clínica, ou o forçaria a vendê-la para o mesmo generoso plano de saúde.

Meu conhecido simplesmente pediu descredenciamento, parou de atender aquele plano e concentrou-se nos serviços do sistema UNIMED, que são cooperativas formadas pelos próprios médicos e, portanto, não são planos de saúde em formato empresarial, no sentido de terem obrigação com lucratividade. Nas UNIMED(s), a lucratividade de alguma forma é repassada aos médicos que às formam, de modo que os valores de consultas, exames e procedimentos são fixados de regra mediante a situação econômica de momento e, não sendo os ideais, ao menos não são aviltantes como os pagos pelos planos de saúde, cujas mensalidades para a clientela não deixam nunca de aumentar para garantir a lucratividade dos sócios, sem que isso represente serviços satisfatórios.

Perdi um conhecido (era meu amigo, mas distante) porque seu plano de saúde, na ânsia de contenção de custos, não autorizou um exame mais minucioso na cabeça e atrasou o diagnóstico de um tumor cerebral.

E agora me chega a notícia que os procedimentos e exames são pagos pela maioria dos planos de saúde a partir de tabelas feitas ainda na década de 90, antes do Plano Real, corrigidas com índices que não cobrem nem a inflação do período, que dizer o aumento normal de custos e de adoção de novos procedimentos e tecnologias.

É vergonhoso que um médico receba 25 reais por consulta enquanto os recursos pagos pelos usuários são usados para a aquisição de hospitais e clínicas próprias dos planos de saúde, usados como meios de atrair aportes de capital por meio de venda de ações, que por sua vez implicam em obrigação de contar custos para aumentar lucros e distribuição de dividendos.

É um círculo vicioso no qual se arrancam recursos na marra de médicos e segurados, pra garantir apenas os interesses do quadro social da empresa.

Bem sabe o leitor que não sou contra o lucro de ninguém, muito menos contra a prática capitalista. Mas no Brasil parece que tudo se resume a uma forma safada, que nada respeita e que não guarda nenhuma preocupação com a excelência de serviços ou ainda a satisfação de colaboradores. Um indivíduo ganha uma capa elogiosa de revista de finanças porque gerou lucro, mas seus métodos ficam em segundo plano, não importa mais se ele pisa nas pessoas, destrói outros negócios antes lucrativos e aumenta a pressão social. Pouco importa se suas práticas administrativas agressivas pioram o serviço recebido pela clientela. Só o lucro que aumenta todos os anos é que importa, só o lucro é que é elogiável e se ele cair por um trimestre que seja, o cargo do super-executivo está a perigo, o mesmo da execração pública pelos operadores do mercado financeiro.


É o que eu chamaria de capitalismo selvagem pra valer.

15 de mar. de 2011

O ALERTA NUCLEAR DO TSUNAMI

Um terremoto seguido de um tsunami e o mundo encontra-se em crise nuclear, que nem de longe é problema só do Japão.

O mundo em que vivemos é sedento de energia. Usinas nucleares sempre foram consideradas um mal menor ante a falta de recursos hídricos ou petrolíferos para gerar eletricidade, fugindo dos problemas ambientais e políticos das usinas termoelétricas, movidas a petróleo e gás.

O esgotamento das fontes de energia da Europa e do Japão é flagrante, mas esse fenômeno é mundial. Hoje, todos os países guardam preocupação com o aumento da oferta de energia em face de processo econômico em que o progresso é medido pelo aumento da demanda por ela.

Mesmo países ricos em recursos hídricos, como o Brasil e os EUA já experimentam o esgotamento deles, com a impossibilidade de construir novas usinas, isso independentemente do dano ambiental que sua construção causa.

Uma usina nuclear acaba gerando menos problemas para seu operador que uma termoelétrica, sujeita às instabilidades do Oriente Médio. Uma usina nuclear, gera energia bem mais barata e diminui os protestos dos consumidores, que em qualquer lugar do mundo, reclamam dos aumentos de tarifas pouco se lixando para o fato de que energia não se produz do nada, desde que ela esteja disponível para acionar TV(s), computadores, celulares e videogames.

O dano que as usinas nucleares podem causar não é menor que o causado pelas hidroelétricas ou termoelétricas, é apenas mais dramático e concentrado.

Pouca gente pensa no mal que uma Tucuruí causou ao cortar milhões de árvores, matar milhares de animais e alagar centenas de quilômetros de florestas até então virgens. Quase ninguém atina para quantidade de carbono jogado na atmosfera ao queimar petróleo para garantir que uma familia pobre tenha duas TV(s) LCD(s), aparelho de som, computador e internet, embora não tenha nem água encanada e muito menos esgôto tratado.

São as idiossincrasias do mundo em que vivemos, que não escolhem país rico ou pobre, porque os erros cometidos no Japão, não são diferentes dos cometidos no Brasil ou em Angola.

O planeta Terra está em estado de esgotamento. Muita gente dizia que isso jamais aconteceria, outros diziam que seria coisa para 200 anos. Mas se verificarmos a degradação visível do planeta só nos últimos 20 anos, constatamos a olho nu a aceleração desse processo.

O Japão deveria servir de exemplo para começarmos a repensar o mundo de modo efetivo e verdadeiro. O problema é que, tão logo a crise nuclear de lá seja controlada, mesmo se houver um novo Chernobyl, o mundo fará questão de esquecer tudo, e a publicidade vai continuar vendendo a felicidade em planos de telefonia celular, cerveja na praia, refeições altamente cálóricas e substituição paranóica de eletrodomésticos.

Muito mais que um terremoto seguido de tsunami, o que aconteceu no Japão foi o alerta de um planeta que, bem disse Raul Seixas, como um cachorro que não aguenta mais as pulgas, se livra delas com um sacolejo.

4 de mar. de 2011

OBRAS AVANÇAM NA AVENIDA WADISLAU BUGALSKI EM TAMANDARÉ

Nota: Esta postagem é feita em conjunto com matéria do Jornal RaioX. É publicada aqui em razão do alto interesse público envolvido, em razão do supercongestionamento da Rodovia dos Minérios.

As obras de revitalização nos 7 km e meio da Avenida Wadislau Bugalski já estão facilitando o trânsito no local - resta apenas a execução de 1500 metros depavimentação. O investimento de aproximadamente 7 milhões de reais em uma das principais avenidas que liga o centro da cidade de Almirante Tamandaré à Curitiba, passando por bairros populosos do município, está em fase bastante adiantada.

Após os transtornos sofridos pela população do município e pela Prefeitura, devido ao rompimento de contrato com as empreiteiras que ganharam a primeira licitação, a obra está com alguns trechos já em fase de iluminação, sendo que o primeiro trecho localizado próximo a sede sentido Curitiba já está em fase de finalização com sinalização e execução de lombadas.

Além do trânsito, a obra está beneficiando escolas, creches, postos de saúde e estabelecimentos comerciais e residenciais localizados ao longo da Avenida Wadislau Bugalski.

O Secretário Municipal de Obras, Dilaor Machado, estipula que a previsão de conclusão das obras seja até o final do primeiro semestre deste ano no mês de junho.

Realizada com recursos viabilizados junto ao governo do Estado por meio da Secretaria do Desenvolvimento Urbano (Sedu) e pelo Paranacidade, a obra será inteiramente paga pela Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

Para o Prefeito Vilson Goinski, essa é uma das mais importantes obras de revitalização da gestão municipal, a qual se constitui emum dos eixos estruturais essenciais para o município.

Matéria de responsabilidade de Aline Presa, assessora de comunicação da Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré.

2 de mar. de 2011

EUA QUEREM O BRASIL COMO PRINCIPAL FORNECEDOR DE PETROLEO

Em um contexto sério, a notícia (esta aqui) que parece boa, soa aterrorizante.

O Brasil vem negligenciando suas forças armadas e seus controles de fronteiras. Fala-se que com os cortes orçamentários do governo Dilma Roussef, causados pela irresponsabilidade de Lula, o 1º GDA que é a proteção aérea sobre Brasília deixará de voar seus caças F-2000 em abril, e que haverá contingenciamento e cortes também nos pouquíssimos programas de reaparelhamento em curso (O FX-2 já foi pro vinagre, mas agora, estão cortando dinheiro do programa de submarinos e do programa de helicópteros cujos contratos já foram assinados e estão em curso, e que, óbvio, sofrerão atrasos, isso se não causarem incidentes diplomáticos).

60% dos aviões da FAB simplesmente não voam mais por falta de manutenção. O Exército opera carros de combate das décadas de 60/70 e as vezes, não têm dinheiro para pagar refeição para recrutas. A Marinha, hoje, têm 2/3 dos navios que tinha há 15 anos e seus planos de reaparelhamento não demandam menos que 20 anos, isso se nunca houver contingenciamento de verbas, o que não é a prática nacional, onde a construção de uma corveta (um navio médio de escolta) demora 14 anos, um submarino 12 e uma licitação internacional fracassada para compra de caças leva 12 anos para não decidir nada, torrando dinheiro público.

Eu sou um confesso admirador dos EUA, porque eles têm uma atitude em relação ao mundo que entendo correta: esgotam as vias diplomáticas mas cuidam primeiro dos interesses nacionais e dos seus cidadãos, e depois, bem depois, vão se preocupar com o bem estar do resto. Se todo mundo agisse assim, não teríamos nações como o Brasil, dando esmolas para vizinhos que querem lhe apunhalar, como a Bolívia e a Venezuela, ou, ainda, não teriamos nações criminosas como a Coréia do Norte, que não é capaz de dar de comer aos seus nacionais, mas financia o terrorismo internacional.

Mas ao mesmo tempo, eu entendo que é muito perigoso virar parceiro petrolífero dos EUA, que dizer seu principal fornecedor da commoditie. Porque os EUA não hesitariam em mandar porta-aviões para colocar "pingos nos is" no Brasil se algum governo ou a visceral incompetência brasileira lhes afetasse o fornecimento. E como o Brasil não detém o mínimo poder de dissuasão, ou seja, aquele de impor perdas enormes a um agressor mesmo sabendo que pode perder a guerra, estaríamos sujeitos a virar um novo Iraque, com governos fracos manipulados externamente, o que não é impossivel ante a absoluta falta de qualidade de nossos políticos, que de regra são venais e incompetentes, e que preferem gastar em estádios luxuosíssimos para a Copa do Mundo, do que colocar dinheiro na segurança nacional.

Do ponto de vista econômico a notícia pode ser boa. Mas do ponto de vista nacional, as coisas podem não ser tão azuis.

28 de fev. de 2011

O SACO DE MALDADES DE DILMA, QUE É CULPA DO LULA!

Dizer o quê?

O governo cortou 50 bilhões do orçamento, sendo que uma parte deles sairá da educação (3,1 bi) e da saúde, com cortes também no programa Minha Casa, Minha Vida e outro de 18 bilhões nos investimentos, leia-se PAC. Salário mínimo de R$ 545, tabela do IR reajustada abaixo da inflação.

Só vai se safar da tesoura o amado, idolatrado, salve, salve, Bolsa-Família, de tão bons resultados eleitorais

E tem mais. Nada de concursos públicos nem reajustes para o funcionalismo este ano, sendo que o ministro Mantega citou hoje a frase clássica dos governantes brasileiros em apuros, ele "aventou" a possibilidade de aumentar os preços dos combustíveis, o que significa que os combustíveis vão aumentar de preço e ponto final, porque no final das contas o caixa da Petrobrás também é o do governo.

Não dou mais 30 dias terá projeto recriando a CPMF com o apoio dos governadores idiotas de norte a sul do país, sejam de situação, sejam de "oposição", ávidos por uma fonte de renda para que possam gastar à vontade e sem freios para pagar funcionários comissionados e incapazes, estádios para a Copa dos Idiotas de 2014, palácios suntuosos em mármore e granito, carrões e aviões de uso VIP, amantes, noitadas em motéis, etc... a putaria nacional não pode parar, o dinheiro público da CPMF é essencial para a saúde... a saúde dos senhores políticos!

O governo Lula abriu os cofres de modo irresponsável. Em 8 anos de governo navegando em águas calmas, ao invés de deixar um legado de responsabilidade fiscal, preferiu abrir os cofres nos 2 últimos para garantir a eleição da sucessora a qualquer que fosse o custo. Todas as boas iniciativas, como o uso de políticas tributárias (redução de impostos para combater a crise em 2008/2009, por exemplo) foram superadas pela generosidade ímpar em contratar um verdadeiro exército de comissionados e gastar sem freios em todo o lugar, desdenhando dos tribunais de contas e de qualquer controle orçamentário minimamente sério. Lula gastou e quando alguém levantou-se para dizer que o gasto era excessivo e errado, usou de sua popularidade para atacar as instituições que o contrariavam em seus delírios e agora, todos nós, otários, pagamos pela sua campanha em tornar-se o pai da pátria brasileira, aquela onde todo mundo tem TV LCD paga em suaves prestações de microcrédito, mas nem sonha com redes de água e esgôto!

Lula saiu do governo como o político brasileiro mais popular da história, mas entregou à sua sucessora uma colossal batata quente representada por 120 bilhões em restos a pagar, mais as despesas que o governo federal (e só ele e ninguém mais!) terá que assumir para não dar vexame na organização de uma Copa do Mundo e uma Olimpíada completamente inviáveis, usadas por espertalhões para configurar o maior roubo da história do país!

Mas, pelo menos, Dilma Roussef sabe o que está fazendo...

17 de fev. de 2011

SALÁRIO MÍNIMO: SÍMBOLO DA HIPOCRISIA PÁTRIA

A Constituição de 1988 capricha ao definir o salário mínimo no seu artigo 7º, inciso IV, declarando ser ele "nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua familia com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social".

A redação é tão bonita que a cada vez que a leio, tenho vontade de chorar, só não sei se de raiva ou de ironia, tamanha a hipocrisia que ela encerra.

Essa discussão estúpida em torno do salário mínimo, que o governo quer de R$ 545, a dita "oposição" quer de R$ 600 e a oposição da oposição, o PSOL, quer de R$ 700 é apenas mais um episódio da atávica hipocrisia nacional, em que se busca dar uma aparência de bondade e legalidade a algo que não é bom e nem segue a lei pois no caso, não segue o que determina a Constituição Federal.

A Constituição, esse monstrengo cheio de bondades que os governos não praticam, de princípios sociais que ninguém segue e que determina a criação de órgãos e legislações que não servem para nada (o melhor exemplo, o Estatuto da Criança e do Adolescente), imporia um salário mínimo de uns R$ 2.000, mas os políticos tratam do assunto em uma faixa que varia entre 545 e 700 reais.

O governo defende o salário mínimo... mínimo, porque ele supostamente impacta nas contas públicas, mesmo sabendo que a arrecadação federal bate recordes todos os meses há 20 anos sem parar, seja por conta do aumento exponencial da burocracia (como a nota fiscal eletrônica), seja pelo aumento de alíquotas, taxas e preços públicos, que foi constante e ocorreu em todos os anos desde a promulgação da Constituição dita "cidadã", a mesma que não protege os cidadãos de serem ferrados pela sanha arrecadatória de governos que gastam em supérfluos feito Copa do Mundo, Olimpíada, cargos em comissão, reformas suntuosas de palácios e aviões VIP, mas não têm a mínima preocupação em cumprir a regra mais básica do texto, que é a de deferir condições objetivas para a vida digna.

Em 2007 ficou estipulado que o salário mínimo seria reajustado pelo índice oficial de inflação, mais um acréscimo correspondente ao aumento do PIB de dois anos anteriores. Porém, em 2009 a economia do país não cresceu na esteira da crise que o governo Lula jurou de pés juntos que não afetou o Brasil, mas que causou um aumento real praticamente zero do salário mínimo em 2011. Daí os sindicalistas, portanto, o próprio PT, estrilaram e quebraram o acordo, agindo como hipócritas que assinam um documento e logo depois inventam desculpas para não cumpri-lo, dizendo serem defensores do povo.

E do lado da dita "oposição" não há menos hipocrisia. O PSDB e o DEM tinham a mesma exata atitude em relação ao salário mínimo que hoje tem o governo de Dilma Roussef do PT. Mesmo com a arrecadação federal em crescimento constante, o governo FHC jamais aceitava um aumento substancial sob a alegação de pressionar as contas públicas, enquanto a então "oposição" do PT montava um circo em torno do assunto, falando da dignidade que hoje ignoram e da capacidade governamental em suportar o valor, a mesma que hoje alegam não existir.

Enfim, o salário mínimo é apenas mais um símbolo da hipocrisia pátria em esconder que no país não há rigor nenhum em cumprir a Constituição e as Leis e muito menos em bem aplicar o dinheiro público, que não raro é usado para sustentar mordomias de políticos e asseclas, altos funcionários públicos e pessoas com negócios com o Estado.

14 de fev. de 2011

ADEUS, RONALDO!

Depois de sua vitoriosa carreira, Ronaldo não precisa sujeitar-se à cobrança estúpida de torcedores desmiolados, que não raro descamba para a violência na esteira da ignorância de gente que não sabe avaliar a condição humana.

E no fim das contas, ele mesmo acabou reconhecendo que seu físico não suporta mais a rotina e as exigências do futebol profissional. Foi humilde em reconhecer que mesmo os superastros como ele tem um momento de finalizar a carreira. E quando fez isso, acabou sendo humilde em reconhecer que devia ter parado pouco antes.

É a vida. Mesmo o maior dos atletas, aquele cuja genialidade suspendeu guerras e atraiu as atenções de chefes de Estado pelo mundo afora, Pelé, um dia se obrigou a dar adeus ao esporte.

Como também ocorreu com muitos outros gênios das quadras e das pistas, como Zico, Romário, Guga Kuerten, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi, Oscar Schmitd, etc... só para citar os brasileiros.

Pode ser que alguns torcedores organizados do Corinthians achem que ele, Ronaldo, estava se aproveitando do clube para ganhar uns quebrados em fim de carreira, o que não é verdade, porque sua imagem paga cada centavo dos seus salários e ainda gera lucro ao clube paulistano, sem contar o acréscimo técnico, que Ronaldo efetivamente prestou em 2009 ao voltar para o futebol brasileiro, contribuindo para vencer o campeonato Paulista e a Copa do Brasil.

Não devemos lembrar de uma figura como ele pelos seus defeitos humanos, porque estes, toda pessoa têm. Devemos lembrar da figura pública de Ronaldo como aquele garoto que, angustiado com o empate com a Itália na final da Copa de 1994, pedia para o técnico colocá-lo em campo. Ou ainda do atleta fenomenal que muita gente tinha como acabado, mas que preparou-se para superar-se na Copa de 2002, quando com arrancadas sensacionais e tabelas com Rivaldo, ajudou a trazer o título para alegria do país.

O cidadão Ronaldo Nazário vai tocar sua vida longe dos campos. Mas as (boas) lembranças de suas passagens pelos campos do mundo afora, nós brasileiros, assim como madridistas, milaneses, cruzeirenses e corinthianos, teremos vívidas nas memórias para contar para filhos, netos e sobrinhos e para exaltar os feitos do esporte.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...