Eu já disse a vários petistas que, se o seu partido estivesse representado por outra pessoa na peleja presidencial, como José Dirceu, provavelmente já estaria com dianteira muito folgada nas pesquisas e tratando de assegurar vitória em primeiro turno.
Isso porque teria o conjunto da popularidade do presidente Lula e o candidato bom de palanque, capaz de sensibilizar as massas pela imagem e inflamá-las pelo discurso vívido e direto que sempre marcou as campanhas do PT (e Lula) à presidência.
Dilma não tem a qualidade de candidata.
Não estou dizendo que ela não tem qualidades para ser presidente, nem que ela não tem competência, muito menos que ela não é honesta.
Todas estes requisitos são importantes e, com eu já escrevi aqui, tanto ela quanto seus adversários possuem tudo isso. Nem ela é o leviatã estatista pintado por uns, nem seu adversário direto é o monstro neoliberal pixado por outros.
No entanto, em política, não são apenas as qualidades morais e técnicas de uma pessoa que decidem sua eleição.
Está bem claro, e mesmo os petistas não negam, que Dilma Roussef depende muito da imagem do presidente Lula, que por sua vez aventa até pedir licença do cargo para alavancar a candidata que ele mesmo escolheu.
Dilma não têm traquejo de palanque e de embate eleitoral porque sempre foi um quadro técnico ou do PDT (no grupo político de Alceu Collares) ou do PT (cuja ligação sempre foi direta com o presidente Lula). Ela nunca foi candidata a nada, o que explica sua dificuldade em tratar com a imprensa e o zêlo com que é preparada a cada vez que aceita participar de uma entrevista de TV ou rádio, sendo que o comando de sua campanha tenta limitar sua aparição em debates.
Repito que não estou discutindo aqui as qualidades dela como administradora pública, muito menos comparando tais qualidades com as dos demais candidatos.
Mas a maioria do povo brasileiro não analisa as qualidades técnicas do candidato em que vota, limita-se a ouvir seu discurso e sentir-se sensibilizado ou não, e isso pode ser prejudicial à candidata do PT.
Neste fim de semana, divulgam-se novas pesquisas. Se Dilma estiver na frente, é sinal claro de que o potencial de transferência de votos do presidente Lula é grande e isso tranquiliza o comando de campanha. Se continuar o empate técnico, já haverá gente no Palácio do Planalto preparando a licença do presidente para que ele supra as deficiências de Dilma enquanto candidata (não como administradora). E se ela cair, o que é improvável, acende a luz vermelha no diretório do PT.(*)
Lembram do Lula candidato? Ele era incrivelmente diferente do que foi o Lula presidente. Quando candidato, partia para a briga, debatia abertamente, falava com quem quisesse ouvi-lo e não tinha medo de cara feia. Quando presidente, virou um conciliador completamente diferente. As figuras do candidato e da pessoa nunca se confundiram.
Hoje, o PT tem uma técnica a disputar a presidência, mas não uma candidata no sentido de pessoa acostumada aos palanques.
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(*) No caso do outro lado, do PSDB, as pesquisas mostrarão um caminho a tomar. Se Dilma abrir dianteira nas pesquisas, vão acirrar a disputa nem que tenham que baixar muito mais o nivel. Se empatados, vão insistir em chamar Dilma para o debate. Se estiverem na frente, voltarão à campanha propositiva, de falso "fair play".
Isso porque teria o conjunto da popularidade do presidente Lula e o candidato bom de palanque, capaz de sensibilizar as massas pela imagem e inflamá-las pelo discurso vívido e direto que sempre marcou as campanhas do PT (e Lula) à presidência.
Dilma não tem a qualidade de candidata.
Não estou dizendo que ela não tem qualidades para ser presidente, nem que ela não tem competência, muito menos que ela não é honesta.
Todas estes requisitos são importantes e, com eu já escrevi aqui, tanto ela quanto seus adversários possuem tudo isso. Nem ela é o leviatã estatista pintado por uns, nem seu adversário direto é o monstro neoliberal pixado por outros.
No entanto, em política, não são apenas as qualidades morais e técnicas de uma pessoa que decidem sua eleição.
Está bem claro, e mesmo os petistas não negam, que Dilma Roussef depende muito da imagem do presidente Lula, que por sua vez aventa até pedir licença do cargo para alavancar a candidata que ele mesmo escolheu.
Dilma não têm traquejo de palanque e de embate eleitoral porque sempre foi um quadro técnico ou do PDT (no grupo político de Alceu Collares) ou do PT (cuja ligação sempre foi direta com o presidente Lula). Ela nunca foi candidata a nada, o que explica sua dificuldade em tratar com a imprensa e o zêlo com que é preparada a cada vez que aceita participar de uma entrevista de TV ou rádio, sendo que o comando de sua campanha tenta limitar sua aparição em debates.
Repito que não estou discutindo aqui as qualidades dela como administradora pública, muito menos comparando tais qualidades com as dos demais candidatos.
Mas a maioria do povo brasileiro não analisa as qualidades técnicas do candidato em que vota, limita-se a ouvir seu discurso e sentir-se sensibilizado ou não, e isso pode ser prejudicial à candidata do PT.
Neste fim de semana, divulgam-se novas pesquisas. Se Dilma estiver na frente, é sinal claro de que o potencial de transferência de votos do presidente Lula é grande e isso tranquiliza o comando de campanha. Se continuar o empate técnico, já haverá gente no Palácio do Planalto preparando a licença do presidente para que ele supra as deficiências de Dilma enquanto candidata (não como administradora). E se ela cair, o que é improvável, acende a luz vermelha no diretório do PT.(*)
Lembram do Lula candidato? Ele era incrivelmente diferente do que foi o Lula presidente. Quando candidato, partia para a briga, debatia abertamente, falava com quem quisesse ouvi-lo e não tinha medo de cara feia. Quando presidente, virou um conciliador completamente diferente. As figuras do candidato e da pessoa nunca se confundiram.
Hoje, o PT tem uma técnica a disputar a presidência, mas não uma candidata no sentido de pessoa acostumada aos palanques.
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(*) No caso do outro lado, do PSDB, as pesquisas mostrarão um caminho a tomar. Se Dilma abrir dianteira nas pesquisas, vão acirrar a disputa nem que tenham que baixar muito mais o nivel. Se empatados, vão insistir em chamar Dilma para o debate. Se estiverem na frente, voltarão à campanha propositiva, de falso "fair play".
PS.: Eu já tracei aqui um perfil (opinião pessoal minha) de Marina Silva. Este post é um perfil de Dilma Roussef, complementado por este post aqui, que trata dela e de José Serra. Em mais alguns dias, traçarei um perfil específico do candidato do PSDB.