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14 de mar. de 2008

SERÁ O FIM DO MONOPÓLIO?

Na VEJA On Line:

SDE quer disputa para a transmissão do Brasileirão.

Na Europa e dos EUA, as receitas de televisionamento representam a maior fatia do faturamento dos clubes e entidades esportivas. O campeonato espanhol não é vendido por menos de 500 milhões de Euros e o Super Bowl custa verdadeiras fábulas, cujos resultados são divididos entre os participantes, que montam times fortes e melhoram a cada ano a qualidade do produto, que por sua vez continua valorizado.

Já o Campeonato Brasileiro, revelador de craques que se contam às centenas e vendidos a preço de banana para os clubes europeus (até da Ucrânia ou da Romênia), custa no máximo 250 milhões de reais por ano.

Flamengo, Corinthians, São Paulo e Palmeiras recebem em torno de 18 milhões anuais e os demais clubes, no máximo 13, o que eventualmente é complementado pela receita adicional da venda de "pay per views".

Buscar uma melhor relação financeira com a TV é vital para a sobrevivência do futebol brasileiro, porque ao mesmo tempo em que as verbas dela são insuficientes, o Brasil sujeita-se à Lei Pelé, que foi feita por encomenda de empresários de futebol, que fizeram lobby com deputados corruptos de baixo clero para aprovar a "vendetta" do futebol brasileiro, mas que explica o porque de clubes da Bielo Rússia, da Ucrânia e da Rússia terem melhores condições financeiras que os nossos. É simples, os clubes europeus detém o passe de seus jogadores, vendendo-os e emprestando-os sempre com retorno. Os clubes brasileiros perdem gradualmente o direito sobre os jogadores que revelam, obrigando-se a vender por pouco para não perder todos os direitos.

A Globo tem aproveitado a desorganização dos clubes e imposto contratos que pagam valores muito inferiores aos cabíveis para um campeonato de pontos corridos, com grande audiência, apesar dos poucos craques que eventualmente se apresentam em nossos campos.

Mais que isso,ela detém os direitos dos principais campeonatos estaduais, da Copa do Brasil, da Libertadores e da Copa Sul-Americana, além de ser sócia da Sky, única operadora de TV paga via satélite DTHS, e da Net, operadora com 65% do mercado de TV a Cabo ou MMDS. E por fim, utiliza-se de adiantamentos que faz aos clubes e de uma cláusula de preferência na renovação dos contratos, de um tal modo que mesmo quando oferece menos, acaba ficando com os direitos de transmissão, pois os clubes não conseguem negociar.

A Secretaria de Direito Econômico do CADE, tem o poder de forçar a aceitação de propostas sempre pelo maior valor oferecido, desconsiderando cláusulas nocivas de preferência ou mesmo de abrangência de cobertura, que podem ser utilizadas sob o pretexto de levar o produto a todo o país. Também pode impedir a venda casada do produto para as TV(s) aberta e fechada e mesmo definir a divisão das transmissões entre várias TV(s) quando uma delas tem participação relevante de mercado,tendente ao monopólio, o que é o caso da Globo. Tudo isso se faz por imposição de multas, de tal modo que, mesmo a SDE definindo as regras, ainda pode haver uma batalha jurídica para dribla-lás.

Mas mesmo assim, é uma luz no fim do túnel do futebol brasileiro. A outra é a revisão da Lei Pelé, para reinstituir o passe e impedir que bons jogadores saiam do Brasil antes dos 18 anos, por valores ínfimos, o que prejudica o espetáculo, ao mesmo tempo em que prejudica a arrecadação tributária que incide sobre o futebol.

Quanto mais o futebol faturar, mais impostos vai recolher e nossos craques vão gerar riqueza que aproveite a todos os brasileiros. O futebol nada mais é que um produto econômico, e o Brasil precisa tratá-lo assim.

8 de nov. de 2007

DESPEJANDO BACHARÉIS EM COISA NENHUMA



Ontem eu tentava convencer uma amiga a incentivar a sua irmã em desistir de cursar direito, incentivando-a a abraçar uma carreira tecnológica, como física, química, geologia, engenharia mecânica e florestal, biologia, eletrônica e muitas outras.

Hoje, para minha surpresa, meu irmão, que trabalha em RH, comentou de um artigo que leu, segundo o qual no Brasil sobram milhares de bacharéis em administração, ciências contábeis e direito e faltam, de modo quase desesperador, profissionais nas áreas tecnológicas, que são importados de outros países, mesmo com o desemprego nacional mantendo-se na faixa dos 9 a 10% da força de trabalho.

Isso é fruto da estupidez nacional, da falta de marco regulatório e da ganância de empresários do ensino.

Abrem-se dezenas de novos cursos universitários por mês no Brasil, e mais de 90% deles na área de humanas, por uma razão simplíssima: cursos de administração, ciências contábeis, marketing, economia e direito são baratíssimos de ministrar, de modo que qualquer um desses centros universitários furrecas que encontramos por aí hoje em dia, oferta todos eles com a certeza que os incautos não saberão distinguir um deles de uma universidade verdadeira.

Aqui na minha região, há centros universitários usando o prefixo "uni" em seu nome.

Um pior que o outro, com sua publicidade agressiva e demagógica, contratando mestres e doutores de segunda linha (formados no mesmo esquema de proliferação de mestrados e doutorados sem a menor qualidade) e em alguns casos, nem pagando em dia e condignamente os professores que contratam.

O curso de direito então é um campeão de audiência. Curitiba e região tem mais cursos de direito que o estado da Califórnia, e o sul do Brasil, mais que os EUA inteiro.

Uma vergonha! As pessoas entram numa instituição podre destas, pagam uma fortuna para conseguir um diploma em que o próprio nome da instituição afasta a credibilidade da formação e depois, ou ficam a choramingar pela falta de competência em passar no exame de ordem, ou não arranjam colocação num mercado saturadíssimo ou, ainda, aviltam a profissão, forçando que a remuneração caia para todos. E o mesmo acontece em diversos outros cursos simples de ministrar, que não precisam de métodos de ensino e pesquisa, laboratórios, visitas e treinamento de campo.

Deixa-se milhões de jovens no desemprego porque os "empresários" do ensino não querem investir nada e tirar o dinheiro que gastam em prédios suntuosos e publicidade agressiva o mais rápido possível dos otários, cuja formação de qualidade dependerá só deles, porque a faculdade não lhes dará nada de bom a refletir.

Mas faltam geólogos para trabalhar no setor de commodities (mineração), químicos, físicos, matemáticos, engenheiros e pesquisadores de um modo geral, para desenvolver novos produtos para a indústria.

Isso é falta de marco regulatório, porque a abertura das faculdades é autorizada por critério político e não técnico. Em Curitiba existem 20 ou 25 faculdades de administração, bem analisando, 10 dariam conta da demanda, o que significa que os estudantes de 15 delas ficam apenas com um diploma na parede. Se os estudantes dessas 15 estivessem na área tecnológica, conseguiriam colocação mais rápido e ganhariam mais que os administradores. Mas o sistema incentiva o jabá e os cursos baratos de ministrar.

É preciso rever esse sistema. Se o Brasil quer mesmo distribuir renda, precisa desafogar o mercado de algumas profissões e suprir a demanda por gente que exerce outras.

E, claro, fechar e colocar na cadeia alguns desses "empresários", que vendem cursos superiores via internet ou por satélite, ou de fim de semana, iludindo gente honesta, conquanto desavisada.

PS: Não estranhem os leitores se os comentários do Haloscan demorarem a entrar na tela. Estarei viajando neste fim de semana a partir da sexta-feira e, embora vá procurar internet para atualizar o blog, posso não encontrá-la.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...