26 de jun. de 2008

O AUMENTO DO BOLSA-FAMÍLIA

Nunca fui contra o Bolsa-Familia.

Mas não aceito esse aumento para ele, de quase 8%, anunciado ontem pelo governo.

Porque o governo, que bate recorde atrás de recorde de arrecadação, calculou e prometeu aumentos salariais para várias categorias do serviço público e simplesmente não os honrou. Um bom exemplo, os fiscais agropecuários, que ameaçam parar na virada do mês, porque o governo simplesmente não paga o aumento que negociou na greve do ano passado.

O mesmo governo que se nega a dar aos aposentados um percentual de aumento este ano, igual ao do salário-mínimo, proposta do senador Paulo Paim (PT-RS).

Governo que não dá garantia alguma de que vai honrar o reajuste dos soldos militares, estes, ainda mais aviltados que qualquer outra classe do funcionalismo público.

Uma coisa, é tratar de verba alimentar, que é salário, aposentadoria e soldo. Outra completamente diferente, é tratar de verba complementar como o Bolsa-Família e o seguro-desemprego.

Verba complementar tem natureza diferente, por mais que seu uso seja alimentar. No BF ela é uma ajuda do Estado para uma condição excepcional de necessidade. O problema é que não sendo uma verba alimentar e recebendo aumentos generosos à guisa da inflação, isso é discriminatório contra milhares de pessoas com empregos na ativa, e de aposentados, que contribuíram durante a vida para receber uma contraprestação mensal na sua inatividade.

Não nego que o Bolsa-Familia recebeu este como o primeiro aumento percentual, desde que foi criado em 2003.

Mas ao mesmo tempo, o governo alardeia que o país cresceu e a pobreza diminuiu, e se assim foi, a verba complementar pode sofrer um congelamento, porque sua função precípua é atender uma situação emergencial que, repita-se, segundo o próprio governo, ficou menos grave desde 2003.

Enfim, é preciso entender que programas sociais são paliativos provisórios feitos para alavancar o progresso pessoal de quem os recebe. Eles não podem ser tratados do mesmo jeito com que se trata a renda advinda do trabalho, que dizer em ano eleitoral.

24 de jun. de 2008

BUROCRACIA DO CÃO!

No dia 30/06 vence a declaração anual do Super Simples. Seria algo simples de ser feito, se não fosse um tal Comitê Gestor, que inventou que todo e qualquer procedimento sobre o tributo deve ser feito on-line, diretamente no site do sistema, site este que nunca funciona bem e é um verdadeiro tormento para contadores, por ser lerdo e instável, comumente perdendo dados digitados, além da demora do acesso em si.

O que era para ser Super Simples virou super-complicado, à guisa das normas cretinas inventadas por burocratas retardados que ganham lautos salários no tal Comitê Gestor, passando seus dias a inventar asneiras para aporrinhar os contribuintes.

É a tal coisa, inventaram um órgão que só serve de cabide de emprego. Nenhum de seus componentes entende nada sobre pequenas empresas, nenhum deles sabe distinguir uma empresa como a Microsoft, do boteco do Mané na esquina de casa.

Impõem regras absurdas, fazem o diabo para incomodar o contribuinte, que só pode se queixar para a sogra, uma vez que jamais seria atendido por um desses engravatados que passam a vida a encontrar meios de arrancar mais dinheiro do contribuinte, tornando sua vida um verdadeiro inferno.

Antigamente o contribuinte instalava seu software no escritório e enviava a declaração via Receitanet, tal qual se faz com a declaração de imposto de renda pessoa física. Ao invés de aperfeiçoar o sistema, conseguiram torná-lo intratável.

E quem paga a conta?

O contribuinte, claro. Porque não acredite o leitor que o Super-Simples diminuiu a tributação porque isso não é verdade - apenas as menores empresas comerciais tiveram um alívio de carga tributária, todas as demais, pagam mais impostos hoje do que pagavam na vigência do antigo SIMPLES.

21 de jun. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 6 (Serra Gaúcha - IV)

O Parque da Ferradura fica 8 km adiante do Parque do Caracol, por uma estrada de chão que está "mais ou menos". Mas vale o passeio. Ele é composto basicamente de trilhas no meio da mata, de onde se pode avistar o cânion do Rio Caí, levando a diversos mirantes e mesmo à margem do rio, se você se dispuser a caminhar por 52 minutos de ida e outros tantos para a volta em subida íngreme.


Esta, é a "ferradu-ra", que captei com minha limitada máquina.


Cachoeira. É possível chegar à sua base, caminhan-do muito, o que, naquele dia e nas condições físicas em que nos encontrávamos, não tivemos coragem de fazer.


E uma foto deste que vos escreve em um dos mirantes, para dar idéia da profundidade do cânion, ao fundo.

Clique sobre as fotos para ampliá-las.
Uso livre na internet, citada a fonte.


Na próxima semana: Corpus Christi em São Marcos e Nova Petrópolis.

18 de jun. de 2008

A ARGENTINA NA MESMA

Outrora um país imensamente rico, hoje a Argentina paga o preço de acreditar no populismo estúpido de governantes como Perón, Galtieri, Ménem e os Kirchner.

A Argentina da senhora Kirchner avançou alguns degraus da escada da imbecilidade tributária ao decretar o aumento de impostos sobre a exportação(1)agrícola para prevenir a inflação que o governo anterior (do seu marido) tratou de esconder manipulando os índices oficiais e forçando o tabelamento de preços, especialmente os agrícolas.

Dados os tabelamentos, era natural que os agricultores exportassem para não ficar no prejuízo. Daí a senhora Kirchner achou que, impedindo seus produtores rurais de exportar trigo para o Brasil, os preços dos seus derivados cairiam no mercado interno. O resultado, porém, é que os preços na Argentina não caíram e no Brasil, dispararam, o que obrigou o parceiro bolivariano Lula a ir justamente na direção contrária de Cristina, desonerando o trigo de impostos de importação, para evitar altas absurdas nos preços, o que conseguiu, em parte(2).

Com o locaute dos agricultores, os produtos sumiram das prateleiras, os preços internos dispararam e a popularidade da presidente entrou em queda livre, por mais que ela venha com o discurso bonitinho de que, com o dinheiro dos impostos adicionais, construirá hospitais e escolas.

Agora ela recua e manda um projeto de Lei ao Congresso, onde tem maioria, mas nada garante que o locaute não continuará e mesmo que cesse, o estrago já está feito: a inflação disparou, e isso é grave em um país que deu calote na dívida externa, tem as contas públicas deficitárias e ainda por cima sofre com problemas como a falta de energia, razão pela qual seus políticos saíram a apoiar o paraguaio Fernando Lugo, para comprar energia de Itaipú na marra, nem que para isso o Brasil tenha que se danar.

Enfim, a Argentina hoje é o retrato dos políticos populistas e irresponsáveis que permeiam toda a sua história, e se daqui há pouco os panelaços da população "apearem" mais um presidente do cavalo Casa Rosada, ninguém se surpreenderá, será apenas a rotina num país em que a classe política age apenas pelos seus próprios interesses.




(1) Poucos países no mundo cobram impostos diretos sobre exportações. O Brasil é um deles, embora com a atenuante da Lei Kandir (ICMS) e do PIS e COFINS não cumulativos, isso tenha melhorado um pouco.

(2) O governo Lula adotou a tática de desoneração tributária para impedir o aumento exponencial de preços. Aconteceu com o trigo e com os combustíveis, aquele com desoneração de IPI e imposto de importação, estes, com diminuição da CIDE. Isso prova, entre outras coisas, que impostos demais são inflacionários, outra razão para que não se crie a CSS.

17 de jun. de 2008

C.A.O.S.

Quem sou eu para comentar sobre o Rio de Janeiro, não?

Mas mesmo assim vou expressar o que penso sobre o caos que tomou conta da Cidade Maravilhosa.

O problema da violência no Rio não é culpa do Exército, que é o vilão escolhido do momento. Também não é da Polícia e muito menos dos traficantes, que exercem seu ofício criminoso, mas que chegaram à atual situação de poder por conta da inércia das autoridades.

A culpa da violência no Rio é dos POLÍTICOS!

Uma sucessão de governos populistas destruíram o Rio e o entregaram ao tráfico de drogas de mão beijada. O tal "socialismo moreno"impediu a polícia fluminense de fazer operações nos morros cariocas por um tempo suficiente para que a bandidagem se estruturasse. Bandido é como aqueles caracóis africanos que infestam cidades brasileiras: Uma vez que encontra campo fértil, se multiplica do dia para a noite e só o fogo dá um jeito.

Mas as autoridades cariocas foram contemporizando. Uma sucessão de governadores manés e prefeitos estúpidos, levando décadas para construir penitenciárias e prometendo obras faraônicas para jogos Pan-Americanos e Olímpicos, sem pensar que o dinheiro torrado no Engenhão bem poderia ser utilizado para contratar mais policiais ou aumentar os complexos penitenciários de Bangu.

A mesma classe política que age desse modo irresponsável, é que deu habeas-corpus na marra para um deputadinho preso por suspeita de corrupção. Aliás, na Assembléia Legislativa do Rio, há uma tremenda saia justa por conta disso - decretaram o habeas corpus e depois descobriram que há provas suficientes para cassar o mandato do gajo, mas ninguém se ofereceu para relatar o processo.

Ou seja, todos os dias, os políticos fluminenses e cariocas dão provas de seu populismo torpe, sua irresponsabilidade e inconsequência, que mantém a polícia desatualizada em equipamentos, defasada em pessoal, treinamento e estratégia. Daí quando a coisa aperta chamam o Exército e quando dá m... porque soldado é treinado para matar, ele não sabe fazer policiamente ostensivo, deixam esse fuzuê dos últimos dias...

13 de jun. de 2008

CADERNOS DE VIAGEM - 5 (Serra Gaúcha - III)

Caxias do Sul, já escrevi aqui, é uma cidade industrial. Gigantes como Agrale, Marcopolo, Randon, Tramontina e Mundial são empresas que carregam o nome da bela metrópole da serra para todo o Brasil, senão o mundo.

Mas em meio a tantos parques fabris, encontra-se o Chateau La Cave, uma construção em pedra, datada de 1968, que simula um castelo medieval no meio de uma vinícula no distrito de Ana Rech. Belíssima construção de propriedade da família Basso (vinhos Canção) onde se produzem vinhos finos e onde há um ótimo restaurante, além do "tour" pelo prédio.

Essa é a vista pela entrada que dá para a BR-101.No verão, essa vegetação amarelada fica multicolorida, são hortênsias, que envolvem a paisagem.




Vista da entrada principal. Notem os jardins extremamente bem cuidados.



Quadro das almas. Réplica de um quadro existente numa igreja medieval italiana. À esquerda, a representação da almas boas, que sobem ao céu. À direita, a das almas ruins, condenadas à danação. O fiel pode contribuir para que as almas boas subam ao céu, depositando moedas no prato da balança do lado das almas ruins. As moedas caem em um cofre.






Réplica da famosíssima boca da verdade, cujo original está na Itália. Ela está instalada no Salão das Bandeiras, que é disponibilizado para eventos, como casamentos e formaturas.






Salão das Bandeiras. É importante ressaltar que boa parte do processo de produção dos vinhos Chateau La Cave é feito no castelo, o que explica os tonéis de alumínio.





Vista da taverna, onde se degustam os vinhos.






Detalhe dos vitrais.

Clique sobre as fotos para ampliar.
Uso livre na internet, desde que citada a fonte.


Semana que vem: Parque da Ferradura, Canela.

12 de jun. de 2008

BANCADA DO IMPOSTO

Estes são os deputados paranaenses que votaram pela CSS.

Os interessados em mudança de sexo por cirurgia paga pelo SUS podem agradecer a eles os recursos necessários para tanto:

Angelo Vanhoni,PT;
Dr. Rosinha,PT;
Alex Canziani,PTB;
Osmar Serraglio,PMDB;
Moacir Micheletto,PMDB;
Odilio Balbinotti, PMDB;
Hermes Parcianello, PMDB;
Nelson Meurer,PMDB;
Ricardo Barros, PP;
Airton Roveda, PR;
Chico da Princesa, PR;
Fernando Giacobo, PR;
Hidekazu Takayama, PSC.

SPORT CAMPEÃO!

Quem diria, eu torcendo por um time rubro-negro numa final?

Acontece que, há 4 meses, conheci um amigo pernambucano, radicado aqui em Curitiba, torcedor roxo do Sport e que adotou o Coxa aqui no Sul.

E isso concidiu com essa campanha histórica do Sport, que já no confronto contra o Palmeiras passou a ter pinta de campeão, e acabou sendo, merecidamente.

Porque foi audacioso.

Perdendo a partida de 3 x o em São Paulo, Nelsinho Batista colocou Enilton, que fez o gol salvador, que garantiu a possibilidade de levar a taça com apenas 2 gols na Ilha do Retiro.

E hoje, colocou a juventude do atacante Cássio que, nervoso, foi substituído ainda no primeiro tempo novamente por Enilton.

O Sport foi para cima, marcou os gols que precisava e soube segurar o Corinthians, cujo time ficou nervoso dada sua juventude.

Primeiro campeão nordestino da Copa do Brasil!

Libertadores em 2009!

Parabéns ao Leão!

11 de jun. de 2008

APROVADA

A CSS foi aprovada na Câmara.

Os senhores deputados preocupam-se mesmo com as operações de mudança de sexo!

10 de jun. de 2008

CPMF/CSS PRA QUÊ?

Ontem minha mãe comentava que minha tia, em Porto Alegre, marcou uma consulta médica que o SUS enviou para daqui há 4 meses, mesmo estando ela muito doente, e que isso foi apenas a repetição do que ocorreu ano passado, quando a miraculosa CPMF ainda existia e "não faltavam" recursos para a saúde.

No mesmo dia eu abro o jornal e vejo uma foto enorme do ministro Temporão, anunciando que o SUS fará cirurgias de troca de sexo.

Ou seja, homens sadios vão ao SUS para realizar seus recônditos desejos sexuais, tomando lugar na fila de gente que precisa de cirurgias para salvar a própria pele. E com as graças do governo!

Minha tia não sabe se estará viva daqui há 4 meses, mas o Joãozinho transformista, sabe que dentro de algum tempo terá a anatomia feminina, mesmo não virando mulher porque isso é impossível.

Nada contra o indivíduo querer mudar de sexo. Faz do seu corpo o que quiser, mas isso não é caso de saúde pública, porque envolve uma parcela ínfima da população e porque há prioridades, a maioria não atendidas pelo SUS, que não piorou (nem melhorou) em absolutamente nada desde que a nefanda CPMF foi extinta.

Mas o governo não pensa assim e pretende financiar essas coisas com a ressuscitada CPMF, agora batizada de CSS. Enfim, manobra céus e terras e faz o toma-lá-dá-cá no Congresso onde a "base aliada" cobra caro para lhe realizar os desejos, tudo isso para agradar os homens descontentes com sua anatomia.

Tá certo que a questão da saúde não se limita a isso, mas esse caso é sintomático, mostra o desperdício de recursos públicos que os governos (não só o atual) teimam em não coibir, além das trocas de favores e das prioridades erradas, como troca de sexo ou, muito pior que isso, a criação de cargos em comissão na área da saúde, como o governador do Paraná impôs aos contribuintes mês passado.

A CSS não vai melhorar em nada o SUS e a saúde, porque o problema está na administração caótica e apriorística, onde interesses mesquinhos e a força dos "lobbys" passam por cima dos reais interesses da maioria da população.

Eos senhores parlamentares, atendidos em suas "reivindicações", deixam que isso aconteça e vão alimentando o buraco sem fundo com mais impostos, sendo que eles nunca são suficientes para cobrir tanta falta de foco.

9 de jun. de 2008

ALIANÇAS ESPÚRIAS

A governadora do RS, Yeda Crusius, nem iniciou seu mandato já estava envolvida em polêmicas e problemas de ordem política.

Querendo impor o modo tucano de governar, aumentando impostos e levando o resto com a barriga, ela foi fragorosamente derrotada no caso do "tarifaço" quando, no fim da gestão do ex-governador Germano Rigotto, ela pediu que ele enviasse um projeto de lei para a Assembléia Legislativa renovar uma série de aumentos tributários que estavam em vigor até então, sem que isso diminuísse em nada os problemas daquele governo estadual.

Perdeu na Assembléia e sem nem mesmo assumir, fortaleceu a oposição histriônica do PT gaúcho e perdeu do apoio do seu vice-governador, que ainda deputado, votou contra ela na polêmica sessão extraordinária ocorrida dia 30 de dezembro de 2006.

E agora, o mesmo vice-governador é personagem central nas denúncias sobre o caso de corrupção no Detran, que trataram de paralisar de vez a administração de um estado que precisa de uma reforma administrativa radical e urgente, inchado que está pela inação de sucessivos governos irresponsáveis.

Isso para mim deixa evidente o problema de se fazer alianças políticas espúrias, sem conteúdo programático, apenas para vencer eleições.

E isso é uma praga no Brasil, praticada em todas as esferas de poder, o governo federal que o diga, tamanho o número de cargos em comissão que foi obrigado a criar para atender a "base aliada", e igualmente envolto em denúncias que partem até de supostos apoiadores.

É a tal coisa.

Numa aliança espúria, em determinado momento aquele elo que aderiu por aderir vai cobrar a conta de seu apoio. No caso do RS, quem pagará essa conta é a governadora Yeda cuja carreira política tende a sair destroçada do processo. Mas na maioria das vezes, quem paga a conta das incoerências políticas somos nós, os contribuintes, que financiamos cargos em comissão, ampliação de vagas de vereadores inúteis, diretorias de estatais e demais mordomias distribuídas para manter os aliados quietos.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...