7 de out. de 2007

IMAGENS DE CURITIBA - 5

Um pouco atrasado, e considerando o azar desgraçado que levei, porque num dia ensolarado, quando fui tirar as fotos o tempo fechou e não deu aquele efeito desejado. Mesmo assim, Imagens de Curitiba está de volta.

Hoje, o famosíssimo olho do Museu Oscar Niemeyer e o Centro Cívico, complexo de prédios públicos do qual o museu é parte.



Os leitores levaram sorte. Estão nos jardins do museu obras da artista plástica Elizabeth Titton, a exposição "In Natura" que compôs com o prédio de linhas arrojadas um belo visual. Confira pelas duas primeiras fotos.

Na terceira foto, o detalhe, a cabeça da serpente que encontra-se nos jardins do museu.

O museu fica na parte de trás do Centro Cívico, que foi obra de um visioná- rio, uma espécie de Juscelino Kubitschek do Paraná, o ex-governador de saudosa memória, Bento Munhoz da Rocha Neto, que nos festejos do centenário da emancipação política do estado inaugurou o complexo, onde ficam o Palácio Iguaçú, a Assembléia Legislativa, o Tribunal do Júri, o Tribunal de Contas e o Tribunal de Justiça, tudo em volta da Praça Nossa Senhora de Salete, onde ainda estão a Prefeitura Municipal e o Palácio das Araucárias, atual sede do governo, enquanto o Iguaçú passa por merecida reforma e revitalização.

Na primeira foto, uma vista geral dos belos jardins com o Palácio Iguaçú ao fundo. Não é de bela arquitetura, mas a imponência e a ótima colocação no complexo dão a ele o ar imponente, digno da sede de um governo.

Segunda foto, o detalhe da estátua em homenagem a Nossa Senhora de Salete, com o Palácio das Araucárias ao fundo.


Em outra foto de paisagem, a belíssima rótula que delimita a praça da Avenida Cândido de Abreu e que contrasta com o horroroso prédio da prefeitura, que eu fiz questão de nem deixar aparecer.

Também outro detalhe do ajar- dinamen- to, que é o mais bonito da cidade, fora, claro, o do Jardim Botânico, tema de uma das próximas sessões desta coluna.

E para encerrar esta sessão, um detalhe do mural com motivos paranaenses do genial e igualmente saudoso Poty Lazarotto, maior artista plástico da história da minha terra, e, para mim, um dos gênios artísticos do mundo, a quem ainda não foi dado o reconhecimento necessário.


PS: CLIQUE NAS IMAGENS PARA AMPLIÁ-LAS

6 de out. de 2007

DOMINGUEIRAS

1. Bem, os leitores já se acostumaram. O primeiro fim de semana de cada mês é de IMAGENS DE CURITIBA, mas por algumas razões adiei um pouco, se bem que nesta semana cumprirei a tarefa de mostrar as belezas minha terra natal para todos. Só aguardem um pouquinho mais.

2. Quero deixar meus cumprimentos ao Oscar Luiz, aniversariante bloguístico,um daqueles endereços que fazem bem de visitar.

3. E, por fim, quero avisar que até a pedidos, "post" novo em Prédica e História: FRANK SINATRA NA ETERNIDADE, aguardo a visita de todos lá, comentários adicionais, eventuais correções, etc...

3 de out. de 2007

A 5ª FRASE DA PÁGINA 161

A tarefa anda correndo por aí e finalmente chegou ao meu blog por indicação do Mário. Consiste em reproduzir no blog a 5ª frase da página 161 do livro que está lendo atualmente ou do que se encontra mais próximo no momento em que encontra a nomeação para a tarefa.

Estou lendo GANDHI - Biografia, de Christine Jordis, edição da L&PM Pocket, 2007. Do ponto de vista da narrativa (não da vida do biografado) não é exatamente a melhor biografia que já li, mas é precisa em demonstrar o profundo respeito de Ghandi pelo ser humano, na sua luta inglória e pacífica contra o apartheid sul-africano, pelo menos até onde já li.

Na página 161, a quinta frase é a seguinte: "Com a tanga branca amarrada à cintura, descalço ou calçando sandálias, um sorriso radioso na face, ele avançava a passos largos em direção ao estrado, nas reuniões, e formulava seu pedido". A frase sintetiza um pouco da figura espartana de Ghandi, que fez da não-violência uma filosofia em prol dos direitos humanos fundamentais.

Será que alguém pretende continuar com a tarefa? Vou indicar a Shirlei, a Luisete, o Mutumutum, o Paulo e Blogiana.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA E ÉTICA

O STF julgará hoje a questão da fidelidade partidária.

O TSE, numa consulta que não configurou decisão judicial, informou que os mandatos de parlamentares eleitos por voto proporcional são dos partidos, como, aliás, é a conclusão lógica, considerando que muitos deputados federais, deputados estaduais e vereadores não foram capazes de eleger-se apenas com seus próprios votos, dependendo do conjunto de sufrágios dados à legenda pelos quais foram eleitos. É bom lembrar que não existe no Brasil a possibilidade de candidatura independente de partido, o que reforça a idéia da fidelidade, que se aplica também aos senadores, porque muitos deles, 2/3 mais exatamente, são eleitos independentemente do voto majoritário e, portanto, também obrigados à regra.

Entendo que essa é uma discussão atrasada. O fato é que a questão só foi levantada agora, porque um dos partidos campeões na prática de aliciar deputados alheios, o PFL, atual DEM, viu minguar seu quadro parlamentar em virtude de não estar próximo do governo federal e não deter governos estaduais relevantes, visto que até a Bahia foi perdida em 2006. É uma discussão que já poderia ser levantada na Assembléia Nacional Constituinte de 1987/1988, quando a prática de trampolinar foi comum, capitaneada pessoalmente pelo então presidente José Sarney.

A prática de aliciar deputados, montar "uma base" e se aproximar dos governos é comum no Brasil. Sempre aconteceu e foi largamente utilizada por todos os presidentes desde a redemocratização, o que leva à conclusão lógica de que impor a moralização agora, de chofre, leva a uma quebra do princípio de isonomia em relação ao atual presidente/governo, se bem que, é bem dito, a legislação eleitoral mais recente, dá algum embasamento ao pedido dos partidos que querem reaver seus parlamentares.

Portanto, a discussão é muito mais difícil e tem mais implicações do que as noticiadas pela imprensa.

Fico dividido sobre essa questão. Eu mesmo defendo a fidelidade e a perda do mandato do parlamentar que não a observa, de preferência, com efeitos imediatos. Mas por absoluto senso de justiça, também imagino que cassar, por exemplo, esses 42 deputados que sairam da "oposição" no quadriênio 2007/2010, seria casuísmo ante a forma com que PFL e PSDB sempre agiram no Congresso, aliciando parlamentares que perderam agora que não estão mais com as rédeas do orçamento da União.

Sou oposição, não gosto do presidente Lula, embora o respeite. Mas a discussão, embora com algum embasamento legal, também é casuística porque é feita não por espírito de moralização das práticas políticas, mas com intuito precípuo de atingir o governo, o que não é exatamente ético, tanto quanto também não é algo decente a mobilização já observada no Congresso, em torno de um projeto de Lei anistiando os atuais envolvidos.

Eu gostaria que o STF decidisse pela fidelidade e determinasse a cassação dos mandatos, mas o bom senso e o imperativo da isonomia me levam a aliviar a questão da perda imediata dos cargos. Mais ético ante a histórica falta de ética de nossa política, seria determinar a aplicação da regra, agora definida pelo STF, a partir dos próximos mandatos, iniciando com os dos vereadores eleitos em 2008.

Pode não atender os anseios de moralização imediata ou de oposicionismo, mas evita um casuísmo que não condiz com o regime democrático. Querer atingir o governo porque ele age no Congresso do mesmo jeito que os antecessores, não me parece um exemplo de decência.

2 de out. de 2007

NUMA TACADA SÓ


Numa tacada só, recebi 4 indicações de honrarias da net. Duas vezes indicado para Blog Solidário, pela Nádia e pela Renata. E blog que vale a pena conferir,pelo Mutumutum e pela Jackie. Também recebi uma citação, com direito até à reprodução do logotipo do blog, pela Vitória, do Quem Tecla Não Chora.Agradeço a todos, se esqueci de alguém, por favor, me avise, porque ando meio avoado nos últimos tempos.

PS: Em relação a continuar o me-me, vou indicar todos os blogs que estão aí ao lado, na minha lista permanente de recomendações.

30 de set. de 2007

CUMPLICIDADE CULPOSA

Editorial de O Estado de S.Paulo de hoje, exatamente o que penso sobre a questão.

No Brasil fala-se muito de "direitos humanos", mas pouco de obrigações humanas.

O sistema penitenciário envolve uma barafunda de regras para proteger os condenados, levam à soltura muito antes do cumprimento das penas. Não custa lembrar que o assassino a que se refere o editorial do Estadão estava sofrendo medida de segurança, que é uma quase prisão, que ele, condenado a 17 anos cadeia, recebeu por "bom comportamento", enganando psicólogos, assistentes sociais e juiz incompetentes, para quem basta olhar as informações de uma ficha amarelada para decidir por nas ruas um assassino.

No caso das medidas de segurança, que são aplicadas para pessoas portadoras de alguma doença mental, a demagogia corre solta e indivíduos da periculosidade deste, são tratados como pobres coitados privados do convívio de suas famílias, "vítimas" da sociedade que paga impostos extorsivos, mas vê seus filhos mortos pelas facadas de um monstro que recebeu de um juiz a autorização para circular pelas ruas e escolher suas vítimas.

É demagogia demais em um Estado que contrata milhares de ocupantes inúteis de cargos em comissão, mas não prepara a contento os agentes públicos que decidem a liberdade de uma "coisa" como esse indivíduo de altíssima periculosidade, que será condenado a mais 30 anos pelo assassinato dos dois garotos mas não vai demorar 5, estará nas ruas matando novamente.

Tal qual o Champinha, que volta para as ruas no fim deste ano.

Ou ainda, com a mesma cara-de-pau de Suzane von Richtofen, que demanda por "danos morais" contra o Estado que a puniu por assassinar a família a sangue frio.

O Brasil precisa é acabar com essa prática de contratar agentes públicos que se candidatam aos cargos apenas porque o salário é bom. Para ser juiz, um indivíduo sem vocação alguma passa um ou dois anos estudando, decora textos legais e regrinhas imbecis, passa num concurso e depois, perdendo tempo com mestrados e doutorados, faz da magistratura uma atividade secundária e apressada, onde parece proibido sair do gabinete para encontrar-se com a sociedade real, decidindo assim, com base em ouvi dizer e laudos propostos por outras pessoas igualmente sem vocação para o serviço público.

Juízes, psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais do sistema penitenciário erram, mas quem paga a conta são cidadãos comuns, cujo trabalho braçal e o suor no rosto não sensibilizam quem decide em gabinetes de palácios cheios de mármore, granito e doutores.

25 de set. de 2007

O QUE EU SEI AGORA QUE NÃO SABIA ANTES?


O "me-me" é convocação da Letícia Coelho, que eu resolvi encarar. Mas antes, quero fazer um elogio à ela, que é militante partidária (PMDB), ou seja, acredita na boa política, na ciência de trocar idéias e opiniões e buscar programas partidários para o bem da comunidade e/ou do seu país. Ela é uma honrosa exceção, num país onde a regra é de entrar na política apenas para se dar bem e conseguir cargo em comissão.

Bem, o que eu sei agora que não sabia antes?

Na verdade, divido minha vida em antes e depois da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. E digo isso, porque depois de estudar Direito em si, com extratos de sociologia, economia política, filosofia, medicina legal, história e administração pública, passei a ser outra pessoa porque aprendi coisas que nem sempre são percebidas, tais como:

1. Tudo o que se vive na atualidade é decorrência de um processo histórico. Absolutamente nada aparece do nada, as idéias são criadas por longos processos de maturação que por sua vez nunca terminam. Os problemas ou sucessos econômicos de hoje são frutos do passado e as decisões jurídicas e políticas são resultados da dinâmica social;

2. Não há malefício de natureza social que dure para sempre. Ditadores morrem, regimes econômicos e políticos acabam, governos são transitórios. A URSS, o socialismo e o comunismo acabaram, vítimas das suas próprias incongruências, sua falta de democracia e sua incapacidade de criar riqueza econômica e justiça social. Um dia, os EUA também acabarão e o capitalismo por vezes injusto (conquanto mais eficiente que o outro sistema) que conhecemos hoje idem, quando será substituído por uma outra diretriz econômica gestada a cada dia de nossas vidas;

3. Não adianta brigar com ignorantes, porque eles não sabem quando estão derrotados. O ignorante continua sempre a incorrer nos mesmos erros e não muda de opinião. Ele não aprende porque não quer, não aceita as idéias alheias e tem medo do progresso. O ignorante é, basicamente, alguém que não aceita que as coisas evoluem.

4. Não adianta burlar o progresso tecnológico, ele acaba atingindo a todos, é melhor tê-lo como aliado que como inimigo.

5. É impossível compreender tudo o que acontece no mundo. Compreender um mínimo dele só é deferido às pessoas de cultura, as que estudam e discutem, que estão abertas a ouvir as opiniões alheias (mesmo que não concordes com as suas) e dispostas a pelo menos analisar os vários lados de uma questão antes de declarar que não a discute mais. Todas as coisas boas do mundo são fruto da inteligência e do bom senso, todas as coisas ruins, são frutos da ignorância.

6. O progresso econômico e social só tem um caminho e dois requisitos: O caminho é a democracia, os requisitos são educação e cultura. Quanto mais educada e culta uma população, menos injusta será sua divisão de renda, melhor será sua condição de vida. Só que educação e cultura só existem realmente em regimes democráticos, onde não é crime ter opinião e ser minoria.

Bem, vou listar 5 pessoas para continuar o "me-me", informando que, se não quiserem manter a brincadeira, não tem problema nenhum:

1. O DO do Ramsés Século XXI;
2. A Fábia Rossoni do Seis Passeios pelos Bosques da Ficção;
3. A Renata, do Devaneios e Desabafos;
4. O Ronald;
5. A Mônika, do Leitora de Blog.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...