31 de mai. de 2011

O BRASIL GRANDE DOS ANOS 70 É O GRANDE BRASIL DOS ANOS 2010

Nos anos do milagre econômico do regime militar a economia brasileira crescia em índices que hoje dariam inveja à China. E o país embarcou no agigantamento do Estado pela criação de centenas de empresas públicas, ministérios e secretarias, todos devidamente compostos por muitos cargos em comissão e confiança que reforçavam o apoio político ao regime, pois agraciavam com cargos de muito salário e pouco trabalho os componentes das muitas oligarquias que até hoje influenciam os rumos da política pátria.

Além de aumentar as despesas com a folha de pagamento do Estado, o regime empreendeu muitas obras públicas, algumas importantes e justificadas, mas a maioria simplesmente faraônicas e inúteis, quando não simplesmente impossiveis.

E o componente de exibicionismo não foi esquecido com uma Copa do Mundo exclusiva para o país em comemoração ao sesquicentenário da independência em 1972, que legou estádios superdimensionados e praticamente inúteis pelo país inteiro, caindo no esquecimento logo depois, porque não reconhecida pela FIFA.

E vieram as crises do petróleo e as contas públicas passaram a sofrer a pressão financeira externa e especialmente, a interna, porque as oligarquias então confortavelmente instaladas em suas diretorias de estatais e cargos provisórios de chefias não admitiam o apertar de cintos. Foi uma pena que o bom presidente Ernesto Geisel tenha optado por manter a velocidade de cruzeiro, apostando na melhora rápida que não aconteceu na crise internacional, decisão que custou ao país nada menos que 25 anos de hiperinflação gerada a partir da negativa de adequar o Estado brasileiro aos tempos de crise.

E o Brasil viu-se em situação caótica. Havia centenas de empresas estatais que só davam prejuízo porque financiavam as mordomias de corruptos de toda a ordem e nada legavam em produtividade. Havia ministérios inteiros que não serviam para absolutamente nada, havia obras que não avançavam mas não paravam de drenar recursos enriquecendo donos de empreiteiras que nada mais eram que os mesmos oligarcas aboletados nas diretorias das estatais. O dinheiro público não fazia mais que financiar o próprio Estado falido e obras que jamais seriam encerradas. Jogava-se dinheiro no lixo e o tempo passava com a constatação pura e simples do empobrecimento da população e a favelização das grandes cidades.

Vivemos um momento parecido neste 2011.

Martelou-se incessantemente durante os anos Lula que o Brasil tinha virado "player" global, que tinha influência, que podia intervir nos assuntos mais complexos da política mundial. No Brasil, uma parte da população acreditava piamente que Lula resolveria o conflito entre palestinos e judeus e daria as linhas da recuperação econômica mundial depois da crise de 2008. Lula era "o cara" e o Brasil o novo jogador exuberante nas rodas de pôquer que eram exclusivas dos EUA e os países ricos da Europa.

Embarcamos numa ilusão de potência mundial. O governo Lula, mesmo com todas as condições para tanto sequer ajustou as contas públicas que continuam gastando mais do que se arrecada, mesmo se arrecadando sempre mais que nos exercício anteriores, e o fez legando à sua sucessora uma barafunda de mais de 40 ministérios e secretarias, muitos deles com competências concorrentes ou confundidas. E não deixou de gastar por conta, criou milhares de cargos em comissão distribuídos para sindicalistas e oligarcas e ainda assumiu o encargo bilionário de uma Copa do Mundo, uma Olimpíada, uma Copa das Confederações e uma Copa América, em todas elas aceitando cadernos de encargos geradores de gastos públicos nem sempre legatários de algum benefício perene para os brasileiros.

E os reflexos não tardaram a aparecer. Tão logo Lula entregou a faixa presidencial para Dilma Roussef, as medidas de adequação orçamentária apareceram, como o aumento das taxas de juros, dos impostos e o corte orçamentário de 50 bilhões, apesar dele ser apenas pirotécnico e não diminuir as verdadeiras despesas do Estado, que gasta demais com funcionários não-concursados e com repasses a fundo perdido para estados e municípios igualmente desorganizados e inchados.

Agora constata-se uma explosão nos custos dos eventos esportistas exibicionistas que o "Brasil grande" assumiu.

A arrecadação federal de impostos cresceu 19% no mês passado, em relação ao mesmo mês do exercício anterior. Mas as despesas do Estado continuam mais altas que a arrecadação, mesmo com um processo de mais de 20 anos de aumento constante de impostos, taxas e contribuições e aumento exponencial da burocracia e do controle sobre isso tudo.

As contas não fecham porque o "Brasil grande" simplesmente não consegue fazer reformas estruturais que ponham os políticos em seu devido lugar secundário nos interesses do país. E tendem a não fechar porque na medida em que se aproximar 2014, o Estado brasileiro terá que bancar com uma política de cofres abertos a qualquer custo, a aventura exibicionista da Copa do Mundo, tal qual bancou a dos Pan-Ameicanos de 2007.

O Brasil está caminhando para o colapso das contas públicas, o mesmo que nos pegou em meados dos anos 70 e que só foi controlado por volta do ano 2000 à custa da miséria de milhões de brasileiros, gerada pela inflação de dois dígitos e pelos impostos escorchantes com a burocracia adjacente.




A única boa notícia nisso tudo, é que a presidente dá mostras de que tem consciência do risco que o país corre, mesmo sofrendo a pressão política de não alterar o jeito governamental do lulismo, capitaneada pelo próprio Lula ao sair da toca para "negociar" um ninguém sabe o que, com o PMDB.

26 de mai. de 2011

OLÁ!

Ando com dificuldades em acessar o blog.

Assim, as postagens ficam prejudicadas por algum tempo.

Assim que o blogspot.com resolver o problema, voltamos à nossa programação normal.

Obrigado!!!

10 de mai. de 2011

PODE PROTESTAR, MAS O PREÇO DOS COMBUSTIVEIS NÃO VAI BAIXAR

Esses dias li convocações e convites para participar de um protesto contra o preço dos combustíveis.

Acho legal, até admiro as pessoas que se dispõem a organizar movimentos assim, mas não dei bola porque não acredito, acho que o brasileiro protesta, mas é incapaz de entender sobre contra o que está protestando.

O preço dos combustíveis no Brasil é alto basicamente por 2 fatores: impostos e monopólio.

Quase todos os estados cobram o ICMS ou com base em um percentual enorme adicionado ao valor do custo do combustivel (que muitas vezes também é tabelado pelo próprio Estado, ou pautado, na linguagem técnica) ou em uma suposta "média" de preços calculada com o único critério de arrecadar mais. O resultado é que o preço sobre o qual se cobra o imposto é sempre maior do que o maior preço praticado na bomba em todo o território daquela unidade da federação. Talvez seja caso único no mundo de se cobrar imposto sobre uma pauta fictícia (maior que o custo real) ou ainda, de se pagar imposto sem hipótese de incidência, pois uma vez que calculado por um valor superior ao que se paga na bomba, ele incide em parte sobre o nada, é o imposto pelo imposto sem que a hipótese de incidência se imponha sobre um produto ou serviço real.

PIS, COFINS e Contribuição Social sobre o Lucro Liquido, foram substituídos no governo FHC por uma única contribuição social, a CIDE - Contribuição pela Intervenção do Domínio Econômico, cuja alíquota inicial foi a soma das alíquotas das contribuições substituídas, com a vantagem para o governo, de que a partir de então passaria a ser variável, modificada por decreto, o que possibilitou o governo Lula diminuí-la temporariamente para conter os preços em 2009. No entanto, a regra é que hoje ela represente mais que a soma dos impostos que inicialmente substituiu, sendo calculada como o ICMS: sobre um valor maior que o praticado na bomba!

Nenhum país do mundo cobra uma carga tributária tão alta quanto o Brasil sobre combustíveis, o que explica uma boa parte dos preços astronômicos que o país experimenta em praticamente todos os produtos, já que combustível é insumo universal, entra no custo de tudo. Esses dias li um otimista dizer que o Brasil cobra algo em torno de 40% de carga tributária sobre o litro de combustível, mas se colocarmos na ponta do lápis todos os impostos incidentes sobre a complexa operação entre extrair o petróleo ou plantar cana, produzir o combustível e levá-lo à bomba, esse percentual beira o fantástico e aterrador 80%!

Outro aspecto que se deve considerar sobre o preço dos combustíveis é o monopólio da Petrobrás.

Não adianta boicotar os postos com a bandeira Petrobrás em um protesto, porque ela produz ou importa todo o combustível fóssil no país e ainda controla o álcool anidro. A Petrobrás é dona de todas as refinarias do país e cliente importante de todas as usinas de álcool. Ela controla todo o sistema de bombeamento por oleodutos, e também a maior parte dos terminais portuários de petróleo, gás e combustíveis refinados. Ela é a proprietária dos navios petroleiros em operação no país, inclusive de cabotagem. É ela quem vende os combustíveis fósseis refinados que você consome na bomba de postos de todas as bandeiras e ainda por cima, exerce pressão sobre os preços do álcool, porque este é adicionado à gasolina.

Como a Petrobrás é monopólio apenas de fato, haveria a possibilidade de importar combustíveis, o que, porém, implica burocracia tão grande e riscos tão altos que só a própria Petrobrás o faz, porque ela pode se dar ao luxo de deixar um carregamento parado no porto por usá-lo como estoque regulador. Qualquer outra empresa que tentar fazer o mesmo, arrisca ficar sem produto para atender seus clientes por ter ele retido em face de alguma minúcia burocrática ou mesmo das férias de algum burocrata alfandegário. É um conjunto perverso de legislação caótica, portos ruins, funcionalismo público insuficiente e, claro, corrupção, que chega até mesmo a perseguição contra quem ousa enfrentar o Estado brasileiro nesta questão.

Ademais, toda a infra-estrutura ou está à disposição da Petrobrás ou é de sua propriedade. Não há, nos portos brasileiros, tanques de armazenamento de combustiveis, como não há oleodutos privados capazes de possibilitar que um aventureiro corajoso resolva competir com a Petrobrás, que por sua vez, pode impor os preços que bem entender, que consequentemente são os de conveniência de seu controlador, ou seja, o governo brasileiro, por mais que ministros e presidentes demonstrem a falsa preocupação com o preço pago pelos cudadãos na bomba.

Basta verificar o aumento exponencial dos lucros da empresa que, sendo controlada pelo Estado, podem ser considerados mais uma parte da astronômica carga tributária sobre os produtos, porque acabam no Tesouro Nacional do mesmo jeito, e mal gastos do mesmo jeito pela classe política.

A Petrobrás tem aparência de empresa privada pela comercialização de suas ações nas bolsas, mas em verdade, ela é apenas o governo brasileiro com todos os seus defeitos, de uma tal forma que, quando um ministro ou presidente vai à público manifestar sua preocupação com o preço dos combustíveis está mentindo descaradamente, porque sabe que os preços quase sempre são puro e exclusivo arbítrio do governo brasileiro, seja pelos impostos que faz incidir sobre a operação, seja pelas práticas administrativas que impõe na empresa.

E constatando esse quadro todo chego à conclusão simples de que protestar não adianta porque o governo não abrirá mão dos impostos absurdos que cobra.

O preço dos combustíveis é apenas mais um aspecto de um país cujo povo se acostumou a ser manso a ponto de pagar a carga tributária mais alta do mundo sem receber absolutamente nada em troca, além de assistir impassível a farra do dinheiro dos impostos financiando mordomias para políticos, seus parentes inúteis, amigos e amantes, ou sendo jogado fora na corrupção epidêmica e atávica que avança sobre ele travestida de trem-bala, Copa do Mundo e Olimpíada.

Enquanto o povo brasileiro acreditar em contos da carochinha e fazer carnaval porque vai receber uma Copa do Mundo, protestar será inútil até para os conscientes, seja pelo preço do combustível, seja por qualquer coisa. Os poucos que protestam conscientes de contra o que protestam, são calados pelos milhões que não fazem o mínimo esforço para compreender que os exageros e desperdícios do país (e Copa do Mundo é desperdício) saem do bolso de todos, mas só beneficiam a poucos.

A única forma de protesto eficaz para esta situação é o voto. Mas esperar o que do voto que elege vereadores analfabetos, prefeitos comprovadamente ladrões, senadores e deputados enlameados até o nariz?

9 de mai. de 2011

ATÉ HÁ UM TEMPO ATRÁS, SE FALAVA EM REFORMA POLÍTICA

Alguém já parou para imaginar o prejuízo que o Brasil teria com um mandato de 5 anos para o presidente da república?

O Brasil pára durante o processo eleitoral. E quando pára, é em todas as esferas de governo, porque é uma época em que a coisa pública não pode contratar, não pode admitir, não pode realizar convênios e tem limitações nos repasses, isso quando obras não são paralisadas com prejuízos ao erário, sob pena de se caracterizar improbidade administrativa e/ou crime eleitoral.

Atualmente, isso acontece de dois em dois anos de abril a novembro, mas imaginem isso acontecendo 3 vezes a cada 4 anos, como há quem defenda com essa proposta absurda?

A mania brasileira de criar dificuldades para vender facilidades está se manifestando poderosamente nessa questão da reforma política que nenhum político efetivamente quer, salvo para criar perfumarias, como aumentar o número de vereadores inúteis (porque quase todo vereador é um inútil, um borra-botas, um lixo institucional que só existe para cuidar dos próprios interesses, jamais os do povo).

Falou-se em voto distrital, que já foi abortado, político brasileiro nenhum é suficientemente quer sujeitar-se ao crivo de uma fiscalização mais intensa de seus eleitores distritais.

Também falou-se em "distritão", no sentido de que os eleitos para o Legislativo dentro de um estado ou município seriam os mais votados, e não mais pelo sistema proporcional, que leva um Tiririca a arrastar para o Congresso mais 3 ou 4 desconhecidos sem votos para serem eleitos síndicos de prédio, que dizer parlamentares.

Nada. Ninguém quer mudar o sistema proporcional que alimenta siglas de aluguel e apoios excusos, quando não mordomias dentro do Congresso Nacional, como o "status" de lider de uma bancada de dois "palermentares", com direito a alguns comissionados a mais no gabinete.

A nova legislatura inaugurou-se em fevereiro pregando mudanças e mesmo o discurso da presidente foi de que pretendia discutir de modo franco a reforma política. Mas nada aconteceu ou acontecerá, este Congresso Nacional é incapaz de fazer mudanças políticas para melhor, vai limitar-se a inventar mais cargos para apadrinhados e tentar vender a falsa imagem de uma falsa reforma que um ou outro otário vai aplaudir e chamar de avanço.

A reforma política do pós-Lula virou o mesmo mico da estúpida reforma constitucional de 1993. Com a idéia de moralizar práticas políticas pátrias, acabou piorando a situação.


No fim das contas, ainda bem que a inflação e o descontrole das contas públicas levaram o assunto para o limbo, ele deixou de ser comentado... melhor assim, diminui a possibilidade de sairmos com uma estrutura política ainda pior e mais venal que a a atual.

18 de abr. de 2011

O TREM-BALA É MAIS UM DELÍRIO NACIONAL


As estradas federais são de regra péssimas e mal cuidadas, verdadeiros moedores de carne humana, campeãs de acidentes e engarrafamentos, quando não, caso de algumas, de inviabilidade econômica pura e simples.

O Brasil também não têm ferrovias em quantidade e eficiência suficientes para dar conta do escoamento de sua produção agrícola e mineral, mais que isso, muitas ferrovias brasileiras ligam o nada à coisa nenhuma, e muitas vezes, usar a malha para levar determinado produto a um porto, exige que a mercadoria seja descarregada em um lugar e recarregada em outro, a um custo logístico inestimável, que explica (em parte) a falta de competitividade de muitos produtos nacionais, e os preços altíssimos de praticamente tudo que se consome no país, se bem que isso é muito mais uma culpa da carga tributária insana, que financia a incompetência governamental atávica do país.

Já o sistema aeroportuário passou do simplesmente insuficiente. Agora ele encontra-se em situação caótica e desesperadora (principalmente para o usuário), recebendo obras a toque de caixa e sem critério nenhum para ver se o Brasil dá um vexame menor durante a Copa de 2014, porque vexame vai dar, mas a idéia agora é diminuí-lo e atribuir a bagunça à índole do povo brasileiro, pouco afeita a organização.

No ano passado, a INFRAERO tinha 5 bilhões de reais para aplicar em aeroportos, mas não usou nem 30% disto basicamente por não saber como gerir obras e licitações, e não ter competência para administrar os muitos interesses políticos envolvidos na questão dos aeroportos, basta dizer que há aeroportos que não podem ser ampliados porque algum político deixou que se criassem favelas (algumas delas com prédios relativamente altos) em áreas onde deveriam haver pistas, mas foram invadidas.

Dentro desse quadro absurdo, o governo do PT, afeito a delírios ufanistas tão grandes quanto os governos ditatoriais dos anos 60 a 80, resolveu que além dos eventos esportivos que torrariam bilhões do dinheiro público na construção de estádios inúteis, também aposta em pelo menos uma obra faraônica, o trem-bala!

Ao custo mínimo de 21 bilhões e ao máximo imprevisível, porque sabe-se que os estudos geológicos para a obra são insuficientes para defini-lo, o Brasil está embarcando em uma obra cuja previsão de viabilidade exige fantásticos 93% de ocupação, tomando 80% da demanda de passageiros do eixo Rio-SP e por consequência, roubando usuários do transporte aéreo e rodoviário!

O trem-bala nada mais é que um delírio, que vai trasformar-se em um elefante-branco inviável, que talvez não se pagará jamais e que não ficará pronto antes de 2018, isso se tudo, absolutamente tudo, correr sem problemas até lá, e ao custo de um dinheiro que seria melhor aplicado imediatamente na construção e ampliação de aeroportos, ferrovias e rodovias, cujos efeitos de distribuição nacional de renda seriam muito melhores, e com resultados práticos muito mais rápidos e visíveis.

Não é preciso estudar muito, nem entender tanto de logística, para saber que o trem-bala não chegará tão fácil a 93% de ocupação em todas as suas viagens, por mais barato que se apresentar mesmo como alternativa ao transporte já existente. Essa taxa é tão alta que considerá-la é apenas uma jogada para justificar sua construção, desatando números que o povo brasileiro não entende e nem vai entender nunca, pois não lhe será vendido na publicidade oficial uma obra problemática, mas uma obra de primeiro mundo, um tipo de transporte que existe nos países ricos, um bem de consumo para orgulho do povo, não para o progresso dele.

7 de abr. de 2011

NÃO MISTUREM O ASSASSINO DE REALENGO COM A POMBA BRANCA DA PAZ!


Um indivíduo entra numa escola armado até os dentes, mata 11 crianças indefesas e ainda fere outras tantas e deixa uma carta testamento sem pé nem cabeça se dizendo islâmico, destilando frustrações e se fazendo de vítima do mundo.

Ato contínuo, a sociedade brasileira HIPÓCRITA e desconectada da realidade começa a discutir novamente o desarmamento, como se as armas usadas pelo psicopata não fossem irregulares e adquiridas na clandestinidade.

A velha mania brasileira de confundir alhos com bugalhos faz com que não se atente para o fato de que psicopata é psicopata, bandido é bandido. Meliantes com problemas mentais ou não, conseguem armas na clandestinidade, armas estas não registradas, roubadas, contrabandeadas. O meliante vai conseguir arma independentemente da Lei proibir seu porte ou sua comercialização, ele vai usá-la independentemente de setores da sociedade em que vive pregarem a paz e o desarmamento dos cidadãos de bem. O meliante que quer incidir no crime seja por interesse econômico, seja por frustrações psicológicas, não vai preocupar-se com a legalidade da arma que portar e se não consegui-la por meios normais, vai roubá-la ou contrabandeá-la. É simples, o meliante é meliante porque não observa a Lei, e não adianta fazer Leis que tiram direitos dos cidadãos de bem mas não afetam a vida dos meliantes.

No Brasil, quando se fala em desarmamento existe sempre o esquecimento conveniente de que bandidos não seguem a Lei. Muitos políticos demagogos e mesmo pessoas bem intencionadas que não atinam para o mundo em que vivem, defendem a proibição da comercialização mas esquecem da precariedade absurda da segurança pública do país, onde a regra é ninguém atender o telefone 190 e, se atender, nada fazer mesmo nas situação de maior risco, que dizer nas situações de "desordem social" que um policial me disse com todas as letras certa feita, que tinha ordem para não atender.

Muita gente tem armas pela necessidade de suprir a segurança que o Estado brasileiro não dá, embora cobre os impostos mais altos do mundo para dizer que dá. Tirar dos cidadãos de bem suas armas, até pode ter algum efeito nos índices de segurança pública, mas em última análise, vai mais é deixar os meliantes mais fortes para fazer o que melhor entenderem, em um contexto em que a polícia vai continuar inexistindo e o Estado vai continuar dizendo que se preocupa com segurança, mesmo fazendo pouco ou nada por ela.

Novamente, ante uma tragédia, o Brasil escolhe o debate errado e pior que isso, escolhe punir as vítimas da violência, e não seus protagonistas.

4 de abr. de 2011

QUAL O LIMITE DO CONSUMISMO?

No Estadão:
Após ter trigêmeos, pais rejeitam um dos bebês no PR

Um casal de Curitiba é acusado de "devolver" bebês trigêmeos.

A história, ainda não bem explicada, seria de que eles teriam passado por um tratamento de inseminação artificial, que notoriamente sujeita os interessados ao nascimento de gêmeos, trigêmeos ou até mais crianças.

E neste caso, existe a especulação de que o casal ficou contrariado sim é com o número de rebentos, porque esperava apenas um e, na pior das hipóteses, dois.

O que gerou, além da polêmica na imprensa, um indicativo judicial de perda do pátrio-poder com estipulação de pensão para as três crianças, paga, claro, pelos pais. Afinal, se um pai rejeita uma criança por um motivo como este, não serve nem para ter uma barata de estimação, que dizer criar um filho.

Notem bem: não estou acusando ninguém de nada, estou apenas repassando ao leitor as especulações havidas sobre este caso. Pode ser que no meio do processo judicial que se formou, os pais apresentem explicações e provas de que não agiram do modo desumano que foi citado, e eu mesmo, espero que assim seja. Ademais, os nomes dos envolvidos não vazaram (graças a Deus, pelo menos para as crianças!) a público. Mas o que choca é constatar onde chegou o consumismo, na confirmação de que rejeitaram a criança nos termos da notícia dada pela Agência Estado/Estadão.

Hoje em dia, consumir virou requisito de felicidade.

A pessoa não será considerada feliz se não trocar de celular a cada dois anos, se não tiver carro, se uma vez por semana não beber uma caixa de cerveja (se possivel à beira mar, com muita gente em trajes sumários), se não viajar, se não munir sua residência de TV-LCD, home-theater e leitor Blue-Ray, se não tiver câmera digital, IPad, Notebook, se não ostentar bolsas e roupas de grife, se não decorar a casa com os móveis da moda... toda a felicidade do mundo é apenas e exatamente aquela do senso comum da classe média que muitas vezes não tem um lugar digno para morar, com água encanada e esgôto, mas ostenta os produtos e os comportamentos ditados pela publicidade e pelos modismos.

Mas há mais um dos requisitos de felicidade, ditado pelo senso comum da classe média - os filhos.

Já conheci gente que teve filhos por obrigação social antes da vontade efetiva de assumir o encargo (que é grave e exige responsabilidade) de criar uma criança.

Tiveram filhos porque os amigos dizem que isso é indispensável para a felicidade ou porque as publicidades de colégios particulares dão a impressão de que é moleza educar uma criança... que além de tudo, só traz felicidade! TIveram filhos primeiro, para verificar depois se efetivamente os queriam ou mesmo se podiam criá-los fora do contexto pronlemático de, por exemplo, usar escolas públicas na sua educação.

Mas se for confirmada essa história sórdida, vamos concluir que os pais foram a um médico como iriam a um marceneiro:

- Queremos dois armários, digo, dois filhos. Se possível, com olhos azuis, cabelos louros e padrão marfim, ops, desculpe: olhos azuis, cabelos louros e pele clara!

Daí, passado um tempinho, o marce... digo, o médico anuncia que chegarão trigêmeos e o casal indignado ameaça ir ao PROCON e por fim, devolve a mercadoria com exigência de abatimento de preço.


O leitor notou a situação chocante? Será que estamos chegando no ponto em que o consumismo puro e simples também vai ditar o número de crianças abandonadas nas ruas das cidades? Será que já não tem sido este o comportamento de muita gente que se aventura em ter filhos e depois os larga por aí, ou pensa que a educação deve ser dada pelos colégios?

Antigamente, crianças abandonadas eram fruto de pais irresponsáveis que às faziam sem ter condições financeiras de criá-las. Agora, chegamos numa situação em que elas são frutos de pais que planejam tanto suas contas pessoais que enjeitam um filho porque sabem que não terão condição de colocar dois na escola da moda, nem vestir dois com roupas de grife, nem dar aos dois, os muitos brinquedos exigidos para a felicidade da criança... e dos pais.

As pessoas estão virando máquinas. Elas não "são" mais alguém, elas querem "parecer ser" alguém, um alguém modelado pela opinião dos outros, pelas convenções sociais nem sempre justas e corretas, pelos modismos, pela publicidade... estamos deixando a humanidade, as pessoas estão aceitando virar números nas tabulações de pesquisas de opinião feitas para justificar a colocação de produtos no mercado, só isso. E o pior de tudo, parece que crianças também estão virando produtos...

31 de mar. de 2011

NÃO SEJA CASCA GROSSA, JAIR!


Poucas pessoas públicas conseguem falar tantas asneiras quanto o deputado Jair Bolsonaro, e isso não exclui a possibilidade dele ter mesmo se enganado ao responder a cantora Preta Gil, se bem que não acredito nisso.

O problema é que o Congresso Nacional passa a mão na cabeça deste senhor já há bastante tempo, e deixa que, sob o manto da imunidade parlamentar ele cometa insultos contra autoridades da República, raças, credos e opções sexuais.

Em um sistema em que cada parlamentar representa a Câmara dos Deputados ou o Senado, convivemos com manifestações "casca-grossa", descoladas da realidade que o Congresso Nacional tem a obrigação de conhecer na sua função precípua de representar o conjunto da sociedade.

As manifestações do deputado Bolsonaro são, por exemplo, muito piores e mais injustificadas que as de outro radical famoso, o francês Jean Marie Le Pen, cujo grupo político ao menos tem algum tipo de representatividade no que eles consideram uma luta contra a imigração ilegal, que não deixa de ser um movimento legítimo, embora sirva de fachada para ações racistas, xenófobas e preconceituosas.

Já Bolsonaro, oriundo das forças armadas, não representa nada nem ninguém, porque no Brasil não existem as tensões raciais da França, nem problemas relevantes com imigração ilegal.

Existe no Brasil um problema sério, um movimento governamental insistente que vem desde 1985 no sentido de destruir completamente as estruturas militares do país, negando ao Exército, à Marinha e a Força Aérea um reequipamento compatível com a grandeza do país e os desafios geopolíticos que ele quer enfrentar, até por virar exportador de petróleo com o advento do pré-sal.

Sobre isto, pouco se ouve declarações bombásticas de Jair Bolsonaro. É certo que ele se manifesta, mas ninguém jamais viu tanta veemência dele para tratar desse problema, quanto a usada para falar de negros e homossexuais.

Enfim, parlamentares, mesmo os mais radicais, tem obrigação de preservar o decoro, porque o decoro deles é o da própria casa legislativa. Será que mais uma vez, Jair Bolsonaro vai desrespeitar o país e as instituições e ficar impune?

29 de mar. de 2011

SIMBOLISMOS NÃO RESOLVEM PROBLEMAS

É um saco cumprimentar pessoas e ser instado a tomar certas atitudes apenas por simbolismos, que na prática nada resolvem e nada mudam a sociedade. Eu já passei daquela fase lúdica da juventude, de acreditar que passeata, dia internacional disso ou daquilo, hora disso ou daquilo resolva alguma coisa e/ou gere algum tipo de conscientização para as massas ou para quem quer que seja. Esses dias, experimentamos a "hora do planeta", que se propunha a fazer com que por uma hora, as pessoas desligassem todos seus aparelhos elétricos da tomada. Sinceramente, alguém acredita mesmo que se 1/40 avos da humanidade tomasse essa atitude (e o número de adeptos certamente foi muito, mas muito inferior a esse) mudaria alguma coisa no planeta? Não adianta absolutamente nada a pessoa sair de casa para manter seus eletrodomésticos desligados, e ir ao shoppping comprar um novo modelo de telefone celular. Assim como não adianta as prefeituras aderirem ao "dia sem carro", fechando algumas vias da cidade para forçar as pessoas a usarem outros meios de transporte. Aqui, em Curitiba, o último "dia sem carro" foi um fiasco tão grande, que as 3 da tarde os fiscais de trânsito liberaram o uso das vias em face do supercongestionamento no resto da cidade. Como também é inútil celebrar o "dia do contador" quando o governo federal atulha os profissionais desta área com obrigações estúpidas e trabalhosas como nota fiscal eletrônica, SPED, escrituração fiscal eletrônica e quetais, aumentando a carga de trabalho deles, sem mexer, claro, na remuneração de ninguém e sem a menor preocupação com o aumento exponencial, dramático e anti-desenvolvimentista da burocracia brasileira, que normalmente sempre foi insana, mas anda batendo recordes de imbecilidade. A burocracia brasileira é tão grande que atravanca o crescimento econômico, e não é com cumprimentos elogiosos a um bravo contador (como este que vos escreve) que isso melhora! E por fim, de que adianta celebrar o "dia internacional da mulher" para ver reportagens melosas e irreais no Jornal Nacional ou homenagens mentirosas e pouco sinceras de qualquer natureza? Me fio no exemplo de uma cabeileireira de Minas Gerais, que foi à delegacia pedir proteção contra o ex-marido que lhe ameaçava de morte. Ela ia à delegacia e além de não receber proteção, fazia um BO, que é simbolo nacional de hipocrisia, um atestado de que o Estado tá se lixando para os perigos que lhe rondam ou para as afrontas sofridas ao seu patrimônio ou sua pessoa. Pois bem, o "dia internacional" não a salvou. Além de sofrer todo tipo de violência física e emocional, foi assassinada a tiros na frente de uma câmera de segurança, com um monte de testemunhas, à luz do dia... e arrisca algum juiz não condenar o homicida por ser primário e de bons antecedentes ou por alegar insanidade temporária ou coisa assim, fato que já aconteceu no Brasil várias vezes, independentemente da celebração anual da homenagem (merecida, diga-se de passagem) às mulheres. Simbolismo não melhora a situação dramática do meio ambiente, nem a condição profissional de ninguém, muito menos a condição feminina em lugar algum. O que muda a sociedade é praticidade, com aplicação plena da Lei, nem que ela seja rigorosíssima. Se o indivíduo desmata área de preservação, tem que ir preso, tem que perder a propriedade e responder financeiramente pelo dano que causou, e não ficar discutindo autos de infração nas 4 esferas da justiça. Se o machista mata a ex-esposa, deve sofrer agravante na pena e mofar na prisão por 30 anos. Se alguém joga lixo nos boeiros e entope escoamento de águas, multa pesada e pena alternativa. Enfim, se não multar, se não prender, se não confiscar, se não impuser a Lei com todo o rigor dela com velocidade e efetividade, pode-se comemorar o dia internacional de tudo ou a hora de tudo que nada muda em lugar nenhum do mundo, comemorações como estas, só geram benefício para quem às promove.


PS: O blogspot pirou de vez! Agora, não aceita mais parágrafo... por isso, o texto sai assim, perdão aos leitores!

21 de mar. de 2011

BARACK OBAMA NO BRASIL... MAS ONDE FICARAM OS PROTESTOS?

O leitor pode não ter percebido, mas uma das coisas mais engraçadas acontecidas nos últimos tempos, foi a proibição que o PT fez, para que seus filiados não protestassem na visita de Barack Obama ao Brasil.

Quem diria que a "esquerda" brasileira um dia estaria preocupada em não ferir suscetibilidades norte-americanas, de tal modo que até o ritual de queimar a bandeira deles não teve grande repercussão desta vez, da mesma forma como simplesmente ignorados os protestos brancaleones de sempre, gente entorpecida por idéias retrógradas, que continua atribuindo aos EUA todas as mazelas do mundo em que vivemos, nem que para isso usem como exemplo países de vivem ditaduras sanguinárias, como Cuba, Coréia do Norte e Venezuela.

Há quem diga que isso é sinal de maturidade, mas eu penso que é sinal de que o PT é igual a todos os demais partidos brasileiros pois, uma vez no poder, não se preocupa de jeito algum com ideologia (por mais torta e injustificada que seja), quer focar seus esforços em manter-se nele, nem que para isso eleja como novo parceiro comercial, diplomático e econômico o antes destratado e demonizado grande país da América do Norte.

É a tal coisa. Os EUA tem inúmeros defeitos, o pior deles é garantir seus interesses a qualquer custo, usando a força se necessário e não dando bola para protestos internacionais. Uma vez contrariados, os EUA agem e dão as costas para o resto do mundo. Mas ao mesmo tempo, os EUA são ótimos parceiros comerciais por serem uma economia aberta sempre à procura de oportunidades, de modo que todo governo pragmático, certamente deixa de lado os dogmas ideológicos e aceita a "parceria" que no fim das contas é boa para todos, desde que siga as regras de estabilidade.

Fica a lição para a esquerda brasileira - uma vez no poder as utopias se desfazem, não se governa a partir de dogmas, isso é coisa de ditadores despreocupados com o bem estar do povo, que só é garantido com preocupação constante em movimentar a economia.

16 de mar. de 2011

OS MÉDICOS VÃO PARALISAR ATENDIMENTOS DE PLANOS DE SAÚDE

Tempos atrás eu li na capa de uma revista quinzenal de finanças uma chamada de matéria sobre um poderoso executivo, dado como um verdadeiro mago no mercado de planos de saúde, cantado em prosa e verso pelos ambiciosos operadores do mercado financeiro por maximizar os lucros e aumentar o volume de suas operações.

E passados uns tempos, deparei com esta notícia, segundo a qual, em 7 de abril, médicos do país inteiro, em protesto contra o baixíssimo valor pago por consultas e procedimentos, vão parar de atender planos de saúde.

Esses planos de saúde brasileiros são uma verdadeira máfia que se presta a especulação econômica e explora a boa vontade de ciosos e competentes profissionais de saúde, além da crendice do povo que acha que prestam serviços satisfatórios de saúde, coisa que na maioria das vezes não é realidade, por mais que atendam melhor que o SUS.

Um conhecido meu, cardiologista, reclamou certa vez que um desses planos de saúde boicotava sua clínica corretamente credenciada para favorecer outra, que havia comprado recentemente. E o fazia sem dó nem piedade, aceitava as marcações de consultas e exames para o estabelecimento do meu conhecido, mas atrasava sistematicamente os pagamentos de uma tal forma a forçá-lo a assumir custos e endividar-se acorrendo a empréstimos bancários para fechar os furos transitórios, diminuindo sua já baixa lucratividade forçando uma quebra, que ou fecharia a clínica, ou o forçaria a vendê-la para o mesmo generoso plano de saúde.

Meu conhecido simplesmente pediu descredenciamento, parou de atender aquele plano e concentrou-se nos serviços do sistema UNIMED, que são cooperativas formadas pelos próprios médicos e, portanto, não são planos de saúde em formato empresarial, no sentido de terem obrigação com lucratividade. Nas UNIMED(s), a lucratividade de alguma forma é repassada aos médicos que às formam, de modo que os valores de consultas, exames e procedimentos são fixados de regra mediante a situação econômica de momento e, não sendo os ideais, ao menos não são aviltantes como os pagos pelos planos de saúde, cujas mensalidades para a clientela não deixam nunca de aumentar para garantir a lucratividade dos sócios, sem que isso represente serviços satisfatórios.

Perdi um conhecido (era meu amigo, mas distante) porque seu plano de saúde, na ânsia de contenção de custos, não autorizou um exame mais minucioso na cabeça e atrasou o diagnóstico de um tumor cerebral.

E agora me chega a notícia que os procedimentos e exames são pagos pela maioria dos planos de saúde a partir de tabelas feitas ainda na década de 90, antes do Plano Real, corrigidas com índices que não cobrem nem a inflação do período, que dizer o aumento normal de custos e de adoção de novos procedimentos e tecnologias.

É vergonhoso que um médico receba 25 reais por consulta enquanto os recursos pagos pelos usuários são usados para a aquisição de hospitais e clínicas próprias dos planos de saúde, usados como meios de atrair aportes de capital por meio de venda de ações, que por sua vez implicam em obrigação de contar custos para aumentar lucros e distribuição de dividendos.

É um círculo vicioso no qual se arrancam recursos na marra de médicos e segurados, pra garantir apenas os interesses do quadro social da empresa.

Bem sabe o leitor que não sou contra o lucro de ninguém, muito menos contra a prática capitalista. Mas no Brasil parece que tudo se resume a uma forma safada, que nada respeita e que não guarda nenhuma preocupação com a excelência de serviços ou ainda a satisfação de colaboradores. Um indivíduo ganha uma capa elogiosa de revista de finanças porque gerou lucro, mas seus métodos ficam em segundo plano, não importa mais se ele pisa nas pessoas, destrói outros negócios antes lucrativos e aumenta a pressão social. Pouco importa se suas práticas administrativas agressivas pioram o serviço recebido pela clientela. Só o lucro que aumenta todos os anos é que importa, só o lucro é que é elogiável e se ele cair por um trimestre que seja, o cargo do super-executivo está a perigo, o mesmo da execração pública pelos operadores do mercado financeiro.


É o que eu chamaria de capitalismo selvagem pra valer.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...