26 de jul. de 2009

A DIPLOMACIA TORTA DO PRESIDENTE LULA

Sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso tínhamos um líder que teimava em enfrentar todos os problemas com aumentos de impostos, taxas e juros. O negócio era sempre atacar o bolso dos brasileiros e sair bonito na foto como o salvador do país.

Agora, vemos um fenômeno parecido quando o assunto é política externa.

O presidente Lula gosta de posar como líder dos países pobres e por esta razão trata todos os problemas externos do Brasil sob a ótica da ajuda humanitária e para isto, abre os cofres do Tesouro Nacional e, por consequência, prejudica a nós, contribuintes, fazendo mesuras na forma de ajudas em dinheiro ou mesmo revisões de contratos e tratados.

Além do apoio velado e quase cínico para ditadores africanos como Robert Mugabe e Muhamar el Khadafi, Lula se deixou humilhar por Evo Morales e Hugo Chaves no episódio do gás boliviano, em que inobstante a necessidade de preservar o fornecimento, o que poderia ser resolvido apenas com aquele draconiano aumento de preço, o Brasil praticamente doou duas refinarias pagas com o dinheiro da Petrobrás (e, portanto, embutido nos altíssimos preços de combustíveis do país e no impostos que pagamos) sem fazer menção à mínima resistência.

E semana passada repetiu a dose, aceitando as pressões paraguaias (país governado por um demagogo apoiado na surdina pelo ladrão Hugo Chaves) e deixando no ar a incógnita: Quem pagará pelo acréscimo de preço da energia elétrica de Itaipu?

O fato é que tanto faz se o acréscimo será suportado pelo Tesouro Nacional ou pelo aumento de tarifa interna, porque em ambos os casos, é o contribuinte brasileiro que pagará a conta, enquanto o senhor presidente posa de pai dos pobres da América Latina, fazendo o jogo político sujo de governantes que desrespeitam tratados e contratos internacionais ao mesmo tempo em que colam no Brasil a imagem de imperialista e opressor a fomentar a miséria de seus vizinhos.

Que eu saiba, diplomacia implica defender intransigentemente os interesses do seu país. É assim nos EUA, na Rússia, na Coréia do Norte e até mesmo no Paraguai e na Bolívia.

Mas aqui no Brasil, não.

Aqui, desde 2003, a diplomacia é a arte de doar recursos próprios para países corruptos, liderados por caudilhos de verniz esquerdopata, a discursarem sempre falando dos pobres e dos oprimidos, como se essa preocupação com miseráveis vá além da manutenção de seu próprio poder.

Não há justificativa nenhuma para deferir ao Paraguai um preço diferenciado para a energia de Itaipú. O Brasil construiu a usina praticamente sozinho e o tratado é claro, informando que isso é compensado por uma política tarifária vigente por 5 décadas, após o que, o Paraguai faz da sua parte o que quiser, pois efetivamente torna-se dono do empreendimento.

Sob a diplomacia frouxa do governo Lula, um demagogo como Lugo impôs ao contribuinte brasileiro mais uma despesa. Nos resta torcer que, pelo menos, ela gere algum resultado social positivo no país vizinho, o que, porém, é improvável se considerarmos o histórico do lado de lá do Rio Paraná.

25 de jul. de 2009

IMAGENS DO CORITIBA - 2


Fora de Curitiba, pouca gente sabe o por quê do nome Coritiba e do apelido Coxa-Branca, ao identificar o alvi-verde paranaense.

O nome é explicado porque na data de fundação do clube a cidade chamava-se Coritiba, segundo consta em razão do moralismo de um prefeito da época, que não se conformava com a primeira sílaba da palavra de origem indígena. Ademais, o clube foi batizado inicialmente com o nome Coritibano Foot Ball Club, mudado logo após para não confundir com o tradicionalíssimo Clube Curitibano.

De qualquer modo, a mudança posterior no nome da cidade não afetou o nome do clube que, assim, é grafado com o "o", o que causa alguma confusão, principalmente nas transmissões de TV, vez que a Rede Globo preocupa-se apenas com história dos clubes do eixo Rio-SP.


Já o apelido Coxa-Branca é parte da própria formação da identidade dos alvi-verdes.

Na década de 40, durante a guerra e pouco depois dela, o Coritiba ainda era um clube da colônia alemã em contraposição ao seu rival rubro-negro, que embora com fortes ligações com a colônia italiana, já admitia gente de outras raízes, se bem que anos depois o Coritiba foi o primeiro do Paraná a admitir negros no clube e no time.

Pois bem, nessa época jogava no Coritiba o zagueiro Hans Egon Breyer, cujo nome e a cor da pele denunciavam as origens germânicas.

E num jogo no estádio da Baixada, um dirigente do rival, Jofre Cabral e Silva, provocava o zagueiro chamando-o de quinta coluna coxa-branca, xingamento pesado a denunciar suposto colaboracionismo com os nazistas, embora era sabido que a torcida do Coritiba já era formada em maioria por brasileiros (mesmo de origem germânica) seriamente comprometidos contra o horror dos crimes políticos europeus.

Mas como acontece muito no futebol, o que no início soou gozação ofensiva, acabou caindo no gosto dos torcedores, de modo que pegou e virou marca registrada do clube, para desespero do dirigente do rival, cuja lingua afiada só ajudou a moldar a identidade e fortalecer o adversário.

A Mancha Verde, que não é uma torcida organizada no mau sentido da expressão, vez que se trata de uma confraria de amigos Coxas-Brancas que nunca se envolveu em confusões e violência, têm homenageado com faixas os grandes ídolos do passado Coxa-Branca, entre eles, o craque do passado que moldou o apelido que hoje se confunde com o próprio clube. Também têm sido homenageados o "flecha-loira" Krüger, Zé Roberto, Cleber Arado, Alex, o ex-presidente Evangelino da Costa Neves e o time de 1985. Faltam ainda outros ícones da história do clube, como Aladim, Pachequinho e Fedato, mas conhecendo o pessoal da Mancha, sabemos que é questão de tempo.

Neste ano de centenário marcado pela preocupante campanha em campo, nós, os Coxas, não deixamos de celebrar o passado e lembrar dos homens que forjaram a história de nossas tradições.

Vida longa ao Coritiba Foot Ball Club, sempre lembrando de guerreiros imortais como Hans Egon Breyer!

23 de jul. de 2009

NO CONTEXTO, PARECEU AMEAÇA


No Estadão de hoje, com as palavras do senhor presidente:

No primeiro evento de que participou, ao lado de Gurgel, Lula também alertou que o Congresso pode se sentir motivado, ante abusos, a promover alterações na Constituição para reduzir os poderes do Ministério Público. 'Sabemos que a mudança nunca será por mais liberdade, mas por mais castramento'.


Ditas por um presidente extremamente popular de um governo com resultados sociais concretos, que conta com folgada maioria na Câmara dos Deputados e possível maioria no Senado Federal, maioria esta capaz de aprovar emendas constitucionais mesmo polêmicas, principalmente se feitas mediante o conjunto de interesses nem sempre éticos dos senhores parlamentares.

Essas palavras soaram como ameaça velada ao Ministério Público, contrangendo-o para que não cumpra sua função constitucional em detrimento das "biografias" nem sempre belas de parlamentares que apóiam o governo.

21 de jul. de 2009

ALCOOL, CERVEJA E VIOLÊNCIA ENTRE ADOLESCENTES


Manchete de "O Globo":

Estudo mostra mais de 33 mil assassinatos de adolescentes até 2012.

No Brasil essas estatísticas são tão comuns quanto suas contestações.

Hoje de manhã saiu uma notícia aqui no Paraná, segundo a qual Foz do Iguaçú é a cidade brasileira com o maior índice de assassinatos de jovens e adolescentes. Agora à tardinha, já veio o secretário do governador Requião contestar os números com a mesma catilinária de sempre, no sentido de que a PM do Paraná é a melhor do Brasil e que segundo os índices da própria secretaria de segurança, a violência diminui em todo o estado, a despeito do fato de que aqui na minha cidade, por exemplo, ser impossivel encontrar um PM depois da 6 da tarde, especialmente quando tem gente tocando música sertaneja na porta da minha casa as 3 da manhã, acompanhada de bastante cerveja, drogas e não raro, de menores impúberes de idade.

Mas quero tratar é da violência entre adolescentes.

A pior droga que existe no Brasil hoje não é o crack, nem a cocaína, nem a heroína e muito menos a maconha. A pior droga, a mais devastadora, a que mais alicia jovens e os coloca na rota do crime é o álcool, especialmente a cerveja!

Os costumes excessivamente frouxos do Brasil levam alguns pais idiotas a servirem álcool até para crianças de colo. Depois, quando os garotos estão com 10 ou 12 anos de idade, os mesmos pais não se preocupam em evitar serem vistos bebendo e quando as crianças viram adolescentes, eles ainda toleram o consumo dessa droga mesmo em casa, achando que não fará mal.

No entanto, é fácil constatar que amaioria dos casos de drogas inicia-se com a dita inocente bicadinha na cerveja do pai palerma. E mais do que isso, as primeiras experiências com drogas mais pesadas, se dão quando o jovem está em estado etílico alterado, propenso a fazer bobagens, a se exibir e virar corajoso, tal qual o que acontece com todo e qualquer bêbado idiota (pois todos são), de qualquer faixa de idade.

Estou cansado de ver nas madrugadas e nas tardes de domingo nas ruas principais aqui da minha cidade, adolescentes de 13 a 17 anos enchendo a cara de cerveja na rua e se exibindo com seus carros de som alto, sem ninguém fazer nada.

Quando aparece a polícia (o que é quase milagre aqui na terra de Roberto Requião, de muita briga e pouca ação) ela se limita a dispersar os idiotas.

Não encaminha ninguém para o Conselho Tutelar, não apura quem vendeu ou forneceu o álcool para os menores e muito menos toma providência alguma contra o som alto, que além de atormentar as pessoas que vivem em volta dos pontos de encontro dos marginais, é usado como forma de expressão, intimidação e provocação a gangues rivais.

Ou seja, as autoridades brasileiras toleram que jovens bebam, toleram que jovens comprem álcool com facilidade, toleram que o consumo seja feito em praça pública (o que em qualquer país minimamente civilizado é proibido até para adultos)e por fim, não punem ninguém.

Daí ficam preocupados com os índices assustadores de violência, como o presidente Lula, que hoje declarou que hoje "reconheceu a falta de políticas públicas"(segundo O Globo) de segurança, quando em verdade, o que falta é o mínimo de coerência às autoridades.

O Estatuto da Criança e do Adolescente é pródigo em enumerar direitos, mas péssimo ao impor obrigações aos jovens. Operado por um Judiciário incompetente e por órgãos de proteção infanto-juvenil embotados por conceitos paternalistas, jamais impõem a jovem algum (muito menos aos seus pais) nenhum tipo de penalidade efetiva

O leitor conhece algum comerciante que tenha sido preso e processado por fornecer a "inocente" cerveja para um adolescente ou um pai que tenha perdido o poder sobre o filho pelo mesmo ato? Um monte de órgãos (Judiciário, Conselhos Tutelares, Conselhos Municipais de Criança e Adolescentes, Ministério Público, Polícias Civil e Militar) instados a cuidar do assunto a não fazer absolutamente nada de efetivo no combate à porta de entrada no mundo das drogas e do crime.

Enfim, se o Brasil quer mesmo discutir a violência entre os jovens, que é a mais dramática do país, deve começar a se perguntar se seus costumes frouxos em relação ao álcool não precisam ser atacados. Se no trânsito a Lei Seca alterou para menor os números de acidentes, uma Lei mais rigorosa e presente contra o incentivo ao àlcool entre os jovens, certamente seria um bom primeiro passo fazendo pais irresponsáveis perder o pátrio-poder e comerciantes inescrupulosos terem seus estabelecimentos fechados.

Para solucionar problema assim, só o endurecimento das Leis com melhor atuação da coisa pública. Hoje, no Brasil, as leis são permissivas e as autoridades absolutamente omissas!

PS.: Eu SEI que o problema é mundial. Se o texto dá a impressão de que no resto do mundo não é, me desculpem os leitores. Mas um fato é certo: Enquanto em países desenvolvidos existe um conjunto de autoridades que fazem algo para combatê-lo, no Brasil, as autoridades NADA fazem. E por isso, enquanto o problema é grave no exterior, é CATASTRÓFICO no Brasil, que está perdendo jovens aos borbotões.

20 de jul. de 2009

ANO INTERNACIONAL DA ASTRONOMIA

A raça humana é afeita a desafios.

Dos hominídeos que supostamente venceram o Estreito de Bering para colonizar o que muito depois seria chamado de América, dos vikings, fenícios, portugueses e espanhóis cujas velas e remos singraram os mares e oceanos na conquista do mundo, até os astronautas de nossos dias, o homem encarou os perigos sem olhar para trás, sem arrependimentos e com coragem ímpar. O melhor da raça humana aflora ante desafios dessa magnitude, do mesmo jeito que sua pior face aparece logo após a conquista.

Vencido o último grande desafio terrestre, a Antártida, o homem voltou sua curiosidade ao espaço. E da guerra que dividiu o mundo em duas partes distintas surgiu a motivação que, mesmo política, serviu de incentivo para a conquista do espaço com o soviético Yuri Gagárin e depois da Lua, ponto ao mesmo tempo tão próximo quanto extremo do universo onde já pisou a nossa raça.

Há quem diga que foi sonho, há quem diga que foi embuste. Eu penso que foi um dos momentos mais gloriosos da humanidade, a receber aplausos globais pela tarefa que, se tocada sob a bandeira norte-americana, não seria possível sem as pesquisas de alemães, ingleses, italianos, russos e soviéticos e sem a coragem daqueles que ousaram arriscar a vida na conquista do espaço.

Neil Armstrong tinha razão, aquele seu primeiro passo em solo lunar foi pequeno para ele, um homem, mas gigantesco para a humanidade. Há quem diga que a motivação política tirou o brilho da conquista e que as cifras colossais gastas tanto na URSS quanto nos EUA seriam melhor aplicadas aqui, no planeta, a diminuir diferenças sociais.

Mas isso não é verdade. As tecnologias, militares ou civis desenvolvidas tanto no lado socialista quanto no capitalista gestaram produtos e aperfeiçoamentos técnicos que criaram empregos e riquezas pelo mundo afora, melhorando a vida de milhões de pessoas numa era de explosão demográfica.

PS1: Feliz dia do amigo, aos amigos! E que esta data não se torne uma justificativa comercial a embalar o consumismo.

PS2: Na semana passada, comemorou-se o centenário do Gre-Nal, que é o clássico da maior rivalidade do futebol brasileiro, embalado por duas torcidas gigantescas de gloriosos clubes centenários. Meu predominante coração Coxa-Branca, que tem um pequeno espaço para abrigar o amor pelo Grêmio, também tem um cantinho a admirar o Sport Club Internacional, aguerrido adversário de 100 anos de embates.

16 de jul. de 2009

CONSELHO DE... "ÉTICA"


Eu rio, porque se desato a chorar, não paro mais com tanto motivo.

A base aliada no conselho de... "ética"... do Senado foi escolhida a dedo pelo senador Renan Calheiros, que hoje é quem manda na casa, com o enfraquecimento da imagem do senador José Sarney e ungido com o apoio expresso e incondicional do presidente Lula, na mesma ocasião em que este teceu loas ao antigo inimigo do povo, Fernando Collor de Mello.

E o presidente do tal conselho no senado, Paulo Duque, que foi eleito com a exclusão de todos os demasiado "independentes" na base aliada e desfruta do mandato sem ter recebido um único voto popular, já se adiantou em declarar que cassação só pode se dar por "coisa seríssima", o que não inclui contratação de parente na casa e, concluo que dentro dessa linha de raciocínio, muito menos a edição de atos secretos que violam dispositivo da Constituição Federal.

Aliás, tratando ainda em conselho de... "ética"... mas agora na Câmara dos Deputados, constato que lá também, a cassação só se dá por coisa "seríssima".

E segundo os nobres deputados, não é "seríssimo" omitir informações patrimoniais à Receita Federal, como o dinheiro para a construção de um castelo. Alega-se que isso não é sério porque o eventual crédito tributário estaria prescrito, como que dizendo que a mulher de César, parecendo séria pode agir como bem entender desde que seus atos estejam protegidos pela passagem do tempo.

E também não é "seríssimo" para ensejar cassação, a contratação de empresa própria para justificar gasto com verba de gabinete.

Enfim, a partir de agora, parlamentar só é cassado se matar um indefeso em praça pública medianto atos de sadismo e crueldade mórbida e injustificada. Tudo o que for menos que isso será considerado coisinha sem importância.

A gente ri... mas a vontade é debulhar em choro.

14 de jul. de 2009

O POVÃO VOTA, O POVÃO QUE SOFRA!

As pessoas são engraçadas.

Votam mal e não se preocupam em fiscalizar o que se faz do dinheiro público e quando descobrem que sua irresponsabilidade lhes cria problemas, apelam para terceiros pela solução.

Aqui onde eu moro, o sistema de saúde entrou em colapso. O hospital municipal não funciona a contento, faltam remédios na farmácia pública, postos de saúde foram fechados e os equipamentos de saúde abertos sofrem com falta de profissionais e a precariedade da higiene. Os salários do funcionalismo chegaram a atrasar 90 dias e atualmente, são pagos com 15 de atraso. Os fornecedores do município recebem eventualmente. A merenda e o transporte escolar são precários e ainda existem denúncias de aluguel irregular de imóveis e veículos.

Mas o prefeito foi eleito com 70% dos votos, mesmo acompanhado de todas as figuras mais nefastas da política local, aquela turma que de tanto aprontar, se obriga a colocar o filho como candidato a vereador, para driblar a inelegibilidade.

O povão votou em massa e ficou feliz. Elegeu o prefeito que queria e todos os filhinhos de ex-vereadores inelegíveis. E após a apuração dos votos encheu o rabo de cerveja e cachaça, soltou foguetes e fez buzinaço com direito a coralzinho com o nome do candidato na ponta da língua.

Mas agora todos os dias aparece um néscio qualquer na porta do jornal da minha família, pedindo que nós façamos alarde em torno das denúncias e das dificuldades pelas quais passa o povo pobre e sofrido, o mesmo que aderiu à festança eleitoral e não se preocupou muito em avaliar a qualidade do candidato em quem votou.

Sinceramente, quero que essa gente se dane!

Essa gente que vem pedir que o jornal seja corajoso, denuncie e peite os políticos só fala em povo pobre e sofrido quando lhe dói por alguma razão, até porque o zé povinho mesmo não serve nem para isso por não ter discernimento para saber ao que tem direito, de modo que sobra aos que se acham espertos, a tarefa de tentar enrolar terceiros para que estes lhes tomem as dores.

Denunciar por si mesmo, requisitar providências de modo formal, apor a assinatura ou mostrar a cara de retardado para o político que ele mesmo elegeu, nem pensar, o negócio é empurrar a tarefa para o jornal!

Por isso que sempre digo, o povão vota, o povão que sofra.

O indivíduo mora num barraco de pau a pique, é assaltado, a escola dos seus filhos não ensina absolutamente nada e quando tem um problema de saúde passa 20 horas numa fila de hospital público e não é atendido e mesmo assim vai para a urna e reelege um José Sarney, Severino Cavalcanti, Paulo Maluf, Jáder Barbalho e outros tantos, merece ser feito de idiota.

12 de jul. de 2009

YES! NÓS TAMBÉM TEMOS GÊNIOS.


A imagem é a capa de um dos últimos CD(s) do "nosso" Rei.

Quem me acompanha aqui sabe que uso o adjetivo genial quando quero homenagear alguém que faz ou fez muito pela humanidade deixando nela a marca pessoal, seja na cultura, seja na ciência, ficando, as vezes, a impressão de que esse grupo é restrito a estrangeiros.

Mas o Brasil também têm gênios. Um país que conta com cantores sensacionais como Emílio Santiago, Agnaldo Rayol, Zizi Possi, Ana Carolina, Beth Carvalho, Moacyr Franco, João Gilberto, Vanessa da Mata, Agnaldo Timóteo, Fagner, Gal Costa, Maria Bethânia e outros tantos, o "nosso rei" ROBERTO CARLOS se destaca.

Ontem, o país assistiu a celebração dos 50 anos de sua vitoriosa carreira, relembrando dezenas de músicas que já fazem parte do cancioneiro popular nacional, e que de uma forma ou de outra marcaram pelo menos algum momento da vida de cada brasileiro.

Mesmo pela TV, foi emocionante ver o grande Roberto celebrar sua amizade com Erasmo Carlos, com Vanderléa e com os milhões de amigos e fãs que ele conquistou, cativando com suas canções.

Meio século de absoluto sucesso. Cinquenta anos tocando os corações do povo brasileiro a ponto de moldar uma parte da própria identidade nacional. Cinco décadas chegando aos corações brasileiros com a classe, a elegância e a sensualidade de muitas de suas canções.

E isso sem escândalos e baixarias para se auto-promover e sem a necessidade de apelar para letras de mau gosto e maus costumes como fazem os "axés" e sertanejos de sucesso efêmero de hoje em dia.

Roberto Carlos é um gênio, um cidadão como poucos a cantar a alma brasileira. Longa vida ao "nosso" Rei!!!!

9 de jul. de 2009

OS "EXCESSOS" DA COPA 2014



Olhem bem a imagem acima. Trata-se do (velho) Estádio Vélodrome em Marselha, que já sediou duas Copas do Mundo, a de 1938, ainda nos tempos românticos do futebol, e a de 1998, já na era moderna do futebol-marketing, quando recebeu a semifinal da competição.

Repito, notem bem a imagem.

Localizado em uma das maiores cidades de um dos países mais ricos do mundo, além de duas Copas do Mundo, sediou uma Eurocopa em 1984.

Trata-se de um estádio que não é totalmente coberto, que tem um fosso separando o público do campo e que foi inaugurado em 13/06/1937. Portanto, um estádio antigo e pouco propenso a grandes modernizações.

A imagem dele está aí para demonstrar que o Caderno de Encargos da FIFA está sendo divulgado no Brasil como justificador de gastos excessivos para a Copa de 2014.

Ontem, o governador de São Paulo, José Serra, indo contra a maré de jogar dinheiro público a fundo perdido no evento, reclamou do excesso de obrigações que têm sido impostas para o Morumbi, como forma de pressionar pela construção de um estádio completamente novo ao custo de ao menos 1 bilhão de reais, condizente com a grandeza econômica da cidade mais importante do hemisfério sul.

O Vélodrome é prova de que a FIFA não exige arenas multi-uso perfeitas para a realização de uma Copa do Mundo. A FIFA não exige 100% dos lugares cobertos, como tem se divulgado insistentemente. A FIFA não proíbe que uma mesma cidade receba duas sub-sedes.

Ou seja, estão planejando gastos colossais em estádios públicos brasileiros como o Maracanã (que segundo os histéricos de plantão não pode receber a Copa sem um grande prédio de estacionamentos e sem cobertura integral, por mais que isso atente contra o tombamento histórico dele), o Mineirão e os estádios de Brasília, Natal e Manaus, sem contar a construção de um estádio completamente novo aventada para o Recife.

EM 1986, o México limitou-se a usar os estádios da Copa de 1970 com algumas reformas. Os italianos até hoje se perguntam do por quê dos gastos na Copa de 1990, em estádios que os clubes recusaram por suntuosos demais e mesmo inadequados ao futebol moderno. Em 1994, os EUA promoveram a copa do mundo mais bagunçada(conquanto mais lucrativa) da história, na qual improvisaram estádios de futebol americano e basebol, sem que a FIFA levantasse um "ui" contra isso.

O Brasil quer fazer uma copa como a da Alemanha ou Japão-Coréia, mas não tem capacidade financeira para tal. Arrisca se enterrar em gastos públicos excessivos, deixando de colocar dinheiro precioso em educação, saneamento, saúde e segurança pública, apenas para supostamente cumprir um caderno de encargos que ninguém efetivamente respeita, agradando apenas os políticos manipuladores de orçamentos.

8 de jul. de 2009

A CARGA TRIBUTÁRIA SUBIU (DE NOVO!)

Segundo informação da própria Receita Federal do Brasil, a carga tributária de 2008 bateu novamente um recorde histórico, com um percentual pouco acima de 35% do PIB.

É bom dizer que o número da RFB é generoso, porque o Instituto Brasileiro de Direito Tributário declarou que essa mesma carga, segundo seus números, é de pouco mais de
38% do PIB.

Guardada a diferença de número, que é significativa, o que se pode verificar é que o brasileiro passa mais de 1/3 do ano trabalhando apenas e tão somente para os governos. E mais do que isso, mesmo com o fim da CPMF, a carga aumentou segundo os dois indicadores citados, fruto de três aspectos:

a) O aumento do IOF, que foi feito para compensar em parte a CPMF;
b) O aumento da CSLL para algumas empresas, especialmente financeiras, também para compensar a CPMF;
c) O aumento exponencial dos casos de substituição tributária, sistema pelo qual os estados adiantam o recebimento de tributos, cobrados sobre valor acima do de mercado, com efeitos deletérios nos índices de inflação, mas amplamente favoráveis para a arrecadação do ICMS.

Ou seja, o governo (enquanto um todo) não só compensou a CPMF, como conseguiu uma arrecadação adicional com aumento de alíquotas, além do aumento de receita decorrente do crescimento do PIB, que no ano passado ficou em torno de 4,5%.

Se há uma boa notícia nisso, é o fato de ser grande a probabilidade da carga diminuir em 2009, por conta das desonerações do IPI para veículos automotores e eletrodomésticos da linha branca, além de outras medidas pontuais. Porém, isso depende da variação do PIB, se ele variar para menos, é provável que a carga aumente de novo neste ano.

6 de jul. de 2009

GOVERNABILIDADE AGORA, É MULETA!

O presidente Lula saiu em defesa do senador José Sarney usando o batido argumento da governabilidade, que supostamente estaria ameaçada porque parte da sociedade quer investigação democrática e legal para alguém acusado de irregularidades no uso do dinheiro público.

Sinceramente, um argumento falho porque o Brasil não vive nem de longe um momento de instabilidade política como viveu, por exemplo, no processo de cassação de Fernando Collor ou mesmo nos primeiros meses do governo FHC ou ainda, quando estourou o caso do mensalão, ocasião em que o próprio presidente tinha que amealhar o máximo de apoios parlamentares possíveis para evitar a abertura de um processo político que poderia custar sua reeleição.

Surfando em índices recordes de aprovação, o governo Lula mantém controle total de um Congresso fisiologista e absolutamente incapacitado, tanto pela "base aliada" bem servida em seus interesses quanto pela péssima qualidade da oposição em fazer qualquer coisa que tenha por efeito desconstruir a imagem de santidade do presidente.

O Legislativo se vê enleado nas cordas dos problemas que ele mesmo cria quando não combate o fisiologismo e a verdadeira cultura de mordomias excessivas, arbitrariedades e incompetência do poder como um todo em impor-se como órgão fiscalizador do Executivo e do Judiciário.

Se a imagem do Legislativo está arranhada é porque faz muito tempo que ele não legisla, pois virou um carimbador de medidas provisórias, além, claro, da vida nababesca de seus integrantes, assessores, amantes, esposas, filhos, sobrinhos e correligionários, todos os dias esmiuçada pela imprensa como verdadeira novela de terror armada em torno do mau uso e do desperdício do dinheiro dos impostos abusivos pagos pelos contribuintes.

Não existe instabilidade política quando o presidente é aprovado por 80% da população, que o force a manter-se blindado no Congresso. Mesmo que o senador Sarney renuncie ou seja cassado, hipóteses remotíssimas, ainda assim, o Congresso jamais se voltaria contra o presidente Lula, porque isso seria suicídio para a imensa maioria de fisiologistas que o compõe.

Com efeito, perder o apóio de José Sarney dentro do Senado não atrapalharia em absolutamente nada a governabilidade, até porque este governo não tem interesse nenhum em discutir reformas política, tributária, fiscal e previdenciária. Se no passado, início do governo Lula, a discussão de tais questões parecia relevante, hoje os índices de aprovação do governo às tornam secundárias, fazendo do Legislativo apenas um detalhe do dia a dia.

A única razão para proteger José Sarney e mesmo usar do risível argumento da "governabilidade" é manter o político maranhense como aliado para impedir que o PMDB enquanto partido, migre seu apoio dúbio e pouco efetivo para José Serra ou Aécio Neves. Ou seja, hoje, Sarney nada representa em termos de governabilidade, sua importância é apenas eleitoral.

E mesmo eleitoralmente, Sarney tem importância limitada, até porque a tendência do PMDB é apostar em Dilma Roussef em 2010 e, se ela perder a eleição, oferecerá seus serviços para o novo presidente com o mesmo tipo de adesão pelo qual virou um apêndice do PT desde 2003.

O argumento da governabilidade virou muleta no sentido de desculpa, para que não se crie entrave algum para a candidatura Dilma Roussef, apenas isso.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...