21 de ago. de 2009

IMAGENS DE CURITIBA - 19

A Torre da Telepar foi inaugurada em 1991 no bairro das Mercês, região leste de Curitiba. Seu diferencial é possuir um mirante e um pequeno museu da telefonia e visualmente (e apenas visualmente) é parte da paisagem do Parque Barigui, já mostrado aqui.

A altura da torre é de 109 metros, com diâmetro de 22,5 metros onde há um elevador. Há 5 andares de serviços técnicos, de acesso exclusivo aos funcionários da empresa telefônica (atualmente a Oi)e o 6º é o mirante, único do Brasil numa torre dessa natureza, com área útil de 329 metros quadrados decorados com mural de Poty Lazarotto, mapas da cidade e banquinhos, para que o visitante aprecie a paisagem.

Está aberta para visitação de terça a domingo das 10 às 19 horas, com entrada de R$ 3,00 por pessoa.



Esta primeira foto foi captada da margem do lago do Parque Barigui.
Esta, é a imagem no sentido contrário, tirada da torre em direção ao lugar de onde tirei a foto anterior. O reflexo é porque a torre é envidraçada, em razão do clima frio e instável da capital paranaense.
Aqui o prédio da EMBRATEL, que também era da Telepar antes da privatização. Atrás, à direita, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
A estufa do Jardim Botânico, ao fundo.
O "olho" do Museu Oscar Niemeyer, imponente em meio a arquitetura de poucos prédios à sua volta.
E por fim, esse paredão de pedra é a margem da Rua Padre Agostinho, que divisa duas áreas distintas de zoneamento. À esquerda de quem vai em direção ao Parque Barigui, é liberada a construção de prédio, à direita, não.

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20 de ago. de 2009

O RACHA NO PT


A incrível sucessão de erros do presidente, da ministra Dilma e dos altos comandantes do PT levam o partido para um racha histórico que, se por um lado não afeta em nada a popularidade do primeiro nem as chances de eleição da segunda, por outro aumenta em muito a possibilidade de ambos virarem reféns do PMDB de José Sarney, Jáder Barbalho e Michel Temer (leia-se, Orestes Quércia).

Os rumores sobre a insatisfação da bancada do partido no Senado em face da questão Sarney e do modo com que o governo acorreu em sua defesa já têm contornos práticos.

Com rosto envergonhado, Aloísio Mercadante afirmou e reafirmou deixar seu cargo de liderança à disposição da bancada, como quem se diz apenas obediente ao governo.

Antes disso, o abandono do partido pela senadora Marina Silva, que certamente não se retirou apenas pela possibilidade de ser candidata a presidente.

E hoje, o anúncio do mesmo caminho pelo senador Flávio Arns, que declarou que "Aspectos eleitorais estão se sobrepondo a assuntos como democracia, ética e respeito à sociedade. A ordem dos valores está invertida".

É certo que Flávio Arns é egresso do PSDB e não representa uma defecção histórica.

Mas Marina Silva sim.

E se um militante ético e adequado aos ideais partidários como o primeiro e uma militante de 3 décadas como a segunda se encontram insatisfeitos com o rumo de um partido que hoje detém o governo federal e enormes chances de mantê-lo por ainda muito tempo, é porque existe uma luta interna entre os puristas e os ocupantes do poder apenas pelo poder, que lideram a legenda e fazem alianças com qualquer um, a ponto de juntar sob sua sombra figuras tão combatidas no passado como Fernando Collor e José Sarney, além de outras como Severino Cavalcanti, com quem a conivência certamente envergonha quem militou no partido achando que ele teria sempre uma postura radicalmente em favor da ética, a mesma que o levou ao poder.

O PT rachou. Já havia perdido parte de sua pureza ideológica e de sua estrutura partidária quando da criação do PSOL, mas imaginava-se que o cerne do partido eram os políticos de acentuado bom senso que defendiam uma política de alianças centradas em princípios, e não essa política atual, de alianças com qualquer um e a qualquer preço apenas pela manutenção do poder.

18 de ago. de 2009

AGENDA NÃO PROVA NADA

A ex-Secretária de Receita Federal afirmou que a ministra Dilma pediu celeridade, não engavetamento de coisa alguma.

Assim sendo, como eu escrevi no "post" anterior, bastava à ministra dizer que teve uma reunião sim, e justificá-la no interesse do país em amenizar a grave crise política do Senado. O assunto estaria encerrado e não daria pano para manga, até porque remeteria para a Receita Federal a informação sobre irregularidades ou não nas empresas Sarney e deixaria a discussão absolutamente técnica para os parlamentares.

O problema talvez seja justamente este, parece que ela queria preservar o aliado mas ao mesmo tempo não queria ser associada ao dele. Coisas de quem está em campanha.

Penso que a ministra mentiu, mas não afirmo isso, vá que minha lógica não esteja correta?

O fato é que de prático ela pouco fez até agora para se defender, e uma medida efetiva seria ir à mesma comissão a que foi Lina Vieira e demonstrar algum encadeamento lógico nas suas alegações. O governo detém maioria naquela comissão, ela não teria problemas, salvo o da associação ao sobrenome Sarney.

E o presidente equivocou-se no trato do assunto.

Ao entrar na discussão de comadres ele chamou a atenção para o debate, dando-lhe uma importância que ele não tem, tudo o que a oposição queria.

E quando remeteu a discussão à verificação das agendas, reforçou o diz-que-me-diz, porque Lina Vieira alega justamente isso, que em sua agenda existe a informação da visita, corroborada pelo testemunho de pessoas.

Sem contar que uma ministra como Dilma, detentora da confiança do presidente e segunda pessoa de fato no comando do país, certamente não informa todos os seus muitos compromissos em agenda pública na internet, muito menos os compromissos de cunho político, cuja própria natureza exige sigilo.

Imaginemos o que aconteceria se, com a CPI da Petrobrás e o escândalo no Senado, a imprensa verificasse na agenda pública da ministra que ela se encontraria com a Secretária de Receita Federal (que não é subordinada ao seu ministério) e que de alguma forma vazasse que o assunto era justamente ou a Petrobrás e/ou as empresas Sarney?

Vale lembrar que a ministra não é chefe direta do Secretário de Receita Federal, que por sua vez, claro que jamais recusaria uma audiência com ela. Aliás, quem recusaria? Eu certamente não, e penso que leitor nenhum também não, afinal, é uma ministra, com grandes chances de ser a próxima presidente.

No dilema político que é manter Sarney como aliado e ao mesmo tempo afastar a imagem dele, o presidente e a ministra erraram no trato da questão. Coisa que poderia ser resolvida com uma única declaração curta e seca da ministra, agora se arrasta por uma ou duas semanas.

17 de ago. de 2009

DILMA OU LINA? E A FALTA DO BOM SENSO NA POLÍTICA

Quem está mentindo, Dilma ou Lina?

De um lado está uma ministra de Estado, e isso não pode ser desconsiderado na equação, porque ela tem, sim, uma presunção de veracidade no que diz. Mas ao mesmo tempo há que se considerar que é uma política e mais do que isso, em campanha pela presidência e, portanto, tendente a blindar seus aliados.

Esse é o problema de uma campanha prematura. Os pré-candidatos ficam sujeitos a ataques, razão pela qual, talvez, até hoje o PSDB não definiu se seu candidato será José Serra ou Aécio Neves, o que diminui a artilharia contra eles. Já Dilma Roussef é candidata declarada e na qualidade de segunda autoridade de fato no comando do país, é vidraça, como já se comprovou no caso ainda não explicado do currículo inchado e tem agora um novo lance, com o advento da discussão com a ex-Secretária de Receita Federal.

Lina Vieira, por sua vez, é funcionária de carreira do Ministério da Fazenda, e pessoa altamente qualificada do ponto de vista técnico. Até agora ninguém explica ao certo porque ela foi escolhida para o cargo político que ocupou por pouquíssimo tempo, sabendo-se de antemão que sua demissão teria efeitos limitados, pois ela não deixaria a carreira se isso acontecesse. Mais do que isso, que razões ela teria para levantar os supostos atos de pressão praticados pela ministra?

Que não me venham os apoiadores radicais do governo dizer que é invencionice da mídia ou mesmo que a senhora Lina bandeou-se para o lado tucano sabe Deus por quais razões, isso não procede e não é lógico, na exata medida em que esta senhora se compromete cível,criminal e politicamente ao insistir na versão de que encontrou-se com a ministra e foi instada a acelerar o término de processos fiscalizatórios contra empresas da família Sarney e mesmo contra a Petrobrás, justamente os dois espinhos mais pontiagudos da política nestes meados de 2009.

Mas é bem dito, na versão dela, houve uma certa pressão, mas não consta que a ministra tenha pedido para "aliviar" a situação de ninguém, e isso é favorável à tese de Lina, porque não imputa crime algum, mas apenas uma suspeita, até porque um ministro de Estado não chama ninguém para conversar sem motivos bem definidos.

Tenho tendência a pensar que a ministra buscou acelerar os processos de fiscalização e reforçar o seu sigilo (que, aliás, foi mantido, porque ninguém até agora veio informar claramente se existiram irregularidades e quais eram, tanto na Petrobrás quanto na família Sarney), e que a secretária ou interpretou isso mal ou foi obrigada a demonstrar contrariedade, vez que, repita-se, é alta funcionária de carreira do órgão mais técnico, politizado e capacitado da administração pública.

Lina Vieira ficou entre a cruz e a caldeirinha, porque uma vez fora do cargo político, poderia se ver em maus lençóis com seus colegas de carreira ao não defender a instituição.

É especulação minha, mas se aconteceu desse jeito, bastaria à ministra vir à público e dizer que sim, que chamou a secretária e pediu uma atenção especial aos processos, seja porque a Petrobrás é empresa estratégica vital para o desenvolvimento do país, seja porque não seria bom para o país agravar e já terrível crise política que assola o Legislativo.

O que fica claro é que no Brasil, os políticos tem uma péssima tendência à negação de tudo e as vezes atropelam o bom senso. Essa questão podia ser encerrada declarações mais claras e diretas de ambos os lados.

13 de ago. de 2009

HIPOCRISIA ESPORTIVA


Dias atrás uma onda de alegria e júbilo varreu o país nas imagens das TV(s), mostrando os históricos e espetaculares resultados do nadador César Cielo, que é vencedor por esforço exclusivamente próprio e brasileiro apenas por acaso, embora orgulhoso disso.

O rapaz inteligente e dedicado, treina nos EUA com apoio de entidades norte-americanas e, consta, é brigado com os dirigentes da natação nacional, cujos resultados de modo geral são pífios e vergonhosos, considerando o tamanho da verba que administram, advinda das loterias da Caixa Econômica Federal.

O Parque Aquático Maria Lenk, que foi construído a peso de ouro para receber as provas de natação dos Jogos Panamericanos de 2007 está abandonado e caindo aos pedaços pouco mais de 2 anos depois de sua inauguração. A situação é tão grave que ele não é considerado no nababesco projeto de candidatura para as Olimpíadas de 2016.

Já o Parque Aquático Júlio Delammare, anexo ao estádio do Maracanã, que é o preferido dos atletas nacionais, bem como o mais bem equipado do país, está sob risco de iminente demolição, para que se justifiquem gastos astronômicos para organização da Copa de 2014. Querem substituí-lo por um estacionamento que poderia ser feito do outro lado da rua, certamente apenas para agregar os custos de demolição no orçamento geral, vez que a notícia é que à sua demolição corresponderia a construção de outro, em local próximo(?).

Eu já escrevi aqui e repito que o Brasil é um país que não valoriza o esforço e a dedicação de ninguém.

Gustavo Kuerten venceu Roland Garros 3 vezes, mas no primeiro torneio depois do primeiro título, quando chegou à final e foi vice-campeão, foi chamado de preguiçoso para baixo, porque brasileiro só valoriza a vitória.

E fenômeno parecido com Rubens Barrichelo, porque muito além das piadas sobre ele, há um desprezo por que chegou à F-1, ganhou corridas, ficou milionário, mas... não foi campeão e não bateu Michael Schummacher. Ambos vítimas do viuvismo nacional pró Ayrton Senna, que por sua trágica morte prematura não experimentou o declínio que todo atleta sofre na carreira, e que certamente faria estragos em sua imagem de herói nacional invencível.

E o que acontece com os parques aquáticos citados, tem ampla relação com essa "cultura" esportiva de só valorizar a vitória, porque esta representa uma imagem e o esforço do atleta, um trabalho.

Queremos construir estádios padrão FIFA para a Copa 2014 mas os clubes de futebol do país estão quebrados. Queremos promover olimpíadas melhores que as da China, mas não reconhecemos o esforço de atletas e, pior, deixamos que o apoio oficial a eles seja administrado por entidades no mínimo incompetentes, para não dizer corruptas!

Não se faz esporte apenas com vencedores. Não se consegue resultados esportivos taxando de otário a quem treina. Não há desenvolvimento em área alguma com o apadrinhamento que existe a partir de dirigentes, como o que facilita a vida dos clubes paulistas e cariocas, sempre beneficiados pelas arbitragens nacionais.

Estádios e prédios lindos, atletas esfomeados!

Aos amigos a estrutura. Os inimigos que treinem no exterior!

Ao vencedor tudo, ao esforçado, nem as batatas!

11 de ago. de 2009

CORUJA BURAQUEIRA

Eis algumas fotos da "guaratubana" Coruja Buraqueira, cujo ninho se encontra num gramado junto à orla na cidade.







Não é um animal raro, ele é encontrado desde o Canadá até a Terra do Fogo. Graças a Deus, não está considerado sob risco de extinção, mas deve ser preservado, de modo que é de parabenizar os guaratubanos e o Instituto Ambiental do Paraná pela iniciativa de cuidar do ninho num local que recebe enorme afluxo de pessoas.

Algumas peculiaridades:

23 a 27 cm. de altura;
170 a 214 g. de peso;
São monôgamas, ou seja, o casal é para a vida toda, o que torna ainda mais grave a morte de um deles;
Seu pescoço gira em ângulos de até 270 graus.


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10 de ago. de 2009

AS BASES AMERICANAS NA COLÔMBIA NÃO AFETAM O BRASIL


A Colômbia é um país soberano.

Noves fora a bobagem de discutir um terceiro mandato para Álvaro Uribe, o que faria dele outro candidato a ditador, como por exemplo Rafael Corrêa é no Equador, se o Congresso daquele país aceitar a instalação de bases americanas em seu território, estará exercendo sua soberania como melhor que aprouver.

Essa questão sobre as "bases" que tanto melindra o ditador venezuelano, Hugo Chaves, é um aspecto da soberania daquele país.

Antes dos acordos de cooperação com os EUA, a Colômbia detinha o triste título de país de maior violência urbana das Américas e um dos mais violentos do mundo. As FARC agiam quase livremente, controlavam fatia enorme do território e o faziam em conjunto com o narcotráfico, do qual viraram braço militar. Pior do que isso, a economia do país estava paralisada e empobrecia a população com desastrosos resultados sociais.

O plano Colômbia dotou o país de equipamentos modernos e treinamento eficiente nas áreas de combate e inteligência. E na medida em que o narcotráfico perdeu poder e as FARC foram contidas, melhorou muito a qualidade de vida das pessoas com bons resultados de crescimento econômico e social e especialmente a diminuição da violência.

E em verdade, a Colômbia não está cedendo bases para os EUA, mas apenas concentrações de adidos militares e civis, núcleos de planejamento militar para a continuidade do combate ao narcotráfico com organização logística, locais de desembarques de equipamentos. Serão no máximo 1500 americanos, dos quais, apenas 800 militares, quantidade insuficiente para ocupar uma cidade do tamanho de São José dos Pinhais no Paraná.

Ou seja, absolutamente nada que leve perigo algum aos países vizinhos, especialmente à Venezuela do paranóico Hugo Chaves, que além de manter acordos até mais abrangentes de segurança com a Russia, se arma até os dentes para combater o único inimigo real à sua pessoa, que é a democracia verdadeira.

E o Brasil já percebeu isto. Tanto é que o presidente Lula voltou para Brasília antes dos encontros bilaterais da UNASUL, de modo a impedir que alguém colocasse o país numa suposta condenação à Colômbia.

Sempre digo que no dia que os americanos quiserem atacar qualquer país da América Latina, basta enviar um ou 3 (no caso do Brasil) de seus super-porta-aviões que não haverá tempo de colocar uma aeronave no ar para uma tentativa de defesa. Mas isso eles não farão, porque os governantes ruins da região fazem mais estragos sozinhos e o efeito anti-americano seria absolutamente o mesmo!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...