18 de out. de 2008

IMAGENS DE CURITIBA - 11

O Parque Barigui é o segundo grande parque urbano da capital em antiguidade, mas o primeiro da história recente da cidade.

Ele foi inicialmente criado para o alagamento do rio Barigui que existe até hoje, medida de prevenção de enchentes que deu tão certo, que acabou servindo de exemplo para os demais grandes parques na cidade, todos eles com estrutura parecida.

Hoje, é conside- rado a praia do curitibano. É um lugar sem monu- mentos, sem chafarizes, sem atrativos maiores, é apenas uma área onde as pessoas podem ficar à vontade, tal qual a orla do mar. Nos fins de semana de sol e calor, fica lotadíssimo, as pessoas vão lá andar e correr, levam seus cães ao passeio, usam os pedalinhos e o parque de diversões e as inúmeras canchas esportivas.

À sua volta, existem alguns bares, o museu do automóvel, a torre da Telepar e bairros de belíssima arquite-
tura. Quando eu era criança, todos os grandes eventos de Curitiba eram realizados no galpão de exposições que até hoje existe. Também lembro das churrasqueiras que foram extintas para preservar a área verde.
















É um lugar que os turistas acabam conhecendo pelo seu valor histórico do ponto de vista do urbanismo. É um com exemplo de como ações públicas inteligentes são capazes de gerar qualidade de vida, valorizar os imóveis à volta e preservar a natureza.

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USO LIVRE NA INTERNET, CITADA A FONTE.

17 de out. de 2008

ESTE PAÍS VIROU UMA ZONA!

O noticiário aumenta, mas não inventa:

Policiais deixam que uma garota menor de idade volte ao cativeiro para negociar com o seqüestrador, sem sequer ouvir a família dela. A carga tributária aumenta todos os anos, mas nunca há dinheiro para saúde, educação e segurança pública. Greve de bancários paralisa o sistema financeiro que, por sua vez, ao invés de contabilizar prejuízos, comemora os lucros com o que vai cobrar de juros e acréscimos sobre o atraso no pagamento de contas. Policiais civis entram em choque contra policiais militares. O técnico da seleção brasileira de futebol não treinou nenhum time antes de assumir o cargo. Funcionários públicos ganham em média mais que os da iniciativa privada, mas sem isonomia, a ponto de um delegado de polícia ganhar menos da metade de um juiz, ou um agente de polícia ganhar 1/4 do que um porteiro de tribunal de justiça. O senado dá um ”jeitinho” de manter a parentada inútil dos políticos nos cargos da casa. Juízes são acusados de manter suas famílias inteiras lotadas em cargos de comissão. Há cargos em comissão nos tribunais! O maior índice de desmatamento irregular é constatado em terras administradas pelo INCRA. Assentados da reforma agrária vendem seus lotes e voltam para as beiras de rodovias pedindo mais. O governo do Paraná não cede força policial para se efetivarem reintegrações de posse. O STJD, que é um tribunal privado, pune atletas com suspensões, mesmo que eles sequer tenham recebido cartão vermelho em campo. O governo anuncia mais 2000 cargos em comissão, além dos milhares já existentes. Candidata promove publicidade homofóbica contra adversário. O Pan-Americano, orçado em 300 milhões, custou 1,2 bilhões integralmente arcados com dinheiro público. Candidato eleito prefeito, larga o cargo 1 ano e meio depois e é eleito governador com votação consagradora. O BNDES empresta dinheiro para o Equador, a Bolívia, a Venezuela e Cuba, arrisca levar o calote de Rafael Corrêa e dos demais também, na esteira da irresponsabilidade. Promotor de Justiça mata um adolescente, é afastado do cargo e continua recebendo salários. Um candidato detido em presídio foi eleito prefeito numa cidade do Paraná e com a intervenção de deputados, conseguiu habeas corpus dias depois do pleito. As forças armadas sucateadas, têm seus planos de reaparelhamento levados com a barriga. Severino Cavalcanti se elege prefeito com o apoio do presidente da república, mesmo com sua desabonatória “biografia”. Vamos organizar uma Copa do Mundo, mas até agora não se apresentaram investidores privados para o evento. Policiais civis cogitam paralisar atividades em todo o país.

O Brasil virou uma zona, uma casa de mãe joana onde todo mundo faz o que bem entende e ninguém mais tem moral para criticar ninguém. O vale-tudo se instalou em definitivo.

PS:

O que foi que aconteceu ontem em Santo André?

Um marginal que se acha no direito de namorar menininhas de 15 anos. Uma polícia despreparada. Uma refém que por alguma razão estranha, voltou ao cativeiro. Uma operação policial desastrosa. Um fato envolto em brumas. Acabou em tragédia, o marginal que pediu garantias por escrito, de integridade física, atirou em sua "amada" e em uma suposta "amiga". A polícia jamais poderia ter deixado aquela garota ir para perto do local.

E e marginal apareceu na janela algumas vezes, será que não havia atiradores de elite? E a comida que eles receberam não poderia receber soníferos? Talvez seja exagero meu falar essas coisas, mas pior que este exagero foi ver duas meninas de 15 anos entrando na sala de cirurgia.

16 de out. de 2008

O DESPERTAR, FINALMENTE!

A tal usina que o Equador alega não estar operacional, foi entregue com 9 meses de antecedência e há suspeitas de que tenha sido utilizada acima de suas capacidades, o que causou os problemas que levaram ao imbróglio, com o possível calote.

Ou seja, é provável que aquele país tenha causado o problema e aplicado o chamado "migué", culpando a empreiteira brasileira e defendendo o não pagamento, especialmente porque os problemas ocorreram às vésperas de um plebiscito importante para o projeto político de seu presidente Rafael Corrêa.

Mas ao contrário do que aconteceu com a Bolívia, país de quem o Brasil ficou gás-dependente, Brasília aumentou o tom, cancelando a missão ministerial que trataria de novas obras lá, com financiamento pelo BNDES.

Ato contínuo, Corrêa teve a petulância de dizer que isso foi uma arbitrariedade, como se ele fosse um poço de bom senso ao usar um país amigo para seus desígnios políticos, onde seu projeto de constituição autoriza praticamente sua eternização no cargo.

Tanto o cancelamento da missão ministerial quanto a edição do Decreto 6592 ao determinar que “São parâmetros para a qualificação da expressão agressão estrangeira, dentre outros, ameaças ou atos lesivos à soberania nacional, à integridade territorial, ao povo brasileiro ou às instituições nacionais, ainda que não signifiquem invasão ao território nacional.” e mesmo a declaração de hoje por parte do ministro Celso Amorin de que "...Então, vai acabar o comércio entre Brasil e Equador porque o empréstimo é lastreado no CCR (Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos). Eu não entendo como deixar de pagar porque tem a garantia do CCR, que é uma garantia comercial...". foram avisos claros de que, parece, o Brasil terá menos tolerância com o populismo que o usa para auferir votos em países vizinhos, sempre em prejuízo do suado dinheiro dos impostos do contribuinte daqui.

Brasília finalmente reagiu!

Talvez constatando que, se não fizesse isso, seria alvo de outros achaques continentais. Basta dizer que houve um ensaio disso por parte de Fernando Lugo, presidente do Paraguai, que pleiteou a aquisição, por Itaipú, de um avião presidencial.

Estava na hora. Será que a influência deletéria do assessor de coisa nenhuma, Marco Aurélio Garcia, está decrescendo?

Leia também:

Brasil hace una gratuita demostración de
fuerza que afecta al Paraguay


Comércio irá acabar se Equador
não pagar BNDES, diz Amorim

14 de out. de 2008

QUANDO A CRISE ARREFECER...

Não teve jeito e os governos pelo mundo afora desembolsaram trilhões de dólares para salvar o mercado financeiro do caos.

Ruim com os tubarões de Wall Street ou da City de Londres, pior sem eles, porque o crédito é um dos pilares de toda a economia mundial e não há Estado nacional que o supra ou mesmo substitua, salvo na cabeça de quem vaticinou o fim do capitalismo e mesmo do liberalismo, apostando na volta do Estado provedor, o mesmo que renega cubanos e norte-coreanos à pior das misérias.

Sem crédito, a tendência de uma economia é estagnar, de modo que os Estados nacionais trataram de salvar o sistema por razões como a sua própria salvação, afinal, eles também dependem de crédito para manter suas atividades, e para a salvação dos políticos que os governam, porque qualquer crise econômica respinga neles, especialmente nos países democráticos, sonciderando que não existe político que não nutra o sentimento de continuísmo.

Logo, o Estado tratará de salvar os tubarões e restituir o crédito do mundo.

Mas o fato é que uma nova legislação e atitude em relação aos mercados financeiros será o resultado dessa crise que, como todas as outras, é passageira. Isso porque no noticiário sobre a crise, pelo menos para mim, com parcos conhecimentos em teoria econômica, é estarrecedor:

Instituições financeiras gigantescas que não seguiram a regra básica de não concentrar investimentos em apenas um negócio afundaram no sub-prime americano. Pior que isso, instituições menores que, descobriu-se, dependiam de empréstimos das maiores para ganhar dinheiro nas diferenças de "spread" e que ficaram impedidas de operar do dia para a noite. E fora do ramo financeiro, empresas que acreditando no crédito barato, resolveram negligenciar a geração de caixa próprio tomando capital de giro nos bancos e outras, ainda, que passaram a negociar papéis em bolsa não para conseguir recursos para investimentos, mas também para substituir geração de caixa.

E isso em escala global, com incentivo dos generosos índices que vemos diariamente nos telejornais, que relatam desde os 50 mil pontos do Ibovespa até a taxa de crescimento econômico da Malásia.

A crise, então, tem efeito educativo. Penso que a partir da atual, formar-se-á um consenso no sentido de que os Estados acompanhem mais de perto as intrincadas operações financeiras, com os bancos centrais adquirindo muito mais poder sobre as instituições agindo como um contra-peso ao entusiasmo dos operadores privados, sempre ávidos por lucros cada vez maiores e mais rápidos, pouco se importando com o risco inerente.

Enfim, é um fato que se apresenta no horizonte.

Mas eu penso que nesse processo chegará uma hora em que, calmo o quadro geral, será o caso de deixar bem claro que o sistema foi salvo com dinheiro público, impostos pagos pelos cidadãos pelo globo afora, e que isso implica uma faceta penal,no sentido de punir com sanções econômicas e criminais aqueles executivos arrojados que ganharam bônus generosos apostando em negócios sem qualquer tipo de cautela, mesmo sabendo o que o sistema financeiro representa para um mundo globalizado.

Chegará um momento, quando a crise arrefecer, que os tribunais deverão colocar alguns pingos nos "is" e enviar uma mensagem de que cautela e responsabilidade são valores que afetam a todos, mesmo a uns quase deuses empoleirados em salas luxuosas de prédios envidraçados a movimentar dinheiro em escala global, sem lembrar que isso tem efeitos no mundo real.

12 de out. de 2008

OBRIGADO COXA-BRANCA.


Frederico “Fritz” Essenfelder trouxe do Rio Grande do Sul a primeira bola de futebol e o entusiasmo para difundir o novo esporte bretão em terras paranaenses. Ele resolveu montar um “team” e agregou à sua volta outros jovens oriundos do Club Ginástico Tuverein (ou Teuto-Brasileiro), todos de origem germânica.

Desafiados Essenfelder e seu grupo de amigos para um jogo a realizar-se em Ponta Grossa, no mesmo dia do convite, ao invés de organizar apenas uma equipe, rapazes como ele, de uma família tradicional que produzia pianos, resolveram fundar um clube que nasceu com a marca de muitos dos nomes mais tradicionais da sociedade paranaense até hoje, como Leopoldo Obladen, Arthur Iwersen, Arthur Hauer, João Vianna Seiler e outros tantos... E nasceu naquele 12 de outubro de 1909, o Coritybano Football Club, a preparar-se para o jogo que se realizaria em 23 de outubro seguinte em Ponta Grossa.

Será que essa decisão de fundar um clube foi tomada por entusiasmo juvenil? Ou será que eles tinham em mente uma vaga idéia de que, ali, naquele momento, plantavam a semente de tudo o que aconteceu nos 99 anos seguintes?

Impossível responder isso, mas eu tenho como palpite que eles planejaram algo efetivamente grande, bem do disciplinado jeito alemão de fazer as coisas olhando sempre ao futuro. Mas mesmo assim fico a me perguntar:

Será que eles sabiam que, de clube de colônia, o depois renomeado Corityba passaria a ser um clube do povo, agregando italianos, poloneses, ucranianos, portugueses, caboclos e negros?

Imaginavam que as cores verde e branca da casa dos Habsburgos teriam suas metas defendidas por gigantes de ébano como Jairo e Edson Bastos? E que na linha, atuariam artistas negros e mulatos como Zé Roberto, Lela “o careta”, Eli Carlos e Tóby? Mais que isso, concebiam que até a colônia japonesa se faria presente nessa história com Kazuoshi Miúra, o Kazu e Pedro Ken?

Teriam eles, a vaga noção de que a idéia agregaria tanta gente à sua volta e seria capaz de criar ídolos marcados nas memórias de gerações de pessoas, como Rafael Camarota, Manga, Oderdan, “capitão” Hidalgo, Pachequinho, Aladim, Pizatinho, Hermes, Lanzoninho, Hamilton Guerra, Bequinha, Miltinho, Neno, Leocádio, Duílio Dias, Paquito, Tião Abatiá, Kosilec, Vilson Tadei, Luiz Freire, Tostão, Keirrison, Henrique Dias e Vanderlei?

O que eles pensariam se soubessem que aquela era e semente da criação de um mito como Fedato, o zagueiro que recusou jogar na época do auge do futebol carioca para continuar defendendo as cores do seu amado alvi-verde? E que o “flecha loira” Krüguer pensaria em dar sua vida pelo ideal, a ponto de enfrentar a morte e voltar a campo para depois aposentar-se e continuar trabalhando por 30 anos no clube, ajudando a formar novos jogadores para a instituição?

E qual seria o seu orgulho, sabendo dos atletas que desfilariam seu futebol pelo mundo, representando o Brasil na seleção brasileira, como Nilo, Dirceu, Alex e Dida?

Isso tudo talvez eles pudessem conceber. Afinal, o esporte agrega valores como estes, de lealdade, doação, garra, patriotismo, honra e tradição. E esporte, enfim, não discrimina ninguém pela cor da pele ou pela origem, o esporte faz aflorar os mais belos sentimentos da alma.

Mas, e se alguém lhes dissesse que da inveja de um adversário contra o zagueiro Hans Egon Breyer nasceria um grito de guerra, um mantra, uma identificação eterna e sincera a ser pronunciada pela eternidade? E que o apelido Coxa-Branca viraria Coxa e seria gritado como Cooooo-Xaaaaa! impondo respeito aos adversários pelo mundo afora?

E o que eles diriam, se soubessem que a instituição que fundaram presumivelmente apenas para uma partida de futebol construiria um dos maiores estádios particulares do país e do mundo? E que neste mesmo templo da fé que eles fundaram, até o “papa do povo”, João Paulo II visitaria dando sua benção?

E como agradeceriam seus vitoriosos sucessores na tarefa de manter viva a chama da ideologia do esporte em alvi-verde, como Antonio do Couto Pereira, Lincoln Hey, Aryon Cornelsen, Miguel Checchia, Bayard Osna, Joel Malucelli e Giovani Gionédis?

E será que prestariam reverência ao maior dos seus “filhos”, o imortal Evangelino da Costa Neves?

Sobre isso, só podemos especular. Deus não nos dá o poder de pedir a opinião dos antigos, Ele nos instrui apenas a agradecer a eles pelo bem que seus atos criaram no futuro.

Por isso eu venho aqui e lhes digo de todo o coração: OBRIGADO!!!

8 de out. de 2008

NÃO É POR NADA... MAS ESTAMOS EM CRISE!

Nessa questão da crise financeira internacional, já ouvimos de tudo aqui no Brasil.

Primeiro o presidente Lula fez bravata e disse que era um problema do seu amigo George W. Bush e que ligando para ele, trataria de evitar que a crise chegasse aqui.

Depois, que o Brasil era imune e que nossas reservas em dólar garantiriam a estabilidade financeira.

Semana passada a ministra-candidata Dilma Roussef disse que o Brasil teria algo como uma pequena gripe, por conta do fordúncio internacional. Vejam bem: gripe, não resfriado.

Na segunda-feira, em meio ao pânico nos mercados financeiros, o ministro da Fazenda, Guido Mantegna e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, trataram de anunciar medidas pontuais para fazer frente à nova realidade, evitando falar em crise, mesmo convocando uma incomum entrevista coletiva conjunta.

Mas a FIAT e a GM já anunciaram férias coletivas e hoje a Volkswagen anunciou que vai paralisar suas fábricas por alguns dias alternados. Mais que isso, alguns bancos suspenderam todas as operações de Crédito Direto ao Consumidor, especialmente o destinado à aquisição de veículos, que até então eram financiados até sem entrada em parcelas que chegavam a 6 anos para pagar. Agora mesmo, li que o Banco do Brasil e a CEF foram convocados a ajudar instituições financeiras menores.

Estamos em crise.

Uma coisa é o fato de que o Brasil está mais preparado para enfrentar uma crise financeira do que no passado, isso porque diminuiu sensivelmente seu endividamento em dólar e ao mesmo tempo, manteve a política de fazer superávits primários nos níveis exigidos pelo FMI, mesmo não devendo mais nada para ele. Mérito inegável do governo Lula.

Outra é achar que as reservas em moeda forte são suficientes para blindar nossa economia de problemas. O Brasil deteve reservas bilionárias (algo em torno de US$ 75 bilhões) em moeda forte na década de 90, e quando iniciaram os ataques especulativos não deu um mês, foi ao FMI pedir empréstimo e garantias adicionais.

A sensação que dá é que o governo está protelando medidas mais duras por conta das eleições. Se isso é algo normal e aconteceria em qualquer país do mundo, por outro lado, há que se informar que o governo já as venceu, e com folgas, de modo que deveria entrar com mais força na arena econômica e tratar de fechar os buracos.

O próprio assessor (informal, é verdade) de economia da presidência da república, Delfin Neto, afirmou ontem na CBN que se existem reservas, elas devem ser usadas rapidamente para conter os problemas, economizá-las só vai aumentar seu gasto posterior.

Eu prefiro que o presidente venha a público e informe de modo sincero que o Brasil é gravemente afetado pela crise, que é mundial e, portanto, não é culpa de ninguém aqui do Brasil (muito menos dele), mas que precisa ser enfrentada sob pena de agravamento. Fazendo isso, ele pode até perder alguma popularidade, mas preserva-se como líder e ao mesmo tempo volta os olhares de seu governo para questões que podem afetar muito o país no prolongamento de uma situação internacional atípica.

7 de out. de 2008

PENDENGAS NO EQUADOR

Evo Morales inventou uma irregularidade qualquer no contrato, aumentou preços unilateralmente e por fim, expropriou bens brasileiros. Agora, Rafael Corrêa do Equador vai pelo mesmo caminho a julgar pelo noticiário de hoje, na Folha de S. Paulo. E o mesmo só não aconteceu na Venezuela porque lá, os investimentos da Petrobrás são ínfimos.

No Paraguai o caldo ainda não entornou, basicamente porque seu presidente bolivariano não tem maioria no Congresso e não conseguirá aprovar uma nova constituição. Aliás, não conseguirá nem discutir algo nesse sentido, razão pela qual mantém o diálogo com o Brasil em bons termos, embora certamente tenha ânimo de afrontá-lo, desta vez no caso de outro investimento brasileiro, Itaipu Binacional.

O Brasil não deve negar a esses países seus direitos sobre riquezas naturais. Mas ao mesmo tempo, não pode deixar de protestar veementemente contra a tentativa velada deles de afrontar interesses brasileiros e confiscar patrimônio do nosso povo. Se o petróleo é equatoriano, os equipamentos de extração são nossos. Se o gás é boliviano, aquelas refinarias expropriadas foram construídas com dinheiro dos impostos brasileiros, de tal modo que o presidente Lula jamais poderia "doá-las" como insinuou o senhor Evo Morales.

Mas o governo brasileiro está impassível. Sempre disposto a negociar, mas sem ensaiar dar alguns murros na mesa para fazer valer sua condição de investidor, coisa que faz com o dinheiro que em última instância, sai da carga tributária mais injusta do mundo. O brasileiro paga impostos demais e recebe quase nada de um Estado gastador, que enche sua classe política de mordomias as vezes nem consoantes com a legalidade.

Quando um indivíduo como o senhor Rafael Corrêa, formado em Harvard mas com a mentalidade de um vereador analfabeto de Rio Branco do Sul/PR afronta os interesses brasileiros desse modo, quem está pagando a conta não é o presidente Lula, muito menos o assessor de coisa nenhuma, Marco Aurélio Garcia. Quem paga a conta somos nós, que pagamos e exportamos impostos e ultimamente só temos importado problemas de nossos vizinhos.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...