Esta semana, saiu uma notícia segundo a qual o Flamengo, clube que ostentou por décadas o patrocínio de empresa pública mesmo sendo contumaz devedor de impostos, pretende reorganizar sua divida de meio bilhão de reais aproveitando as verbas para construção de estádios que o BNDES aventa liberar para a Copa 2014. O presidente do clube chegou a exortar os demais integrantes do Clube dos 13 a fazer o mesmo.
Ou seja, o que já era ruim, o financiamento com dinheiro estatal e subsidiado para estádios públicos em cidades onde não há futebol (Natal, Campo Grande, Manaus) ou para entidades privadas (Curitiba, São Paulo, Porto Alegre), piorou porque está claro que existem interesses em aproveitar de brechas nesta carteira de crédito, para fazer com que o suado dinheiro dos impostos seja usado para sanear clubes de futebol mal administrados por dirigentes amadores e não raro mal intencionados.
E ontem, nada mais, nada menos que o presidente da FIFA, Joseph Blatter, aderiu de corpo e alma ao lobby contra o estádio do Morumbi, fazendo menção a uma reforma absurda que a Prefeitura de São Paulo pretende tocar no estádio do Pacaembu, orçada em 250 milhões, podendo chegar a 300, para depois entregar a praça para o Corinthians.
Mas nas entrelinhas, Blatter faz coro a quem diz que, se São Paulo quiser sediar o jogo de abertura ou uma semi-final do evento, tem que levantar um estádio totalmente novo, para 60 ou 70 mil pessoas, ao custo aproximado de 1 bilhão de reais, segundo o que têm se especulado, porque o "novo" Pacaembu teria capacidade máxima de 45 mil espectadores.
Bom para o Corinthians que, de sem estádio, poderia escolher o que mais lhe agradasse, além de deixar de se preocupar com o terreno que recebeu da municipalidade em Itaquera, para construir um estádio, mas que hoje é usado como centro de treinamentos.
O Brasil aceitou o encargo da Copa em 2007. Passados mais de 2 anos, ainda não iniciou sequer uma obra.
E assistimos um verdadeiro circo onde se diz que não haverá dinheiro público para estádios, mesmo com prefeituras e governos estaduais prometendo levantar estádios nababescos em praças onde não existe um clube de futebol capaz de atrair público que torne a arena viável financeiramente, como Manaus, Natal e Cuiabá. O mesmo filme que vimos nos Jogos Pan-Americanos de 2007, com as cifras multiplicadas por 100: O impasse sobre o financiamento das praças esportivas, depois o atraso desesperador para a entrega das obras, depois a liberação de recursos públicos emergenciais sem licitação e por fim, o esquecimento dos casos de hiper-faturamento nos meandros de tribunais de contas atrelados aos interesses políticos menores dos orgãos político-legislativos.
E ainda a safadeza dos clubes proprietários dos estádios privados escolhidos para o evento. Antes da escolha, faziam campanha por ela em meio a discursos otimistas e projetos mirabolantes. Agora, choram e dizem que não se endividarão para cumprir o encargo, clamando por dinheiro público, de preferência a fundo perdido e contando com o apoio velado de políticos, como um vereador de Curitiba que afirmou em alto e bom som que 150 milhõesnão entregues para reformar um estádio, farão a cidade perder 2,4 bilhões em obras do PAC.
Sem contar alguns relatórios menos divulgados, segundo os quais, obras como o trem-bala entre Campinas, Sâo Paulo e Rio, o metrô de Curitiba, a extensão do metrô de Porto Alegre e outras, não ficariam prontas ao tempo do evento.
E como um pesadelo que só piora e faz a vítima suar frio nos colchões e cobertores, ainda existe a possibilidade real do Rio de Janeiro ser escolhido para sediar as olimpíadas de 2016, mesmo com os escândalos do Pan-Americano de 2007, sua violência descontrolada e sua desorganização urbana vergonhosa, a ponto de exigir o "choque de ordem", verdadeira guerra da prefeitura contra o hábito da desordem e desrespeito à Lei, parte da cultura da Cidade Maravilhosa.
Não bastasse a conta colossal que pagaremos por esta Copa do Mundo de 2014, ainda daremos um troco para financiar uma aventura primeiro-mundista, num país onde a educação é ridícula, a saúde inexistente e a segurança pública exclusividade de políticos corruptos.
Queira Deus que o Comitê Olímpico Internacional impeça mais este acinte!
PS: Vejam a matéria que segue, da Folha de S.Paulo. É sobre a cidade brasileira que pretende sediar uma olimpíada, onde se não se morre por conta da onda de criminalidade, se morre no péssimo sistema de saúde pública.
Superbactéria hospitalar infecta médico baleado e mulher ferida em assaltos no Rio
30 de set. de 2009
28 de set. de 2009
DIPLOMACIA DO VEXAME - II
Cresce a cada dia a possibilidade de invasão da embaixada brasileira em Honduras.
Na prática, seria um ato de guerra. Mas fico imaginando como o Brasil responderia uma agressão como esta. Ou ainda, se teria coragem de responder, num contexto em que é incapaz de manter operações militares fora do seu território com suas forças armadas sucateadas e sem o apoio da ONU(como faz no Haiti).
O presidente Lula nega-se a negociar com o governo de fato de Honduras, referindo-se a ele como golpistas.
Isso até seria elogiável, se Lula não apoiasse o ditador cubano Fidel Castro e seu irmão-múmia-dublê, Raul. Da mesma forma, seria elogiável se o presidente do Brasil não mantivesse um diálogo fraterno com o ditador de Zimbabwe, Robert Mugabe, a quem elogiou por suas "sucessivas reeleições". Ou ainda não fizesse vistas grossas aos atos de ataque à imprensa livre e à democracia praticados pelo venezuelano Hugo Chaves, que por sua vez admitiu em público (com um enorme sorriso no rosto) ter urdido uma trama para colocar o Brasil na marra, no meio de um problema que não lhe diz respeito.
Os golpistas de Honduras pelo menos não têm contratos com o Brasil, não recebem ajuda brasileira e não intervém nos assuntos brasileiros, como fazem os Castro e Mugabe, e como faz às gargalhadas, o ladrão venezuelano Hugo Chaves.
Com todo o respeito que tenho pelo presidente, ele foi incoerente na declaração.
Se o Brasil ainda tivesse algum interesse efetivo em Honduras, país que exporta bananas e hortaliças, quando muito minerais pouco nobres, eu poderia entender essa "intervenção" brasileira, que afronta a nossa própria Constituição.
Mas o comércio entre Brasil e Honduras é praticamente inexistente.
Mas não o tendo, o Itamaraty deveria mandar evacuar o prédio, tirando todos os brasileiros de lá e, quem sabe, entregá-lo para a Venezuela, país que, confessadamente por seu presidente marginal, engendrava o plebiscito que levou à queda de Zelaya, bem como organizou a operação de jogar a batata-quente em mãos brasileiras.
Ainda se Zelaya fosse um governante digno de respeito, como o presidente da Costa Rica ou a presidente do Chile, eu poderia entender. Mas Zelaya é um oligarca latifundiário que de socialista só tem o apoio do ditador venezuelano, e que pretendia violar expressamente a Constituição do seu país.
Na prática, seria um ato de guerra. Mas fico imaginando como o Brasil responderia uma agressão como esta. Ou ainda, se teria coragem de responder, num contexto em que é incapaz de manter operações militares fora do seu território com suas forças armadas sucateadas e sem o apoio da ONU(como faz no Haiti).
O presidente Lula nega-se a negociar com o governo de fato de Honduras, referindo-se a ele como golpistas.
Isso até seria elogiável, se Lula não apoiasse o ditador cubano Fidel Castro e seu irmão-múmia-dublê, Raul. Da mesma forma, seria elogiável se o presidente do Brasil não mantivesse um diálogo fraterno com o ditador de Zimbabwe, Robert Mugabe, a quem elogiou por suas "sucessivas reeleições". Ou ainda não fizesse vistas grossas aos atos de ataque à imprensa livre e à democracia praticados pelo venezuelano Hugo Chaves, que por sua vez admitiu em público (com um enorme sorriso no rosto) ter urdido uma trama para colocar o Brasil na marra, no meio de um problema que não lhe diz respeito.
Os golpistas de Honduras pelo menos não têm contratos com o Brasil, não recebem ajuda brasileira e não intervém nos assuntos brasileiros, como fazem os Castro e Mugabe, e como faz às gargalhadas, o ladrão venezuelano Hugo Chaves.
Com todo o respeito que tenho pelo presidente, ele foi incoerente na declaração.
Se o Brasil ainda tivesse algum interesse efetivo em Honduras, país que exporta bananas e hortaliças, quando muito minerais pouco nobres, eu poderia entender essa "intervenção" brasileira, que afronta a nossa própria Constituição.
Mas o comércio entre Brasil e Honduras é praticamente inexistente.
Mas não o tendo, o Itamaraty deveria mandar evacuar o prédio, tirando todos os brasileiros de lá e, quem sabe, entregá-lo para a Venezuela, país que, confessadamente por seu presidente marginal, engendrava o plebiscito que levou à queda de Zelaya, bem como organizou a operação de jogar a batata-quente em mãos brasileiras.
Ainda se Zelaya fosse um governante digno de respeito, como o presidente da Costa Rica ou a presidente do Chile, eu poderia entender. Mas Zelaya é um oligarca latifundiário que de socialista só tem o apoio do ditador venezuelano, e que pretendia violar expressamente a Constituição do seu país.
23 de set. de 2009
DIPLOMACIA DO VEXAME
O Brasil aceitou que Manuel Zelaya, que estava exilado na Nicarágua, voltasse para seu país e se abrigasse em sua embaixada.
A declaração de boas vindas dada pelo ministro Celso Amorin levanta suspeitas da participação brasileira na aventura tresloucada do presidente hondurenho no exílio, cujas informações dão conta de que quer voltar a assumir o cargo, desde que possa ser candidato à reeleição mesmo com a Constituição daquele país proibindo isso.
Se bem que Honduras é uma m... mesmo e ninguém lá respeita constituição coisa nenhuma. Se respeitassem, Zelaya teria sido preso na ocasião do golpe e não estaria colocando a diplomacia brasileira numa gelada. Ou, melhor, nem teria havido o golpe, se bem que eles justificam-no em texto constitucional.
Zelaya afirmou que não pediu asilo ao Brasil, e que só quer a embaixada para ficar por lá e fazer barulho, não tem interesse em ser devolvido em segurança para outro lugar.
As autoridades hondurenhas cortaram água, luz e telefone do prédio, até porque, o embaixador brasileiro não está presente no local e não se sabe ao certo se, com o não reconhecimento do governo de fato daquele país pelo Brasil, as imunidades diplomáticas do lugar se mantém. Mas é a tal coisa, fizeram porque é a embaixada do Brasil, se fosse a dos EUA, nem pensariam nisso.
Daí, os funcionários da representação brasileira, precisando acionar o gerador para garantir algum conforto ao oligarca Zelaya e seus puxa-sacos(que só se converteram ao bolivarianismo quando viram que isso poderia lhes garantir perpetuação no poder), pedem ajuda (óleo diesel) para... a EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA!!!
Os mesmos EUA inimigos de tudo e todos, que cortaram 300 milhões de dólares em ajudas humanitárias para Honduras e pediram a devolução do cargo a Zelaya. Os EUA tão odiados no Itamaraty de Celso Lafer e pelo assessor Marco Aurélio Garcia, que nessas horas de aperto e vexame servem para ajudar.
Pergunto:
Se Honduras invadir a embaixada, o que o Brasil fará?
Será que vamos enviar para lá o porta-aviões São Paulo (que estava docado há 4 anos e saiu dessa situação há 2 meses sem terem terminado sua reforma) com seus 4 (quatro) caças A-4 Skyhawk operacionais para punir os golpistas hondurenhos?
Será que vamos convocar as tropas do Exército, que não estão de prontidão antes do almoço por contingenciamento orçamentário?
Será que vamos enviar a corveta Caboclo para bombardear a sede do governo golpista de Honduras?
Esse episódio comprova que se o Brasil avançou muito em matéria econômica e conseguiu, com méritos indiscutíveis do governo Lula, melhorias sensíveis na qualidade de vida de milhões de pessoas e mesmo na competitividade econômica do país, ainda assim não aprendeu que isso não basta para ser potência global a ponto de pleitear uma vaga no Conselho de Segurança da ONU (se bem que esta serve para pouco ou nada)ou querer influir nas decisões dos países vizinhos.
Hoje, os governantes de fato de Honduras dão gargalhadas ao ouvir falar do Brasil e sua "política externa".
Como Evo Molares da Bolívia, Fernando Lugo do Paraguai e Rafael Corrêa do Equador também...
PS.: Não discuto a legitimidade de Zelaya em tentar voltar ao cargo, embora a notícia de que só aceita isso mediante o direito de reeleição seja de dar risada, porque de golpeado viraria golpista por "direito" de compensação pelos 3 meses que ficou fora do poder. O que discuto é porque colocar o Brasil nisso, e porque o Brasil aceitou esse papel ridículo.
A declaração de boas vindas dada pelo ministro Celso Amorin levanta suspeitas da participação brasileira na aventura tresloucada do presidente hondurenho no exílio, cujas informações dão conta de que quer voltar a assumir o cargo, desde que possa ser candidato à reeleição mesmo com a Constituição daquele país proibindo isso.
Se bem que Honduras é uma m... mesmo e ninguém lá respeita constituição coisa nenhuma. Se respeitassem, Zelaya teria sido preso na ocasião do golpe e não estaria colocando a diplomacia brasileira numa gelada. Ou, melhor, nem teria havido o golpe, se bem que eles justificam-no em texto constitucional.
Zelaya afirmou que não pediu asilo ao Brasil, e que só quer a embaixada para ficar por lá e fazer barulho, não tem interesse em ser devolvido em segurança para outro lugar.
As autoridades hondurenhas cortaram água, luz e telefone do prédio, até porque, o embaixador brasileiro não está presente no local e não se sabe ao certo se, com o não reconhecimento do governo de fato daquele país pelo Brasil, as imunidades diplomáticas do lugar se mantém. Mas é a tal coisa, fizeram porque é a embaixada do Brasil, se fosse a dos EUA, nem pensariam nisso.
Daí, os funcionários da representação brasileira, precisando acionar o gerador para garantir algum conforto ao oligarca Zelaya e seus puxa-sacos(que só se converteram ao bolivarianismo quando viram que isso poderia lhes garantir perpetuação no poder), pedem ajuda (óleo diesel) para... a EMBAIXADA DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA!!!
Os mesmos EUA inimigos de tudo e todos, que cortaram 300 milhões de dólares em ajudas humanitárias para Honduras e pediram a devolução do cargo a Zelaya. Os EUA tão odiados no Itamaraty de Celso Lafer e pelo assessor Marco Aurélio Garcia, que nessas horas de aperto e vexame servem para ajudar.
Pergunto:
Se Honduras invadir a embaixada, o que o Brasil fará?
Será que vamos enviar para lá o porta-aviões São Paulo (que estava docado há 4 anos e saiu dessa situação há 2 meses sem terem terminado sua reforma) com seus 4 (quatro) caças A-4 Skyhawk operacionais para punir os golpistas hondurenhos?
Será que vamos convocar as tropas do Exército, que não estão de prontidão antes do almoço por contingenciamento orçamentário?
Será que vamos enviar a corveta Caboclo para bombardear a sede do governo golpista de Honduras?
Esse episódio comprova que se o Brasil avançou muito em matéria econômica e conseguiu, com méritos indiscutíveis do governo Lula, melhorias sensíveis na qualidade de vida de milhões de pessoas e mesmo na competitividade econômica do país, ainda assim não aprendeu que isso não basta para ser potência global a ponto de pleitear uma vaga no Conselho de Segurança da ONU (se bem que esta serve para pouco ou nada)ou querer influir nas decisões dos países vizinhos.
Hoje, os governantes de fato de Honduras dão gargalhadas ao ouvir falar do Brasil e sua "política externa".
Como Evo Molares da Bolívia, Fernando Lugo do Paraguai e Rafael Corrêa do Equador também...
PS.: Não discuto a legitimidade de Zelaya em tentar voltar ao cargo, embora a notícia de que só aceita isso mediante o direito de reeleição seja de dar risada, porque de golpeado viraria golpista por "direito" de compensação pelos 3 meses que ficou fora do poder. O que discuto é porque colocar o Brasil nisso, e porque o Brasil aceitou esse papel ridículo.
DIA SEM CARRO E COM HIPOCRISIA
Algumas cidades brasileiras experimentaram engarrafamentos recorde ontem, que foi o Dia Mundial sem Carro.
Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.
Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes
Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.
Mas critico a hipocrisia:
1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?
2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!
3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?
É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita
Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.
Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes
Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.
Mas critico a hipocrisia:
1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?
2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!
3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?
É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita
22 de set. de 2009
MANCADA!
O Itamaraty, aliás, o Brasil fez papel de palhaço nessa história do retorno de Manuel Zelaya a Honduras.
Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?
Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.
O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?
Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?
Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.
O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?
Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?
Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência
18 de set. de 2009
17 de set. de 2009
IMAGENS DO COXA - 3
A foto não é de ontem, porque não levo aparelhos eletrônicos para o estádio em dia de casa cheia. Mas é uma amostra do que a torcida do Coritiba fez no jogaço contra o próximo centenário do futebol brasileiro, o Corinthians, cuja torcida também fez uma festa bonita no belo embate. No portal Globo.com você pode assistir a festa de ontem, que certamente será comum nos estádios brasileiros de agora em diante, idéia da torcida Coxa!
KRUGER:
Nesta foto, a torcida homenageia um dos maiores ídolos da história do clube, Kruger, o flecha-loira.
Jogador altamente técnico, chegou no Alto da Glória em 1966, de onde nunca mais saiu, porque acabada a carreira de atleta, virou auxiliar técnico, depois técnico, depois supervisor de futebol e atualmente cuida das categorias de base do clube.
Conta a lenda que fazia dupla com outro jogador de sobrenome germânico, Kosilec, que apesar de bom atleta, não se comparava ao flecha. E um dia um diretor do Vasco da Gama veio comprar Kruger mas não lembrava do sobrenome do rapaz. Acabou levando Kosilec, dada a esperteza do inesquecível presidente Coxa, Evangelino da Costa Neves.
E num jogo do campeonato paranaense de 1970, numa jogada brusca, Kruger sofreu um gravíssimo rompimento de alças intestinais e esteve com a vida por um fio, chegou a receber a extrema-unção.
Toda a sociedade Coxa-Branca acorreu para ajudá-lo e mesmo torcedores dos adversários rezaram por ele (o presidente do rubro-negro da capital encomendou uma missa pela sua recuperação), que milagrosamente voltou aos campos, claro, vestindo a camisa do Coritiba, onde atuou até 1976.
Campeão paranaense em 1968, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76, do Torneio do Povo em 1973 e campeão brasileiro como auxiliar técnico em 1985, Kruger (e uma equipe de profissionais do clube, como o professor Miro) é responsável pela descoberta de talentos como Henrique, Pedro Ken e Keirrison.
Um dos maiores Coxas da história, um ícone a ser homenageado neste ano de centenário e mais do que isso, um exemplo de amor ao clube, pois em fevereiro completou 41 anos de competentes serviços em seu favor.
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