22 de set. de 2009

MANCADA!

O Itamaraty, aliás, o Brasil fez papel de palhaço nessa história do retorno de Manuel Zelaya a Honduras.

Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?

Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.

O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?

Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?


Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência

18 de set. de 2009

FRASE

Esta frase está no blog da Ro Costa. Lapidar e atual, não resisti em divulgá-la aqui:

"Todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

17 de set. de 2009

IMAGENS DO COXA - 3


A foto não é de ontem, porque não levo aparelhos eletrônicos para o estádio em dia de casa cheia. Mas é uma amostra do que a torcida do Coritiba fez no jogaço contra o próximo centenário do futebol brasileiro, o Corinthians, cuja torcida também fez uma festa bonita no belo embate. No portal Globo.com você pode assistir a festa de ontem, que certamente será comum nos estádios brasileiros de agora em diante, idéia da torcida Coxa!

KRUGER:

Nesta foto, a torcida homenageia um dos maiores ídolos da história do clube, Kruger, o flecha-loira.

Jogador altamente técnico, chegou no Alto da Glória em 1966, de onde nunca mais saiu, porque acabada a carreira de atleta, virou auxiliar técnico, depois técnico, depois supervisor de futebol e atualmente cuida das categorias de base do clube.

Conta a lenda que fazia dupla com outro jogador de sobrenome germânico, Kosilec, que apesar de bom atleta, não se comparava ao flecha. E um dia um diretor do Vasco da Gama veio comprar Kruger mas não lembrava do sobrenome do rapaz. Acabou levando Kosilec, dada a esperteza do inesquecível presidente Coxa, Evangelino da Costa Neves.

E num jogo do campeonato paranaense de 1970, numa jogada brusca, Kruger sofreu um gravíssimo rompimento de alças intestinais e esteve com a vida por um fio, chegou a receber a extrema-unção.

Toda a sociedade Coxa-Branca acorreu para ajudá-lo e mesmo torcedores dos adversários rezaram por ele (o presidente do rubro-negro da capital encomendou uma missa pela sua recuperação), que milagrosamente voltou aos campos, claro, vestindo a camisa do Coritiba, onde atuou até 1976.

Campeão paranaense em 1968, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76, do Torneio do Povo em 1973 e campeão brasileiro como auxiliar técnico em 1985, Kruger (e uma equipe de profissionais do clube, como o professor Miro) é responsável pela descoberta de talentos como Henrique, Pedro Ken e Keirrison.

Um dos maiores Coxas da história, um ícone a ser homenageado neste ano de centenário e mais do que isso, um exemplo de amor ao clube, pois em fevereiro completou 41 anos de competentes serviços em seu favor.

16 de set. de 2009

MIOLO MOLE É FATOR DE VIOLÊNCIA

O termo "miolo mole" e a dica foi da Letícia, mas dentro do contexto do post anterior, vejam no G1:

Conselheiro tutelar diz que mãe incentivou briga por ex-namorado.

Duas meninas de 15 anos de idade disputando um indivíduo de 23. Um indivíduo de 23 anos que namora menininhas na porta de escola e sabe Deus se algum crime não cometeu nesse contexto, afinal, é maior de idade interessado por menores, o não é algo que se possa considerar normal ante as leis penais de um país que tem um problema sério de pedofilia. E uma mãe ainda mais desmiolada que os outros envolvidos porque além de aceitar que sua filha de 15 anos namore um indivíduo maior de idade, ainda a incentiva a pregar a mão na cara da "rival".

Falta de cultura, bom senso e discernimento também são causas de violência. E quando isso acontece num contexto em que as pessoas têm acesso a rádio e TV, de tal modo que não podem se furtar às informações praticamente diárias sobre o assunto (pedofilia incluída) e ainda agem dessa forma, está bem claro que não bastam boas condições econômicas.

Pais que não zelam pela integridade física de um filho, são como outros, que acham que o dever de educar é só da escola. E atitudes como estas, não são exclusividade de desassistidos, tem muito bacana que não abre mão da academia ou do "happy hour" para gastar tempo conversando e ensinando alguma coisa para os filhos.

14 de set. de 2009

O QUE EXPLICA TANTA VIOLÊNCIA?

A vida toda cansei de ouvir que a violência no Brasil era fruto da falta de oportunidades e da crise econômica constante. Se dizia no passado que ela era fruto do desemprego, dos baixos salários e da falta de políticas sociais.

Mas nos últimos 7 anos o Brasil experimentou crescimento econômico constante. Os níveis do desemprego caíram, a massa salarial aumentou e, segundo dados do próprio governo, a maioria dos brasileiros encontra-se na classe média.

Programas sociais como o bolsa-família atingem considerável massa de menos favorecidos, tiram pessoas da miséria absoluta e de certa forma alavancam o crescimento econômico. Quotas raciais e sociais nas universidades, microcrédito e políticas educacionais que dão uniformes, transporte, merenda e material escolar completam a lista.

No entanto, os índices de violência só aumentam.

O Paraná que era um estado considerado calmo, experimenta os piores índices de sua história. Mesmo com o incompetente governador Requião negando, Curitiba tem em média 21 assassinatos por fim de semana.

Na Bahia, o crime chega a coagir a polícia e destruir delegacias, o que acontece também em outros estados, sendo que Alagoas é o campeão nacional de homicídios.

No Rio de Janeiro nem se fale, tamanho o caos que vive a cidade e o estado.

Em São Paulo, os índices mantém-se estáveis, quando muito com quedas pequenas. Mas sendo o estado mais rico da federação, bem como o que mais se beneficia da melhoria do quadro econômico, isso é pouco.

Muitos fatores podem ser considerados para explicar a situação. A impunidade, por conta do Judiciário incompetente e formalista bem como da falta dramática de policiamento ostensivo (aqui onde eu vivo, ouvi de um policial que a PM simplesmente não verifica mais situações de desordem social, se alguém parar na porta da minha casa as 3 da madrugada e resolver tocar o Bonde do Tigrão no último volume, a PM já avisou que não se importa). O sistema carcerário que não consegue recuperar nem os casos mais fáceis. A confusão entre autoridades e marginais, vez que não são poucos os políticos com ligações com o crime organizado ou dentro de esquemas de corrupção. A falta de normas mais rígidas sobre costumes, pois no Brasil, bebe-se na rua e vende-se cigarro e álcool para menores sem maiores dificuldades.

Parece que a violência está no cerne da sociedade brasileira. O indivíduo bebe todas e sai na rua dirigindo agressivamente (O Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito). Se leva sorte de não envolver-se num acidente, chega em casa e desfere chapoletadas na mulher e nos filhos (o Brasil detém índices alarmantes de violência doméstica e contra a mulher). Se não bate na mulher e nos filhos, vai para o estádio de futebol e se envolve em brigas com torcidas adversárias ou com a PM. Isso se no boteco não se envolver em alguma confusão... o mito do povo dócil cai por água abaixo ao constatar-se essa verdadeira guerra civil, que nem os índices econômicos bons conseguem conter.

12 de set. de 2009

ESTÂNCIA HIDROMINERAL OURO FINO

No município de Campo Largo, distante 30 km de Curitiba, encontra-se a Estância Hidromineral Ouro Fino, de propriedade da empresa de águas minerais do mesmo nome.

A captação de água mineral dá-se na fonte, de modo que sua industrialização deve ser no mesmo local. E observando rigorosos requisitos ambientais, ao mesmo tempo a empresa mantém uma área verde lindíssima, bem cuidada e à disposição do público.

Conheci o local quando criança e o visitei recentemente, atestando que pouca coisa mudou, continuando um lindo parque, de mata preservada de Araucárias.

No lugar há churrasqueiras, parques infantis, piscinas de água mineral (geladíssimas mesmo no verão), um pequeno zoológico, trilhas com cachoeiras, um pequeno restaurante e capela, além, claro, de loja dos produtos da empresa.

Todo o parque é decorado com estátuas variadas e mesmo homenagens à santos. O barulho das águas combinado com a área verde remete a uma espiritualidade avançada dos criadores do local.

É um local cuja tranquilidade nos leva à meditação, um presente da família Mocelin, dona da empresa, a quem queira visitar.


Vista do rio e da vegetação.

Tanque das carpas.

Monjolo, tanque das carpas e uma casa típica, das várias que decoram o lugar.

Chafariz e decoração.



Complexo de piscinas de água mineral.

Capela de Nossa Senhora da Luz.

A arara simpática, do pequeno zoológico do local.


O parque está aberto ao público de terça a domingos e feriados. Cobra-se entrada de R$ 15,00 por pessoa, justificada em razão da necessidade de preservação do local, e de ser uma área privada, onde opera uma empresa.

TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.

10 de set. de 2009

A CHORADEIRA DA COPA 2014

O que era festa embalada pelo otimismo de políticos e dirigentes de clubes está se transformando em choradeira, à guisa de imputar aos governos federal, estaduais e municipais a obrigação de construir e reformar estádios para a Copa, com dinheiro a fundo perdido.

De repente, um alto dirigente da FIFA critica de modo ácido a estrutura do Morumbi, que disputa com o Mineirão a honra de sediar o jogo de abertura do evento. E faz isso a despeito do fato de que a FIFA definiu a cidade de São Paulo como sub-sede, tendo o comitê organizador dela apontado especificamente o estádio Cícero Pompeu de Toledo para a tarefa.

Se ele não servia, por quê São Paulo foi aceita como sub-sede? O que mudou da definição das sub-sedes em maio até agora, para de repente um alto dirigente da FIFA dar a nítida impressão de que faz lobby pela construção de outro estádio gigantesco na capital paulista?

Para o jogo de abertura do evento, não é aceita uma arena com menos de 60 mil espectadores de capacidade. Será que São Paulo comporta mais um estádio enorme assim? E quem vai erguê-lo? Será que existem investidores? Duvido que o Corinthians ou qualquer outro clube tenha dinheiro ou parceiro de 500 milhões de reais para colocar nisso, e daí, sobrará para quem?

Eu mesmo respondo: ou para a prefeitura, ou para o governo estadual.

Aqui em Curitiba, era eufórica a campanha patrocinada por políticos e dirigentes do clube proprietário da Arena da Baixada. Mas tão logo a cidade foi confirmada como sub-sede o presidente do clube veio a público afirmar em alto e bom som que não têm investidor a vista e não vai arcar com o custo de adequação da praça esportiva, nem que isso seja financiado pelo BNDES.

Depois, unido aos dirigentes do SC Internacional de Porto Alegre e do São Paulo FC, manifestou um pedido de isençãoespecífica para obras e materiais aplicados nos estádios privados da Copa. Ou seja, querem construir luxuosos prédios privados assaltando o bolso dos brasileiros que, quando constróem seus barracos, pagam nos materiais a maior carga tributária do planeta!

E o que dizer dos atrasos nas licitações de estádios públicos, já apontada pela FIFA, que pode implicar até na diminuição do número de sedes de 12 para 10?

Atraso em licitação significa aumento de custos. E se há uma data limite para a entrega da obra, o aumento é exponencial, causado por contratações emergenciais sem licitação, as mesmas que fizeram os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro terem custo de Olimpíada.

O processo da Copa 2014 iniciou-se em 2007. Passados mais de 2 anos, não se fez absolutamente nada em termos de obras e não se definiram as fontes dos recursos para os estádios, na exata medida em que, pelo menos aparentemente, ninguém procurou investidores.

E agora a choradeira para fazer com que a os governos arquem com os custos, preferencialmente na bacia das almas, às portas do evento, de afogadilho, para que a pressa alivie as barreiras ditadas pela Lei de Licitações.

Fico me perguntando se essa choradeira é ou não de caso pensado.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...