3 de dez. de 2010

NOVO GOVERNO, ÉPOCA DE MALDADES

Já ficou claro que reajuste de aposentadorias é assunto tabu no início do novo governo, que já anunciou que também não fará reajustes ao funcionalismo.

O único reajuste que deve ocorrer, claro, é o dos senhores parlamentares, mas este não é de competência do Poder Executivo, embora certamente vá gerar efeitos futuros nos salários pagos por este, mas isso é outro assunto.

E ontem, uma "traulitada" do Banco Central no crédito, aumentando o valor do depósito compulsório que todo banco deve observar sobre empréstimos. Funciona mais ou menos assim: a cada R$ 1,00 emprestado, o banco precisa depositar no BACEN R$ 0,20 (estimativa minha, apenas), como garantia de liquidez do sistema. O BACEN aumentou esse depósito para que R$ 61 bilhões saiam da economia ou pelo menos, entrem nela pagando juros mais altos e, portanto, menos atraentes.

O BACEN tomou as medidas com intuito claro de reduzir o ritmo de aumento do crédito e frear o crescimento da economia, atingindo especialmente os empréstimos consignados e os de veículos, o que atinge de cheio o povão, que passará a pagar taxas mais altas e eventualmente ter mais dificuldades na liberação do crédito.

São as primeiras, de algumas "maldades" que inaugurarão o governo Dilma. E diga-se de passagem que o momento certo é justamente este, porque se não tomadas imediatamente, não serão possiveis em épocas pré-eleitorais ou mesmo pouco mais tarde além da posse, quando a nova composição do Congresso descobrir as delícias do "é dando que se recebe" e começar a pressionar por emendas e cargos, o que não é implausível, dado que, pelo menos até agora, o PMDB está sendo devidamente chutado para escanteio na formação do ministério.

6 comentários:

  1. Vou esperar acontecer! Mas, mesmo tais medidas são medidas protecionistas tomadas agora, para evidentemente, ao iniciar o governo Dilma, a situação esteja mais calma.

    Mas, já tem gente gritando: Eu já Sabia!

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  2. Adão,

    EU já sabia e escrevi isso aqui no blog quando falei de um suposto governo Dilma. Como já sabia da discussão sobre a CPMF.

    Não é preciso ter fontes nem saber segredos para ver que o governo brasileiro adotaria tais medidas e que o Congresso iria usar CPMF como moeda de troca em favor do PMDB, isso é óbvio na política brasileira, pelo menos para quem lê jornal todos os dias, o que significa, 1 ou 2% da população.

    Depois de 4 anos torrando dinheiro público, calculo que os 2 primeiros anos de Dilma serão de aperto fiscal, ela vai guardar forças para aumentar a popularidade e reeleger-se em 2014, mas agora, vai ter que arrumar a casa, porque a festa junina de Lula foi das grandes.

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  3. Eu não concordo com este tipo de economia movida a comprar , comprar e comprar , pior ainda, a poder de créditos bancários. Eu acho que o desenvolvimento pode ser alavancado com a prestação de serviços e desenvolvimento da educação voltada para o produção e incentivo à poupança.O consumo viria depois.Portanto, acho que as medidas foram bem tomadas.

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  4. Há um velho ditado popular que diz que a mulher no poder é ainda mais maldosa do que o homem.

    Aguardando...

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  5. Olá, tudo bem? Eu não acredito que o novo Governo faça as famosas reformas... E o pacote das maldades surgirá em 2011, ano que não tem elieção, mas em todas as esferas: federal, estadual e municipal. Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net

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  6. Eu não acredito mais em governo nenhum, de modo que fico torcendo para que não sejam muito ruins, como foram Sarney e Collor, já estará de bom tamanho. Meu abraço.

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