30 de nov. de 2010

PELA PROIBIÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL EM AMBIENTE ABERTO



Tramita na Câmara Municipal de Curitiba, um projeto de Lei inspirado na experiência da Austrália e de alguns lugares dos EUA, onde se proibiu o consumo de álcool à céu aberto, em ruas, praças, parques, bosques e equipamentos urbanos como terminais de ônibus.

O indivíduo que bebe em casa geralmente não causa maiores estragos porque não há estímulo para os excessos decorrentes do consumo além da conta. Ele não vai se exibir para o cônjuge e filhos, porque ou será ignorado ou vai acabar em discussão.

O indivíduo que bebe dentro de um bar, pode até ter estímulo para praticar asneiras e eventualmente até arranja briga com outro pau d'água, mas no mínimo recebe a censura do dono do estabelecimento e das pessoas que ali bebem sem exagerar. Ou seja, ele pensa suas vezes antes de fazer besteira.

Mas o indivíduo que bebe álcool na rua sente-se livre para agir no contexto de euforia boa ou má que certa dose bebida pode causar.

Daí, para tentar aparecer ou até para destilar seus recalques ou seus ímpetos violentos, sai provocando transeuntes, pixando e vandalizando prédios públicos e privados, aumentando o volume do som do carro, dirigindo feito louco e até procurando discussões com pessoas à sua volta, pouco importa se conhecidas ou não.

O indivíduo que bebe na rua não encontra freios para seu delírio alcoólico, todas as pessoas à sua volta podem ser vítimas de seu estado alterado, seja mediante agressões verbais, seja roubando-lhes o sono às 3 e meia da madrugada ou pixando seus muros, seja enfiando um carro nos seus portões ou roubando, praticando violências físicas, matando ou estuprando.

Penso que se o consumo de cigarro é proibido em ambientes fechados, a lógica seria impor a proibição de consumo de álcool a céu aberto, numa situação tal em que exista algum controle sobre quem bebe em excesso.

Pode ser pouco, mas certamente vai melhorar em muito os índices de segurança, basta lembrar que boa parte da violência no Brasil é causada pelo consumo excessivo de álcool, e isso inclui acidentes de trânsito e ocorrências domésticas. Boa parte dos índivíduos que causou aquele tumulto no estádio Couto Pereira em 06/12/2009, era de integrantes de uma torcida organizada que se concentram à frente do estádio por volta de 5 horas antes dos jogos e bebem sem parar na rua, às vistas das autoridades. Se essa proibição existisse na época, provavelmente poucos deles teriam adentrado ao estádio porque ficariam em algum bar e outra parte deles poderia estar detida por consumir em lugar irregular.

Enfim, apóio a idéia civilizadora que tramita no legislativo curitibano.

6 comentários:

  1. É proibido fumar em público em SP. È proibido beber em público em Curitiba. É proibido andar de véu e outros tipos de demonstrações religiosas na França. Querem proibir apresentação de imagens religiosas, controle social da imprensa... etc

    pra onde nos leva estas opções?

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  2. Adão,

    Aquele primado do direito individual ´wue vegiu durante séculos, ACABOU.

    Fruto do abuso constante das liberdades. Estamos naquela toada, você pode fumar e beber quantom quiser, desde que não incomode terceiros. O problema é que, quem bebe (principalmente) faz questão de incomodar a terceiros quando está "alterado". Como não há como impedir, há como coibir e regular...

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  3. Nos bares de rua o cidadão vai poder beber, evidentemente. Se não me engano, em Nova York não é permitido beber na rua ou pelo menos mostrar a bebida alcoólica na rua enquanto se caminha e por isso os vendedores só vendem cerveja junto com um saco de papel onde o vivente vai esconder sua bud ou coors e bebericar enquanto caminha na rua.

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  4. Carlos,

    Ele simplesmente não podera portar uma lata de cerveja(por exemplo) e sair andando do bar para bebê-la num banco de praça.

    O consumo continua livre, só não pode ser feito em via pública.

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  5. Olá, tudo bem? Desconhecia essa notícia... Eu não bebo e detesto bêbados kkk.. Abraços, Fabio www.fabiotv.zip.net

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  6. Conversando com um amigo psicólogo ele me disse exatamente isso: as pessoas bebem para sentirem-se corajosas, para tentar mostrar à outras, que têm aquelas virtudes que quando sóbrias elas sabem que não as tem. São deficientes.

    A bebida é um estímulo, e em porta de bar ou na rua então, é perigosa para quem bebe.

    E perigosa no sentido de que, quem sempre bebe não tem nenhum controle emocional, não dispõe de discernimento para entender as coisas que vão alem de seu pensamento e, muitas vezes, quer ter razão sem ter.

    Ou seja, acaba fazendo m* e dando trabalho para a polícia.

    Aprovo essa lei.

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