Nesta semana, os números das pesquisas indicaram o aumento da possibilidade do segundo turno, mas Dilma Roussef continua franco-favorita a encerrar a fatura já no domingo.
Aliás, Dilma foi salva da perda de mais pontos nas pesquisas justamente porque seu desempenho nos últimos debates melhorou muito. Ela demonstrou uma articulação melhor das idéias e soube responder de modo mais incisivo aos ataques contra o governo Lula e ela mesma.
Plínio de Arruda Sampaio teve uma participação importante no processo, porque em um pleito marcado por 4 candidaturas de esquerda, sendo 3 praticamente do PT, ele soube mostrar as diferenças ideológicas. Graças à ele Marina Silva conseguiu desvencilhar-se da imagem de petista e diferenciar-se de Dilma, arrancando ao final da corrida.
José Serra encontrou o tom da campanha nos seus dez últimos dias. Quando ele parou de preservar a figura do presidente Lula e passou a criticar abertamente o governo em todas as áreas, cessou sua queda vertiginosa nas pesquisas. Ele virou opção de mudança e não continuísmo como sua publicidade mal calculada havia indicado. Tivesse usado esta estratégia desde o primeiro dia de campanha, talvez tivesse garantido o segundo turno.
Se sair segundo turno, será muito mais mérito de Marina Silva que de José Serra.
Aliás, notou-se no debate de ontem que os dois empreenderam uma aliança informal, sem ataques mútuos mais pesados e centrando fogo no governo Lula e em Dilma.
De qualquer modo, Marina cresceu mais que Serra nos últimos dias, talvez porque ela tenha se apresentado como uma alternativa "light" ao governo Lula - uma petista histórica e, portanto, com mesmas linhas de atuação do governo atual - mas fugindo das alianças com a parte mal falada do PMDB e controlando com mais rigor os interesses corporativos do próprio PT. E fez isso com a ajuda de Plínio, que a diferenciou de Dilma.
Se Dilma vencer em primeiro turno, ficarão comprovados dois fatos:
a) Lula transfere votos, influência e popularidade. Muito mais do que os analistas da imprensa oposicionista acreditavam, não menos do que os partidários dele já tinham certeza;
b) Ela mesma, Dilma, sabe adaptar-se às necessidades. Do gaguejar insistente e da pouca articulação verbal no primeiro debate da BAND até o de ontem, ela evoluiu para ficar com imagem de uma candidata com pouca experiência de palanque, mas capaz de enfrentar os adversários mais experientes.
E se acontecer segundo turno, ficará expresso que o eleitorado não aceita posições dúbias. Ou se é governo, ou se é oposição, não existe a possibilidade de poupar o presidente de críticas por conta de sua grande popularidade. Pode ser que o eleitorado seja majoritariamente de situação, mas aquele disposto à oposição, quer que seu candidato faça oposição, não vota por continuísmo disfarçado.
Na minha modesta opinião, guardadas as diferenças de opinião que tenho com o programa e as idéias de cada candidato, penso que o Brasil elegerá um presidente capaz seja com Dilma, com Serra ou com Marina, os três demonstraram ter condições de gerir o país. Já Plínio, com todo o respeito, é alguém perdido em idéias absurdas de uma esquerda dos anos 60, embora tenha sido brilhante ontem, quando desatou a pedir votos para parlamentares de seu partido.
Aliás, Dilma foi salva da perda de mais pontos nas pesquisas justamente porque seu desempenho nos últimos debates melhorou muito. Ela demonstrou uma articulação melhor das idéias e soube responder de modo mais incisivo aos ataques contra o governo Lula e ela mesma.
Plínio de Arruda Sampaio teve uma participação importante no processo, porque em um pleito marcado por 4 candidaturas de esquerda, sendo 3 praticamente do PT, ele soube mostrar as diferenças ideológicas. Graças à ele Marina Silva conseguiu desvencilhar-se da imagem de petista e diferenciar-se de Dilma, arrancando ao final da corrida.
José Serra encontrou o tom da campanha nos seus dez últimos dias. Quando ele parou de preservar a figura do presidente Lula e passou a criticar abertamente o governo em todas as áreas, cessou sua queda vertiginosa nas pesquisas. Ele virou opção de mudança e não continuísmo como sua publicidade mal calculada havia indicado. Tivesse usado esta estratégia desde o primeiro dia de campanha, talvez tivesse garantido o segundo turno.
Se sair segundo turno, será muito mais mérito de Marina Silva que de José Serra.
Aliás, notou-se no debate de ontem que os dois empreenderam uma aliança informal, sem ataques mútuos mais pesados e centrando fogo no governo Lula e em Dilma.
De qualquer modo, Marina cresceu mais que Serra nos últimos dias, talvez porque ela tenha se apresentado como uma alternativa "light" ao governo Lula - uma petista histórica e, portanto, com mesmas linhas de atuação do governo atual - mas fugindo das alianças com a parte mal falada do PMDB e controlando com mais rigor os interesses corporativos do próprio PT. E fez isso com a ajuda de Plínio, que a diferenciou de Dilma.
Se Dilma vencer em primeiro turno, ficarão comprovados dois fatos:
a) Lula transfere votos, influência e popularidade. Muito mais do que os analistas da imprensa oposicionista acreditavam, não menos do que os partidários dele já tinham certeza;
b) Ela mesma, Dilma, sabe adaptar-se às necessidades. Do gaguejar insistente e da pouca articulação verbal no primeiro debate da BAND até o de ontem, ela evoluiu para ficar com imagem de uma candidata com pouca experiência de palanque, mas capaz de enfrentar os adversários mais experientes.
E se acontecer segundo turno, ficará expresso que o eleitorado não aceita posições dúbias. Ou se é governo, ou se é oposição, não existe a possibilidade de poupar o presidente de críticas por conta de sua grande popularidade. Pode ser que o eleitorado seja majoritariamente de situação, mas aquele disposto à oposição, quer que seu candidato faça oposição, não vota por continuísmo disfarçado.
Na minha modesta opinião, guardadas as diferenças de opinião que tenho com o programa e as idéias de cada candidato, penso que o Brasil elegerá um presidente capaz seja com Dilma, com Serra ou com Marina, os três demonstraram ter condições de gerir o país. Já Plínio, com todo o respeito, é alguém perdido em idéias absurdas de uma esquerda dos anos 60, embora tenha sido brilhante ontem, quando desatou a pedir votos para parlamentares de seu partido.