6 de jan. de 2011

O PMDB QUE NÃO MUDA

Antes mesmo da eleição eu já comentava aqui no blog que a então candidata Dilma, se eleita, teria sérios problemas com o PMDB que exigiria uma grande parcela do poder e mais do que isso, faria tudo para evitar a mitificação dela com agregação de popularidade que viesse a complicar os projetos do partido para 2014 e 2018.

Hoje, o que se pode concluir é que o PMDB até aceita ser componente de chapa novamente em 2014, mas não vai deixar que Dilma Roussef fique tão popular e capaz de decidir as eleições de 2018 em favor de quem quer que seja, especialmente o PT. Com efeito, o PMDB quer ser vital para a eleição em 2014 e cabeça de chapa na eleição de 2018, sendo que em 2010 sabia-se que Lula bancava o sucessor que escolhesse contra qualquer pessoa ou partido que se apresentasse, justamente por ter virado mito.

Depois do pleito em 2010, anunciou-se que a "quota" do PMDB seria de 6 ou 7 ministérios, delineando a insatisfação atual dos peemedebistas, muitos dos quais afirmavam no final do ano passado que desta vez o partido tinha sido parceiro de primeira hora, e que exigia compartilhamento total do poder em igualdade de condições (e cargos, e orçamentos, e nomeações, e diretorias, etc...) com o PT.

Já o PT resolveu não aceitar isso pela impressão geral de que as eleições presidenciais de 2010 foram vencidas por Lula, pouco importando o apoio do PMDB, que não evitou que a oposição vencesse as eleições na maioria dos estados mais importantes e sequer garantiu vitória em primeiro turno.

Agora o PMDB resolveu lutar por posições, porque, afinal, não bate mais de frente com o "mito" Lula e sabe da grande probabilidade de Dilma Roussef sofrer uma queda nos índices de popularidade em razão da necessidade de ajuste fiscal e de prática de das "maldades" normais de início de governo.

O PMDB não muda. Seu apoio é movido pela troca de cargos e por interesses materiais, o controle de orçamentos que possibilitem sua bancada parlamentar manter apoios nas bases eleitorais. E agora vai bater de frente com Dilma, porque é o momento em que ela mais precisa, na constatação de que não se faz ajuste de contas públicas se o Congresso Nacional não colaborar com isso. Penso que a discussão vai longe, e que a pressão sobre a presidente será alta, envolvendo inclusive as eleições para as mesas do Congresso..

4 comentários:

  1. É o primeiro dos pepinos que a dona Dilma terá que enfrentar... De qualquer maneira, tenho apreciado algumas posições que ela tem expressado. Acho que pelo menos ela será menos escorregadia que o Lula e será mais contundente em suas posições. Aproveito para te desejar um excelente 2011. Abç.

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  2. Eu não acredito que o pessoal do PMDB faça planos a longo prazo.São umas antas imediatistas e querem levar vantagem imediatamente.Um partido que tem Sarney em suas hostes aceita tudo desde que os cabeças coroadas fiquem boiando como bo...a

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  3. E nós, o que podemos esperar de um governo quando sabemos que existe uma corja que está pouco se preocupando com o Brasil e sim e, tão somente, nos seus interesses.

    A sociedade, que unida derruba qualquer coisa, deveria se mobilizar e acabar com a bagunça chamada congresso, não sou a favor do fechamento daquela casa mas sim de uma faxina geral.

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  4. 1º ou 2º escalão é o que verdadeiramente importa. Cargos, cargos e mais cargos para os seus membros. O que mais se evidencia desse fato é a grande e imensa irresponsabilidade do PMDB.

    Um partido que, como muitos já disseram no passado (gente de seu próprio partido), há muito tempo vive de fisiologismo e de atos não republicanos.

    O PMDB não muda. É um partido irresponsavel por natureza e que não pensa nem quer pensar o Brasil. Quer o poder, vive única, exclusiva e explicitamente em busca do poder, e de mais nada.

    Para quem governa com ele são os ossos do ofício. Para quem ama o país e quer ver o bem do Brasil, viver com o PMDB é um desafio imenso, pois ele representa a maior decepção republicana.

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