15 de mar. de 2010

UM FÓSFORO, UM BARRIL DE PÓLVORA...

É ousado, só não sei se é muito inteligente visitar o Oriente Médio e mexer no vespeiro das relações entre Israelenses e Palestinos, que são fruto de décadas de dissensos, lentos processos históricos agravados com a 2a. Guerra Mundial e depois com a Guerra Fria.

O presidente Lula recusou-se a participar em Israel, de uma cerimônia em homenagem a um dos criadores do Movimento Sionista, mas ao mesmo tempo vai visitar o Irã e tecer loas ao seu problemático presidente Mahmoud Ahmadinejad.

É uma estratégia ousada, com tudo para não dar certo e deixar o Brasil numa saia justa.

Devo estar errado, afinal, não sou diplomata mas... não me parece que seja a melhor estratégia para o assunto, tentar conciliar duas posições historicamente antagônicas baseando esta ação apenas no carisma e na popularidade do presidente brasileiro, que dizer quando existe também um componente religioso, além do político, que acirra os ânimos. Se o presidente der uma declaração mal entendida ou truncada nesta viagem, arrisca atrair a ira de radicais do mundo inteiro para o Brasil, que certamente não quer um episódio como o experimentado pela Argentina no caso AMIA.

Penso que o Brasil deve estreitar os laços de amizade tanto com o Irã quanto com Israel. Os dois são potências militares, um detém grandes reservas petrolíferas e pode virar mercado para a Petrobrás, outro detém conhecimento científico sensivel nas áreas de informática e comunicações. Ambos podem precisar de mão-de-obra e matérias-primas brasileiras, mas nenhum dos dois pode oferecer para o Brasil um trunfo como o da aproximação para que se diminuam as tensões regionais, que seja suficiente para justificar a tão sonhada vaga no Conselho de Segurança da ONU.

Note bem o leitor, os americanos atuam naquela arena porque sabem que, contra eles, os ódios regionais já estão estabelecidos e não causam mais problemas além dos que já existem. Mas eu não lembro de outros governantes de países relevantes do mundo, que tenham ido à região com tanta ânsia em discutir problemas cuja solução é por demais complexa.

10 comentários:

  1. Lula é ousado, como qualquer um presidente deve ser e isto é bom. Porém, seu maior erro reside nele mesmo. Não falar bobagens.

    Eu não sei no 'que' Lula acredita, e se respalda (neste caso, a popularidade dele aqui não lhe oferece essa lógica mundo afora), mas o fato de um presidente brasileiro visitar estes países pode demonstrar um novo patamar diplomático para o Brasil diante de outras nações. O Brasil pode ser um contraponto as duras leis americana sobre o Oriente Médio. E pode ser uma voz a favor da paz.

    Resta ao Brasil ter sabedoria para não cometer barbeiragens e, na sua ânsia de projeção internacional, não cair no golpe desses países, que podem fazer dele uma 'garantia' para respaldar suas ideologias absurdas.

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  2. quanto temopo....bom te ver no niver de martinha...apareça some não...
    montidubeijus

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  3. Neto,
    Brasil contraponto as duras Leis Americanas no Oriente Médio?
    Cai na real!
    Pare de acreditar em ilusionismos criados a partir de ideologia radical.
    Lá só têm radicais extremistas religiosos. Além de brigas regionais por interesses políticos, há todo um conjunto de questões religiosas, cujos barris de polvoras, caso risquem o fósforo, bummmm!
    Só faltava passarmos a importar o terrorismo desses radicais para o Brasil.
    Bom! Como ainda não temos isso no brasil, vai ver que talvez sejam boas as novidades.
    Que tal Neto?
    Basta os caras se invocarem por lá.

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  4. Olha, eu acho que o Lula, no campo diplomático, tem criado problemas em cima de problemas.Basta acompanhar os noticiários. Essa dele não participar de cerimônia em homenagem ao líder sionista e, conforme informação, deverá depositar flores no tumulo de Arafat, criará um problema e tanto ao Brasil.

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  5. Um presidente ignorante já é um problema. E ainda assessorado por dois notórios diplomatas completamente alinhados com o que tem de pior no mundo só pode dar confusão.

    Tomara que eu esteja enganado...

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  6. Basta ler isto aqui FM, para se saber:
    http://www.haaretz.com/hasen/spages/1156573.html

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  7. @anônimo

    Você tem vários meios de me convencer do contrário (não sou uma verdade absoluta), mas agindo como 'um fantasma' ou como 'um anônimo" escolheu a pior opção.

    Não me convenço.

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  8. Neto,

    Seja qual fosse o apelido que fosse usado, seu retorno não seria diferente. Sim, por que na net o que é mais comum é o uso de codinomes, e o anonimato, ainda que parcial, não é mesmo?
    O primeiro palito de fósforo foi descrito pelo Ronald.
    Teremos outros, creia.

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  9. Fábio, sobre o tema em si, pois antes só citei um link, digo que não penso que há ousadia, nem que foi inteligente, talvez oportuno.

    As vezes tem-se que aproveitar a oportunidade, não significa que será bem aproveitada!

    E, penso que esta equipe diplomatica, talvez não saiba aproveitar a oportunidade para obter o melhor do Irã, e também o melhor de Israel.

    Poucos na história souberam aproveitar os lados tão opostos e heterogenios, belicosos, indispostos e com tantos elementos discordantes.

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  10. @anônimo

    Difícil acreditar em qualquer coisa que um sen nome me diga.

    Desculpe amigo (ou amiga) a internet não me basta.

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