9 de fev. de 2009

MORAL NENHUMA


Parodiando a Miriam Leitão em O Globo neste fim de semana, é sintomático constatar que nos EUA 3 indicados por Barack Obama foram impedidos de assumir cargos públicos porque não declararam corretamente seu imposto de renda, enquanto que, no Brasil, descobriu-se que o corregedor da Câmara dos Deputados possui um castelo avaliado em R$ 21 milhões, sem jamais ter declarado um centavo sobre ele!

Menos mal que renunciou ao cargo.

Agora, sejamos sinceros:

Ninguém mais tem moral para absolutamente nada no Congresso, muito menos nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores.

O legislador brasileiro é o mais caro do mundo.

Na Gazeta do Povo, também neste fim de semana, verifiquei que tem vereador no Brasil que ganha mais que deputado em país europeu. E mais do que isso, cada parlamentar brasileiro, seja ele de Rio Branco do Sul/PR, seja ele Senador da República, tem direito a uma penca de assessores de coisa nenhuma, mormodias, auxílios de todo o tipo, etc...

E para quê?

Para nada. O legislador brasileiro é improdutivo e, quando legisla, é precário e demagógico. Para o leitor ter uma pequena idéia, o Código Civil promulgado em 2002 foi discutido desde 1973. Quando finalmente aprovaram o projeto Miguel Reale (vejam bem, eles trabalharam sobre um projeto montado por uma equipe de juristas capítaneada por um dos maiores ícones do Direito nacional), o fizeram com erros crassos de linguagem técnica-jurídica (confundiram prescrição e decadência, por exemplo) e em alguns artigos incorreram em absoluta falta de lógica.

Sem contar os problemas morais, como o grande número de parlamentares envolvidos em processos-crime, casos de corrupção e delitos eleitorais.

O Brasil paga caro pelos piores legisladores do mundo. Mais que isso, paga caro para que gente imoral e desonesta fiscalize as contas públicas.

E não é a renúncia do corregedor pego com a mão na massa que vai melhorar esse quadro.

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