15 de jan. de 2008

QUANDO SÃO PAULO FICA IGUALZINHA A RIO BRANCO DO SUL/PR.

UOL/Agestado:
Alencar estuda ajuda a Kassab para enfrentar chuvas em São Paulo



Todos os anos, em meados de janeiro, é a mesma coisa. São Paulo alagada, as TV(s) fazendo alarde e entrevistando gente aos prantos informando que perdeu tudo, políticos em polvorosa com pires na mão pedindo dinheiro e uns até exigindo a criação de impostos para atacar o problema (já ouvi gente dizendo que enchente é problema de saúde, e a panacéia para isso é, claro, CPMF).

E fica o tititi por uns dias até que chega o carnaval, daí o assunto é esquecido até janeiro do ano seguinte.

O engraçado disso, é que todo o ano é a mesma coisa aqui em Rio Branco do Sul, no Paraná.

A demagogia come solta. Tanto em Rio Branco do Sul quanto em São Paulo as prefeituras preferem fazer obras caríssimas (com padrões proporcionais, bem dito) do que, por exemplo, exigir dos habitantes, mediante multa e processo criminal se necessário for, que façam coisas simples como não jogar lixo nos rios e não construir a mais do que o permitido em lei para cada área de zoneamento, preservando a permeabilidade do solo e diminuindo o risco de enchentes.

É a tal coisa, não haverá solução para o problema de ambas as cidades, se não se atacar o fator humano envolvido na questão, com reintegração de posse, demolição completa e preservação permanente de áreas de ribeirinhas invadidas por favelas, além, claro, de fiscalização severa sobre pseudo-cidadãos que não observam a necessidade de prevervar jardins ou de gerenciar melhor o seu lixo para evitar que toda uma comunidade (no caso de São Paulo, uma mega-hiper comunidade!) seja prejudicada.

Tanto em São Paulo, quanto em Rio Branco do Sul, os políticos evitam fazer coisas que impliquem fazer o povão se coçar, como impedir que ele construa e invada o que bem entenda, e jogue lixo onde quiser, porque quem faz as coisas desse jeito é justamente quem vende seu voto em troca de chinelo e cesta básica.

Eu até consigo entender que isso aconteça aqui em Rio Branco do Sul, onde o primeiro requisito para um político ter sucesso é não saber nem falar, que dizer escrever.

Mas em São Paulo? A maior cidade da América do Sul, o centro econômico, financeiro e cultural de um continente inteiro, terceiro orçamento do país, terra natal de pelo menos meia dúzia de ex-presidentes da república?

O fato é que São Paulo é administrada absolutamente do mesmo jeito que uma cidadezinha de políticos analfabetos, distante 30 km de Curitiba.

Os políticos de São Paulo precisam compreender a grandeza e a importância da cidade, e tratar de transmitir isso a seus eleitores.

Sem isso, todos os anos, pela eternidade, haverá enchentes... e isso só faz felizes os diretores dos jornais da Rede Globo, que sabem que captar lágrimas de desgraçados aumenta a audiência!

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