10 de ago. de 2009

XÔ, SARNEY!



O DO promove hoje uma blogagem coletiva, pedindo a renúncia ou cassação do senador José Sarney. Penso que ele não renunciará e tenho certeza que não será cassado, mas faço o coro.

José Sarney foi o pior presidente da história deste país. Depois apoiou os governos Itamar, FHC e Lula, sempre mantendo-se no centro da influência política e se beneficiando disso sem a mínima relação de ideologia e compatibilidade de projetos para o país. Ele exerce o poder pelo poder e faz isso cooptando os presidentes covardes deste país.

Também devo ressaltar que é vergonhoso um Conselho de Ética escolhido por um acusado de irregularidade, como o que aconteceu recentemente. Quando um órgão julgador é escolhido assim, no momento em que deve ser acionado, ou ele é de exceção ou é de conveniência, ou seja, em qualquer caso, é uma afronta à democracia. Se por exemplo o Conselho de Ética fosse formado pelos líderes de partidos com representação na casa, pelo menos haveria um critério anterior ao fato que se pretende julgar. Mas não, os senadores José Sarney e Renan Calheiros simplesmente constituíram o conselho que acharam mais conveniente para o momento.

Mais do que isso, é aviltante à democracia que 1/3 dos senadores sejam suplentes e jamais tenham tido sequer um voto, como é revoltante saber que por conta de centenas de atos afrontantes à coisa pública chegou-se a essa crise e a partir dela o Congresso Nacional está paralizado.

Ando cansado de investigações e CPI(s), todas inúteis. Ando de paciência esgotada com uma classe política que nada mais faz senão administrar os próprios mesquinhos interesses. Ando cansado de ver políticos trampolinarem de partido em partido e de ideologia em ideologia.

Para qualquer pessoa com o mínimo bom senso, se Fernando Collor e Luiz Ignácio Lula da Silva criticaram e fizeram comícios e passeatas contra José Sarney, eles não têm o direito nem a moral de hoje serem seus aliados e vice-versa. E o mesmo vale para as traições de Collor contra Renan Calheiros ou os acintes praticados pelo PT contra todos eles.

Como Sarney não largará o osso, pelo menos deixo aqui meu desabafo. Quero que os políticos passem a ter OPINIÃO, e não se prostituam mais apenas para gozar do poder pelo poder.

5 de ago. de 2009

EPIDEMIA DE ALCOOLISMO


A foto é de "O Globo" e nela, as pessoas abraçadas choram a morte de um ente querido, ocorrida num acidente causado por indivíduo alcoolizado.

Leia aqui.

Além de destruir famílias e diminuir a capacidade de aprendizado e trabalho de uma legião de pessoas, a epidemia de alcoolismo gera um custo colossal direto para o sistema de saúde, que certamente não é compensado pelos impostos pagos pela indústria em questão.

Dinheiro que seria utilizado para melhorar exames e o fornecimento de remédios, é carreado para o tratamento de alcoólatras cada vez mais jovens e, em prontos-socorros, para cuidar dos envolvidos em acidentes de trânsito e violências domésticas, casos que decorrem em sua maioria por excesso de álcool no organismo do autor dos delitos.

É preciso endurecer a legislação ao mesmo tempo em que se faz necessário acabar com a glamurização do ato de beber, para tirar essa falsa idéia de alegria associada a ele e causar tamanhos gravames à vida do delinquente, não para que ele largue o vício, porque isso não se consegue por sentença, mas para que ele vire exemplo negativo.

Sugestões:

1. A drástica limitação de publicidade do álcool, tal qual a que existe para o cigarro. Há quem diga que fazer isso só beneficia o radicalismo político de quem pretende uma mídia calada. Por óbvio que os chefões da mídia alegam a perda de receita a que serão submetidos, o que comprometeria sua independência editorial, mas esse é um argumento falho, que já foi levantado na guerra ao cigarro, quando se comprovou que os anunciantes perdidos são substituídos por novos produtos. Hoje, o cigarro não faz falta alguma aos órgãos de mídia;

2. Na condenação por crime de trânsito decorrente de abuso do álcool, o autor deve perder o direito ao auxílio previdenciário por incapacidade (se a adquiriu no acidente);

3. O condenado por crime de violência doméstica associada ao álcool deve perder o pátrio-poder sobre a prole e ficar sujeito a divórcio facilitado, com determinação imediata de obrigação alimentar;

4. Em ambos os casos, o autor deve ser condenado a ressarcir aos cofres públicos pelos danos que causou, inclusive os custos médicos, tendo seu nome lançado no CADIN até que pague tal dívida;

5. O condenado por fornecimento de álcool a menores de idade deve ser impedido de exercer a atividade mercantil.

Não tenho nada contra quem bebe socialmente. Aliás, da minha parte o indivíduo pode tropegar de bêbado o quanto quiser, conquanto não gere prejuízos a terceiros. Mas uma vez causando-os, assuma consequências reais e graves.

EU JÁ SABIA!

Olhem aí, notícia do Estadão, com comentário do próprio Ricardo Teixeira:

CBF revela uso de dinheiro público nos estádios da Copa

Esses oito estádios públicos certamente receberão dinheiro público do grosso para sofrerem as reformas que praticamente exigem que sejam reconstruídos. Disso eu já sabia, porque, afinal, não existe interesse privado na construção de estádios no Brasil, salvo uma ou outra exceção.

Mas ao mesmo tempo, haverá linha de crédito do BNDES para os estádios privados. Ou seja, TODA a verba sairá do dinheiro público e provavelmente a fundo perdido, tal qual aconteceu com os Jogos Panamericanos.

CRISE:

Os "aliados" de Sarney, que também são do governo, porque o maranhense tem o apoio até de petistas como Idelli Salvatti, já cantam o arquivamento das denúncias no conselho de... "ética"... escolhido a dedo por Renan Calheiros. Pizza!!!

Editorial de hoje, do Estadão:

O fermento da podridão

3 de ago. de 2009

QUEM SÃO ELES PARA FALAR DE SIMON?

Pedro Simon, como qualquer político brasileiro, tem defeitos e não é flor que se cheire.

Há quem fale mal dele por vários fatos passados, mas sua atuação no Senado sempre foi marcada pela defesa intransigente do combate à corrupção endêmica que deságua nos privilégios torpes escamoteados por atos secretos em favor de uns poucos oligarcas, basta ver sua atuação nos casos Jáder Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e agora, com José Sarney.

Entre ele, e as figuras nefastas de Renan Calheiros e Fernando Collor, mesmo com seus muitos defeitos, prefiro Simon, que não foi apeado da presidência da casa sob uma chuva de acusações e uma torrente de mentiras comprovadas à própria familia e até à amante, e nem cassado por corrupção pelo Congresso Nacional.

Sem contar que Collor traiu Renan, que foi para a oposição quando aquele votou abertamente em Divaldo Suruagi numa eleição para o governo de Alagoas, em que o presidente tinha empenhado sua palavra no apoio ao atual colega senador.

Simon não se elegeu malhando José Sarney para depois ir beijar-lhe a mão, como fez Fernando Collor. E também nunca esteve do lado do entreguismo peemedebista, cuja maioria dos integrantes, especialmente Calheiros e Sarney, preferem esquecer o passado de ofensas e acusações praticadas pelo PT, para aderir ao seu governo de modo patético e vergonhoso.

Nem Collor, nem Calheiros, tem estofo para atacar Simon, do mesmo jeito que não têm para a defesa de Sarney. Suas atuações parlamentares são pífias, fisiológicas e marcadas pelo adesismo cego ao governo da vez, jogando no lixo qualquer resquício de ideologia e coerência para se manterem sempre no centro do poder.

VISUAL NOVO

Há algum tempo eu imaginava mudar o visual do blog, privilegiando imagens da minha autoria. Hoje, com a ajuda do meu irmão Sandro, que foi quem montou as novas vinhetas, consegui.

Até que o resultado ficou bom, o que acham?

Existe um significado em cada imagem que você vê na tela de cabeçalho. No centro, a bandeira nacional, porque sigo os ensinamentos do grande Barbosa Lima Sobrinho, que nunca escreveu nada que não fosse em defesa do Brasil. A imagem de Vila Velha, uma homenagem ao estado do Paraná, o Museu Oscar Niemeyer homenageando minha querida Curitiba, o Vô Coxa e a predominância de verde em homenagem ao Coritiba Foot Ball Club e o mar, aquela tranquilidade que toda pessoa almeja um dia alcançar e as lembranças das minhas viagens, que as vezes compartilho aqui com vocês.

SERÁ QUE ESTOU ENGANADO?

O tal "Conselho de Ética" foi escolhido a dedo por José Sarney e Renan Calheiros. Seu presidente é um indivíduo que nunca teve sequer um voto, alçado à casa por acaso e favor, louco para retribuir tanta bondade do destino, se é que o leitor me entende.

Arrisca livrar a cara do maranhense e ferrar com os acusados da oposição, como Arthur Virgílio que pagará a conta do enfrentamento aos "capos" em face do seu telhado de vidro, afinal, estamos falando de políticos que, na essência, são todos iguais.

Duvido que José Sarney renuncie. E se renunciar, no máximo será à presidência, não largará o cargo de senador para voltar ao Maranhão.

Agora, pouco efeito prático teria uma renúncia assim. O próximo presidente da casa seria alguém indicado pelo próprio Sarney, como Renan Calheiros, porque não? Não esperem que o cargo seja ocupado por um Jarbas Vascincelos ou Pedro Simon, isso não vai acontecer.

E mais do que isso, há um verdadeiro manancial de denúncias que ainda pode ser explorado tanto contra senadores da "base aliada" quanto em relação aos da dita oposição.

Qualquer que seja o novo presidente, é provável que o Senado continue paralizado e que continue em curso o processo de golpe capitaneado pelo PT, cuja indisposição com o presidente Lula não foi gratuita, foi milimetricamente pensada no sentido de acabar com a casa e facilitar a aprovação de emendas constitucionais de cunho eleitoreiro e tributário, sendo a primeira a volta da CPMF.

Será que estou enganado?

31 de jul. de 2009

LULA ABANDONOU O NAVIO NA NOVELA

É engraçado constatar as muitas emoções que os seguidores cegos do presidente têm tido nos últimos tempos. Até semana passada eles defendiam José Sarney alegando que as denúncias contra ele eram uma tentativa de golpe contra o governo.

Agora que o presidente disse que o problema não é dele, e que parte do PT demonstrou-se desconfortável com aquele apoio entusiástico do presidente à biografia do maranhense e defendendo inclusive o verdadeiro golpe, a extinção do Senado, estão sem desculpa, pelo menos temporariamente.

Até que ponto isso afeta a candidatura Dilma? Será que Sarney e Renan vão se voltar contra o "amigo" Lula e apoiar Serra? Será que o PMDB lançará um candidato próprio na tentativa de se apossar do Brasil de vez? Será que os tucanos resistirão ao charme do bigode e da cara lisa de pau peemedebista? Será que foi tudo engendrado pelos petistas para acabarem com o Senado e facilitarem alterações constitucionais num eventual governo Dilma?

Aguardem cenas dos próximos capítulos. Enquanto, isso, riam dos lulistas, porque eles merecem, vez que acham que Lula é ao mesmo tempo político e santo, coisas incompatíveis!

29 de jul. de 2009

LIDERANÇA SE CONQUISTA, NÃO SE COMPRA


O Marcus Mayer e o Neto fizeram ótimos comentários no post anterior, sobre a suposta liderança que o Brasil quer ter na América Latina, o que seria uma espécie de justificativa para essas concessões absurdas feitas para Bolívia e Paraguai nas questões do gás e de Itaipu.

O Brasil tem pretensões de, numa eventual modificação dos estatutos da ONU, virar membro permanente do Conselho de Segurança. Por esta razão, busca consolidar uma imagem de liderança sobre países pobres e não desenvolvidos, como forma de compensar sua absoluta falta de poderio bélico e sua insignificância como coadjuvante que é da corrida tecnológica e do comércio global, mesmo contando com os recursos naturais mais abundantes do planeta, pouco e mal utilizados em função da péssima qualidade de seu sistema educacional e dos gastos públicos, que corróem qualquer programa desenvolvimentista.

Eu penso que a estratégia brasileira é até interessante, mas equivocada, porque liderança se conquista, ela não é comprável como parece entender o Itamaraty de Celso Amorin e a Presidência da República sob a assessoria de Marcos Aurélio Garcia.

Se Bolívia e Paraguai querem discutir os termos de tratados sobre o gás e Itaipú, é direito deles desde que observem os instrumentos legais necessários.

Mas o Brasil nem aguardou eles recorrerem às instâncias cabíveis e em nome dessa suposta liderança e fez concessões sem maior esforço, e, pior, sem critério.

As refinarias na Bolívia forem entregues pelo preço estipulado pelo governo de Evo Morales e a compensação pela energia de Itaipu (se aceita pelo Senado) com o uso de recursos do Tesouro Nacional em detrimento a um crédito que o Brasil detém por ter construído a usina sozinho. E ninguém deu murros na mesa e o Itamaraty não engrossou a discussão ao ponto de, no caso paraguaio, ter se falado que o acordo saiu com vias a possibilitar ao senhor Fernando Lugo mostrar algum serviço ao seu eleitorado, cansado de falácias e da constatação que ele, bispo, foi imoral e desumano ao fazer filhos e abandoná-los à própria sorte, coisa que um cristão de verdade não faria.

Ou seja, para consolidar uma "liderança" o Brasil baixou a cabeça para o pleito boliviano e deu uma esmola para o Paraguai na tentativa de salvar a cabeça do seu presidente. Tudo o que um líder não pode fazer, tudo o que alguém que pretende ser líder de algo deve evitar, que é a desmoralização e o favor, ao contrário da negociação franca, aberta e legal e a defesa do bom senso.

O Brasil está cometendo o erro de comprar uma liderança, prometendo ajuda humanitária para países pobres quando não cuida direito nem dos miseráveis daqui, não lhes dando oportunidades de estudar, saúde e segurança pública. E por esta razão é tratado como um "nouveau rich" que dá as caras no churrasco da lage da favela: paga tudo, ganha tapinhas nas costas e é mal falado tão logo saia do recinto.

Liderança se conquista, não se compra.

26 de jul. de 2009

A DIPLOMACIA TORTA DO PRESIDENTE LULA

Sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso tínhamos um líder que teimava em enfrentar todos os problemas com aumentos de impostos, taxas e juros. O negócio era sempre atacar o bolso dos brasileiros e sair bonito na foto como o salvador do país.

Agora, vemos um fenômeno parecido quando o assunto é política externa.

O presidente Lula gosta de posar como líder dos países pobres e por esta razão trata todos os problemas externos do Brasil sob a ótica da ajuda humanitária e para isto, abre os cofres do Tesouro Nacional e, por consequência, prejudica a nós, contribuintes, fazendo mesuras na forma de ajudas em dinheiro ou mesmo revisões de contratos e tratados.

Além do apoio velado e quase cínico para ditadores africanos como Robert Mugabe e Muhamar el Khadafi, Lula se deixou humilhar por Evo Morales e Hugo Chaves no episódio do gás boliviano, em que inobstante a necessidade de preservar o fornecimento, o que poderia ser resolvido apenas com aquele draconiano aumento de preço, o Brasil praticamente doou duas refinarias pagas com o dinheiro da Petrobrás (e, portanto, embutido nos altíssimos preços de combustíveis do país e no impostos que pagamos) sem fazer menção à mínima resistência.

E semana passada repetiu a dose, aceitando as pressões paraguaias (país governado por um demagogo apoiado na surdina pelo ladrão Hugo Chaves) e deixando no ar a incógnita: Quem pagará pelo acréscimo de preço da energia elétrica de Itaipu?

O fato é que tanto faz se o acréscimo será suportado pelo Tesouro Nacional ou pelo aumento de tarifa interna, porque em ambos os casos, é o contribuinte brasileiro que pagará a conta, enquanto o senhor presidente posa de pai dos pobres da América Latina, fazendo o jogo político sujo de governantes que desrespeitam tratados e contratos internacionais ao mesmo tempo em que colam no Brasil a imagem de imperialista e opressor a fomentar a miséria de seus vizinhos.

Que eu saiba, diplomacia implica defender intransigentemente os interesses do seu país. É assim nos EUA, na Rússia, na Coréia do Norte e até mesmo no Paraguai e na Bolívia.

Mas aqui no Brasil, não.

Aqui, desde 2003, a diplomacia é a arte de doar recursos próprios para países corruptos, liderados por caudilhos de verniz esquerdopata, a discursarem sempre falando dos pobres e dos oprimidos, como se essa preocupação com miseráveis vá além da manutenção de seu próprio poder.

Não há justificativa nenhuma para deferir ao Paraguai um preço diferenciado para a energia de Itaipú. O Brasil construiu a usina praticamente sozinho e o tratado é claro, informando que isso é compensado por uma política tarifária vigente por 5 décadas, após o que, o Paraguai faz da sua parte o que quiser, pois efetivamente torna-se dono do empreendimento.

Sob a diplomacia frouxa do governo Lula, um demagogo como Lugo impôs ao contribuinte brasileiro mais uma despesa. Nos resta torcer que, pelo menos, ela gere algum resultado social positivo no país vizinho, o que, porém, é improvável se considerarmos o histórico do lado de lá do Rio Paraná.

25 de jul. de 2009

IMAGENS DO CORITIBA - 2


Fora de Curitiba, pouca gente sabe o por quê do nome Coritiba e do apelido Coxa-Branca, ao identificar o alvi-verde paranaense.

O nome é explicado porque na data de fundação do clube a cidade chamava-se Coritiba, segundo consta em razão do moralismo de um prefeito da época, que não se conformava com a primeira sílaba da palavra de origem indígena. Ademais, o clube foi batizado inicialmente com o nome Coritibano Foot Ball Club, mudado logo após para não confundir com o tradicionalíssimo Clube Curitibano.

De qualquer modo, a mudança posterior no nome da cidade não afetou o nome do clube que, assim, é grafado com o "o", o que causa alguma confusão, principalmente nas transmissões de TV, vez que a Rede Globo preocupa-se apenas com história dos clubes do eixo Rio-SP.


Já o apelido Coxa-Branca é parte da própria formação da identidade dos alvi-verdes.

Na década de 40, durante a guerra e pouco depois dela, o Coritiba ainda era um clube da colônia alemã em contraposição ao seu rival rubro-negro, que embora com fortes ligações com a colônia italiana, já admitia gente de outras raízes, se bem que anos depois o Coritiba foi o primeiro do Paraná a admitir negros no clube e no time.

Pois bem, nessa época jogava no Coritiba o zagueiro Hans Egon Breyer, cujo nome e a cor da pele denunciavam as origens germânicas.

E num jogo no estádio da Baixada, um dirigente do rival, Jofre Cabral e Silva, provocava o zagueiro chamando-o de quinta coluna coxa-branca, xingamento pesado a denunciar suposto colaboracionismo com os nazistas, embora era sabido que a torcida do Coritiba já era formada em maioria por brasileiros (mesmo de origem germânica) seriamente comprometidos contra o horror dos crimes políticos europeus.

Mas como acontece muito no futebol, o que no início soou gozação ofensiva, acabou caindo no gosto dos torcedores, de modo que pegou e virou marca registrada do clube, para desespero do dirigente do rival, cuja lingua afiada só ajudou a moldar a identidade e fortalecer o adversário.

A Mancha Verde, que não é uma torcida organizada no mau sentido da expressão, vez que se trata de uma confraria de amigos Coxas-Brancas que nunca se envolveu em confusões e violência, têm homenageado com faixas os grandes ídolos do passado Coxa-Branca, entre eles, o craque do passado que moldou o apelido que hoje se confunde com o próprio clube. Também têm sido homenageados o "flecha-loira" Krüger, Zé Roberto, Cleber Arado, Alex, o ex-presidente Evangelino da Costa Neves e o time de 1985. Faltam ainda outros ícones da história do clube, como Aladim, Pachequinho e Fedato, mas conhecendo o pessoal da Mancha, sabemos que é questão de tempo.

Neste ano de centenário marcado pela preocupante campanha em campo, nós, os Coxas, não deixamos de celebrar o passado e lembrar dos homens que forjaram a história de nossas tradições.

Vida longa ao Coritiba Foot Ball Club, sempre lembrando de guerreiros imortais como Hans Egon Breyer!

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...