7 de jan. de 2010

E CHOVE!


Basta olhar os jornais de anos anteriores que qualquer pessoa constata que é natural que em janeiro e fevereiro o Brasil sofra com problemas decorrentes das chuvas em excesso.

E ninguém se preocupa em apurar a efetiva responsabilidade pelas mortes de pessoas e pelos danos materiais que em última análise, acabam sempre suportados pelo Erário, ou seja, pelo dinheiro dos impostos que todos pagamos na carga tributária mais injusta do planeta.

Irresponsáveis constróem seus barracos ou suas mansões em áreas proibidas usando de algum pistolão (um vereador, um deputado, uma gorjeta para o funcionário certo), pessoas sem educação e cultura jogam lixo por todos os lados pouco se importando com o que ele vai causar e políticos cedem aos "lobbies" autorizando o uso irregular de áreas de altíssimo risco confiando sempre no esquecimento do povão.

Mas entra ano, sai ano, mesmo com o número de mortes aumentando, mesmo com a gravidade dos acidentes em alta, o que se constata é que na chegada do carnaval ninguém mais fala do assunto e a vida volta ao normal.

A culpa é sempre atribuída à força maior, à chuva ou a Deus. Os mortos são enterrados e as demais vitimas recebem alguma esmola para calar a boca. E nada mais se faz nem se diz, até que as chuvas cheguem novamente e voltem a causar estragos, manchetes de jornais e matérias sensacionalistas nas TV(s).

Mas só até a primeira passista pisar na Sapucaí...

9 comentários:

  1. A grande maioria dos políticos não querem se aproximar das calamidades por que não querem ter sua imagem associada à elas, e oas desastres (caso do governador do Rio, Sérgio Cabral, que num rompante de insensibilidade extrema, passou horas bem longe das mortes ocorrendo em Angra). Isto tudo é fruto de uma ideia que, ser uma autoridade hoje no Brasil, serve apenas aos interesses pessoais de cada um e não ao desenvolvimento verdadeiro de sua região, ou às necessidades de sua população.

    Pobres, leigos e 'a massa' só devem ser lembrados quando é para adquirir votos, ou quando surgem na imprensa televisiva casos mais extremos de suas vidas que deve ter uma providência.

    Eu estou indignado com a atitude do Cabral diante do que ocorreu no Rio, e pior ainda, é a de eu saber que os cariocas ainda irão votar nele de novo para reeleição.

    Que sociedade é essa, meu deus!!!

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  2. É bem isso Neto.

    Temos governantes, mas não temos líderes.

    Existe hoje em dia um revisionismo sobre a figura de Winston Churchill. Dizem que ele era bufão e irresponável, mas esquecem de dizer que ele estava com o povo no momento da maior tragédia daquele país. Ele não fugiu, preferiu estar associado à tragédia do que confortavelmente evitar o confronto, como seu antecessor Neville Chamberlain.

    Isso se aplica bem ao Brasil, mas ao contrário. Por aqui, ficar do lado do povo nas tragedias é vergonha.

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  3. O Brasil tem 190 milhões de habitantes, muitos dos quais vivendo em condições de miséria quase absoluta, construíndo suas moradias em locais sem condições. Nessas circunstâncias parece ser normal e banal que essas tragédias ocorram. O Estado não fiscaliza nem mesmo os bens públicos (vejam a ponte que caiu em Agudo no RS). O Brasil precisa mesmo é de organização, este país é uma bagunça. Convivemos com as tragédias de longe, nas telas da TV, nas notícias dos jornais, nas fotos de internet, mas um dia ela pode bater na nossa porta, porque elas estão ao nosso redor.

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  4. Concordo plenamente, Carlos

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  5. É cruel a realidade, porém, eles são beneficiados em nestes momentos, pois se passam por beneficiadores dos pobres e calamitados... doam e enviam tijolos, cimento, areia, ... eles ganham mais remediando do que ganhariam previnindo.

    - Quem é que irá lembrar e saber que por ele ter feito tal obra se evitou tal catastrofe?

    - Reparar o que foi destruido se gasta mais, e também, é facilita desvios, pois, é mais complicado reformar do que construir, pois, para contruir, primeiro de planeja, orça, etc.

    - É impopular impedir contruções, embargar projetos, desalojar, desapropriar, idenizar, etc.

    - Atender e estar perto das vítimas, por estranho que pareça, pode passar uma idéia de estar sempre perto do necessitado...

    Tem mais, porém, não escreverei nos comentários uma tese... não é?

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  6. Oi Fábio, tudo bem?

    Como vc salvou os comentários? Qual foi o seu passo?

    Aqui nao chove, cai é muita neve e amanha já nos disseram que ficaremos ilhados. Já fiz as compras para o fim de semana, amanha só saio a pé para brincar na neve, rs.

    Feliz Ano Novo!

    Abracos

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  7. Fábio eu que recentemente conheci São Luiz do Paraitinga e achei a cidade linda com toda aquela história preservada quando vi que praticamente desapareceu me deu uma tristeza misturada a muita raiva desse nosso (des)governo que sai ano e entra ano nada faz para minimizar essa calamidade.
    Forte abraço!

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  8. Anônimo8/1/10 22:40

    Não saio de casa sem guarda chuva é de lei aqui em sp.
    Big Beijos

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  9. Ro,

    É triste que agora, irresponsabilidade está atingindo até o patrimônio histórico da nação.

    Imaginemos uma situação extrema (e improvável, apenas a uso para exemplo) de que ocupações irregulares causem acidentes que impeçam a visitação ao Cristo Redentor? Será que então as autoridades passarão a agir?

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