21 de nov. de 2007

BASE ALIADA

PMDB ameaça criar novas dificuldades para Lula.
No blog do Josias de Souza, Folha de S.Paulo


A matéria aí em cima, dá conta que o PMDB, liderado por Orestes Quércia, discutirá numa reunião em Curitiba o "descolamento" em relação ao PT, o que significa que essa é uma tese que tem a simpatia do também "aliado" Roberto Requião, que não deixaria uma pauta assim ser discutida aqui na capital do Paraná sem algum interesse nela.

O governo Lula paga pela estupidez do PT que trata a "base aliada" como um conjunto de serviçais, e que começou a discutir o golpismo do terceiro mandato por conta própria, inclusive contando com a cara-de-pau do presidente da Câmara, que deixou a proposta ser desarquivada mas declarou que não sabia dela. Ao mesmo tempo em que a proposta adulatória afagou o ego do presidente, acendeu luz vermelha em setores da base aliada, que contavam com o apoio dele para levar o PMDB à presidência em 2010, o que desencadeou o endurecimento de relações, inclusive nas negociações da CPMF.

Interpreto isso como um aviso ao governo sobre o PT e sua sanha de se manter no poder. A "base aliada", especialmente o PMDB, sonha em fazer o presidente, por mais que setores radicais do PT achem ter direito natural à cabeça de chapa.

Minha opinião é sabida. Fui contra a regra de reeleição e sou contra a regra de uma segunda reeleição. Mas principalmente, apesar de ser oposição, não aceito e nem aguento mais essa discussão sobre o mandato do atual presidente, basicamente porque ele atrapalha a governabilidade. Lula assumiu neste 2007 e já há urubus falando em 2010, como se não existissem, ainda, 3 anos de trabalho pela frente.

Quem gosta de estudar história, pode conferir o que acontecia nos tempos da República Velha quando, mal eleito um presidente, já se discutia sua sucessão. Deu no que deu, e não foi nada bom.

A persistir essa bobagem de terceiro mandato, arrisca o governo ficar sem a reeleição e sem apoio parlamentar, que já é precário.

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