3 de ago. de 2010

PUBLICIDADE INFANTIL: NÃO!

MANIFESTO pelo fim da publicidade e da comunicação mercadológica dirigida ao público infantil

Em defesa dos diretos da infância, da Justiça e da construção de um futuro mais solidário e sustentável para a sociedade brasileira, pessoas, organizações e entidades abaixo assinadas reafirmam a importância da proteção da criança frente aos apelos mercadológicos e pedem o fim das mensagens publicitárias dirigidas ao público infantil.

A criança é hipervulnerável. Ainda está em processo de desenvolvimento bio-físico e psíquico. Por isso, não possui a totalidade das habilidades necessárias para o desempenho de uma adequada interpretação crítica dos inúmeros apelos mercadológicos que lhe são especialmente dirigidos.

Consideramos que a publicidade de produtos e serviços dirigidos à criança deveria ser voltada aos seus pais ou responsáveis, estes sim, com condições muito mais favoráveis de análise e discernimento. Acreditamos que a utilização da criança como meio para a venda de qualquer produto ou serviço constitui prática antiética e abusiva, principalmente quando se sabe que 27 milhões de crianças brasileiras vivem em condição de miséria e dificilmente têm atendidos os desejos despertados pelo marketing.

A publicidade voltada à criança contribui para a disseminação de valores materialistas e para o aumento de problemas sociais como a obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, violência pela apropriação indevida de produtos caros e alcoolismo precoce.

Acreditamos que o fim da publicidade dirigida ao público infantil será um marco importante na história de um país que quer honrar suas crianças.

Por tudo isso, pedimos, respeitosamente, àqueles que representam os Poderes da Nação que se comprometam com a infância brasileira e efetivamente promovam o fim da publicidade e da comunicação mercadológica voltada ao público menor de 12 anos de idade.

Para assinar o manifesto, acesse este site AQUI.

PS.: Este blogueiro também defende a proibição total da publicidade de TV, rádio e internet (salvo em canais para adultos, acessados mediante senha) para bebidas alcoólicas, especialmente quando associadas à alegria, ao sucesso com o sexo oposto, à inteligência ou ao alto desempenho esportivo. A pior das drogas que atinge o jovem brasileiro é o álcool e mais especificamente, a cerveja, cujo consumo tolerado por menores de idade os encoraja a experimentar drogas mais fortes. Trata-se de outro aspecto do mesmo problema, a publicidade que busca atingir o público jovem, com intelecto ainda em formação.

6 comentários:

  1. Não por ser do mercado, mas não assino porque não aceito essa "tiração da reta" que o pessoal da minha e da sua geração tem feito quanto aos seus filhos.

    Educação não é responsabilidade da publicidade, da creche, da avó, da tv.

    É dos pais que colocam filhos no mundo como mudam de empregos, trocam de carros, fogem de suas responsabilidades. Nós crescemos com publicidade e até onde vai a nossa sapiencia, somos normais, ou não? O que não nos faltou, falta pra essa gente: criação de verdade. É dos pais que estão aqui em ócio produtivo ao invés de trocarem um sorriso e um dialogo com seus filhos.

    O argumento do artigo acaba em si pois uma vez que 27 milhoes vivem em condição de miseria, não são atingidas pelo marketing. A publicidade, ao contrario do jornalismo, é auto regulada e costuma ter bom-senso, o que tem faltado aos pais dos nossos tempos.

    abraço!

    ps, do anterior: estou curiosíssimo para ver como os candidatos vão atuar [literalmente] no debate da Band.

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  2. Tony,

    Você tem razão quando diz que os pais não educam. Não educam mesmo, hoje em dia todo mundo acha que a tarefa é para outra pessoa (a escola, os avós, etc...).

    No entanto, ainda sou favorável a regulamentar a publicidade que atinja crianças, porque os pais adotaram as TV(s) como baby sitter e as escolas de hoje em dia, com suas festas juninas fashion e suas comemorações quase diárias de alguma porcaria, não estão formando cidadãos, mas consumidores pelo simples consumo...


    ...que os pais merecem uma reprimenda, concordo. Mas nao custa dar uma forcinha para os bons valores e direcionar a publicidade para os adultos.

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  3. Estou de acordo com ambos comentários mas também acho que a publicidade direcionada ao público infantil deveria ser mais branda....

    Abraços e vou assinar

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  4. Não sei não Fábio, não conheço o assunto mais proibir é sempre perigoso. É duro saber que nem todos tem bom senso, são pais responsáveis e sabem alertar as crianças. O alcool por exemplo, quem quer beber vai beber com ou sem propaganda.

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  5. Zé,

    Nessa linha de pensamento, se poderia ao menos regulamentar melhor... as propagandas para crianças andam consumistas demais... é certo que propaganda tem por finalidade o consumo, mas estamos criando uma geração de neuróticos preocupados demais como ter, e de menos com o ser.

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