No município de Campo Largo, distante 30 km de Curitiba, encontra-se a Estância Hidromineral Ouro Fino, de propriedade da empresa de águas minerais do mesmo nome.
A captação de água mineral dá-se na fonte, de modo que sua industrialização deve ser no mesmo local. E observando rigorosos requisitos ambientais, ao mesmo tempo a empresa mantém uma área verde lindíssima, bem cuidada e à disposição do público.
Conheci o local quando criança e o visitei recentemente, atestando que pouca coisa mudou, continuando um lindo parque, de mata preservada de Araucárias.
No lugar há churrasqueiras, parques infantis, piscinas de água mineral (geladíssimas mesmo no verão), um pequeno zoológico, trilhas com cachoeiras, um pequeno restaurante e capela, além, claro, de loja dos produtos da empresa.
Todo o parque é decorado com estátuas variadas e mesmo homenagens à santos. O barulho das águas combinado com a área verde remete a uma espiritualidade avançada dos criadores do local.
É um local cuja tranquilidade nos leva à meditação, um presente da família Mocelin, dona da empresa, a quem queira visitar.
Vista do rio e da vegetação.
Tanque das carpas.
Monjolo, tanque das carpas e uma casa típica, das várias que decoram o lugar.
Chafariz e decoração.
Complexo de piscinas de água mineral.
Capela de Nossa Senhora da Luz.
A arara simpática, do pequeno zoológico do local.
O parque está aberto ao público de terça a domingos e feriados. Cobra-se entrada de R$ 15,00 por pessoa, justificada em razão da necessidade de preservação do local, e de ser uma área privada, onde opera uma empresa.
TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.
12 de set. de 2009
10 de set. de 2009
A CHORADEIRA DA COPA 2014
O que era festa embalada pelo otimismo de políticos e dirigentes de clubes está se transformando em choradeira, à guisa de imputar aos governos federal, estaduais e municipais a obrigação de construir e reformar estádios para a Copa, com dinheiro a fundo perdido.
De repente, um alto dirigente da FIFA critica de modo ácido a estrutura do Morumbi, que disputa com o Mineirão a honra de sediar o jogo de abertura do evento. E faz isso a despeito do fato de que a FIFA definiu a cidade de São Paulo como sub-sede, tendo o comitê organizador dela apontado especificamente o estádio Cícero Pompeu de Toledo para a tarefa.
Se ele não servia, por quê São Paulo foi aceita como sub-sede? O que mudou da definição das sub-sedes em maio até agora, para de repente um alto dirigente da FIFA dar a nítida impressão de que faz lobby pela construção de outro estádio gigantesco na capital paulista?
Para o jogo de abertura do evento, não é aceita uma arena com menos de 60 mil espectadores de capacidade. Será que São Paulo comporta mais um estádio enorme assim? E quem vai erguê-lo? Será que existem investidores? Duvido que o Corinthians ou qualquer outro clube tenha dinheiro ou parceiro de 500 milhões de reais para colocar nisso, e daí, sobrará para quem?
Eu mesmo respondo: ou para a prefeitura, ou para o governo estadual.
Aqui em Curitiba, era eufórica a campanha patrocinada por políticos e dirigentes do clube proprietário da Arena da Baixada. Mas tão logo a cidade foi confirmada como sub-sede o presidente do clube veio a público afirmar em alto e bom som que não têm investidor a vista e não vai arcar com o custo de adequação da praça esportiva, nem que isso seja financiado pelo BNDES.
Depois, unido aos dirigentes do SC Internacional de Porto Alegre e do São Paulo FC, manifestou um pedido de isençãoespecífica para obras e materiais aplicados nos estádios privados da Copa. Ou seja, querem construir luxuosos prédios privados assaltando o bolso dos brasileiros que, quando constróem seus barracos, pagam nos materiais a maior carga tributária do planeta!
E o que dizer dos atrasos nas licitações de estádios públicos, já apontada pela FIFA, que pode implicar até na diminuição do número de sedes de 12 para 10?
Atraso em licitação significa aumento de custos. E se há uma data limite para a entrega da obra, o aumento é exponencial, causado por contratações emergenciais sem licitação, as mesmas que fizeram os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro terem custo de Olimpíada.
O processo da Copa 2014 iniciou-se em 2007. Passados mais de 2 anos, não se fez absolutamente nada em termos de obras e não se definiram as fontes dos recursos para os estádios, na exata medida em que, pelo menos aparentemente, ninguém procurou investidores.
E agora a choradeira para fazer com que a os governos arquem com os custos, preferencialmente na bacia das almas, às portas do evento, de afogadilho, para que a pressa alivie as barreiras ditadas pela Lei de Licitações.
Fico me perguntando se essa choradeira é ou não de caso pensado.
De repente, um alto dirigente da FIFA critica de modo ácido a estrutura do Morumbi, que disputa com o Mineirão a honra de sediar o jogo de abertura do evento. E faz isso a despeito do fato de que a FIFA definiu a cidade de São Paulo como sub-sede, tendo o comitê organizador dela apontado especificamente o estádio Cícero Pompeu de Toledo para a tarefa.
Se ele não servia, por quê São Paulo foi aceita como sub-sede? O que mudou da definição das sub-sedes em maio até agora, para de repente um alto dirigente da FIFA dar a nítida impressão de que faz lobby pela construção de outro estádio gigantesco na capital paulista?
Para o jogo de abertura do evento, não é aceita uma arena com menos de 60 mil espectadores de capacidade. Será que São Paulo comporta mais um estádio enorme assim? E quem vai erguê-lo? Será que existem investidores? Duvido que o Corinthians ou qualquer outro clube tenha dinheiro ou parceiro de 500 milhões de reais para colocar nisso, e daí, sobrará para quem?
Eu mesmo respondo: ou para a prefeitura, ou para o governo estadual.
Aqui em Curitiba, era eufórica a campanha patrocinada por políticos e dirigentes do clube proprietário da Arena da Baixada. Mas tão logo a cidade foi confirmada como sub-sede o presidente do clube veio a público afirmar em alto e bom som que não têm investidor a vista e não vai arcar com o custo de adequação da praça esportiva, nem que isso seja financiado pelo BNDES.
Depois, unido aos dirigentes do SC Internacional de Porto Alegre e do São Paulo FC, manifestou um pedido de isençãoespecífica para obras e materiais aplicados nos estádios privados da Copa. Ou seja, querem construir luxuosos prédios privados assaltando o bolso dos brasileiros que, quando constróem seus barracos, pagam nos materiais a maior carga tributária do planeta!
E o que dizer dos atrasos nas licitações de estádios públicos, já apontada pela FIFA, que pode implicar até na diminuição do número de sedes de 12 para 10?
Atraso em licitação significa aumento de custos. E se há uma data limite para a entrega da obra, o aumento é exponencial, causado por contratações emergenciais sem licitação, as mesmas que fizeram os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro terem custo de Olimpíada.
O processo da Copa 2014 iniciou-se em 2007. Passados mais de 2 anos, não se fez absolutamente nada em termos de obras e não se definiram as fontes dos recursos para os estádios, na exata medida em que, pelo menos aparentemente, ninguém procurou investidores.
E agora a choradeira para fazer com que a os governos arquem com os custos, preferencialmente na bacia das almas, às portas do evento, de afogadilho, para que a pressa alivie as barreiras ditadas pela Lei de Licitações.
Fico me perguntando se essa choradeira é ou não de caso pensado.
8 de set. de 2009
PORQUE BURRICE NÃO TEM IDEOLOGIA...
Uribe assina lei que abre caminho para seu terceiro mandato
O título do texto é inspirado na coluna de Roberto Pompeu de Toledo em VEJA desta semana, que analisou a busca pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, por um terceiro mandato.
O colunista de VEJA foi brilhante ao analisar a situação da América Latina, sempre disposta a produzir caudilhos e a afagar egos de individuos que se acham acima do bem do do mal, como este senhor Uribe (que faz um excelente governo na Colômbia, mas o que não lhe dá o direito de se perpetuar no poder) ou Hugo Chaves, Fidel Castro, Evo Morales ou ainda o casal Kirchner.
Esse golpismo de jamais querer deixar o poder, que criou bestas feras como Augusto Pinochet, Alfredo Stroessner, Perón, Batista, Fidel Castro e Hugo Chaves é que renegou a América Latina à pobreza, à corrupção epidêmica e a esse eterno recomeçar de golpe em golpe, até um espasmo de democratização para nova posterior prorrogação de mandatos.
Queira Deus que essa onda não volte ao Brasil!
O título do texto é inspirado na coluna de Roberto Pompeu de Toledo em VEJA desta semana, que analisou a busca pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, por um terceiro mandato.
O colunista de VEJA foi brilhante ao analisar a situação da América Latina, sempre disposta a produzir caudilhos e a afagar egos de individuos que se acham acima do bem do do mal, como este senhor Uribe (que faz um excelente governo na Colômbia, mas o que não lhe dá o direito de se perpetuar no poder) ou Hugo Chaves, Fidel Castro, Evo Morales ou ainda o casal Kirchner.
Esse golpismo de jamais querer deixar o poder, que criou bestas feras como Augusto Pinochet, Alfredo Stroessner, Perón, Batista, Fidel Castro e Hugo Chaves é que renegou a América Latina à pobreza, à corrupção epidêmica e a esse eterno recomeçar de golpe em golpe, até um espasmo de democratização para nova posterior prorrogação de mandatos.
Queira Deus que essa onda não volte ao Brasil!
7 de set. de 2009
O ACORDO MILITAR IRÃ X VENEZUELA
Hugo Chaves foi histérico ao tratar do acordo militar EUA x Colômbia, mas ao mesmo tempo vai entabulando um acordo militar e tecnológico com o Irã.
A gravidade disso, que é desprezada pela grande imprensa e ao mesmo tempo escondida por quem que atacou a Colômbia, é a importação das crises do Oriente Médio para a América Latina, e, pensando bem, talvez seja isso que preocupe tanto o ditador venezuelano e explique sua paranóia anti-EUA.
Um acordo sobre "energia nuclear" com o Irã, que é governado por outro maluco, Mahmoud Ahmadinejad, pode levar ao desenvolvimento na Venezuela de partes de armas atômicas iranianas. Ou seja, o Irã poderia se abrir às inspeções internacionais e mesmo assim estaria desenvolvendo as armas que os cubanófilos temem que os EUA usem aqui na América Latina, mas não se importam se forem usadas por um deles para impor o socialismo utópico que pregam.
E certamente ninguém convocará a Venezuela na UNASUL, para prestar explicações sobre isso.
Sinceramente, pouco me importa se o Irã desenvolve armas nucleares. O mesmo se aplica a Venezuela, porque salvo a preocupação dela ser nossa vizinha, me parece que é aspecto de soberania optar por isso ou não. Se os EUA, a França, a Inglaterra, a Rússia, Índia, China, Paquistão e Israel já têm armas nucleares, não é justo se proibir os demais países do mesmo.
Porém, que cada país os faça sob sua absoluta responsabilidade, sem exportar seu problemas. Daqui há pouco encontram uma célula da Al Qaeda ligada ao presidente da Venezuela e teremos um Iraque na América Latina.
Engana-se quem pensa que os EUA temem Hugo Chaves, que perto de Saddam Hussein é uma criancinha de colo a brincar com chocalho.
No dia em que Chaves efetivamente incomodar os EUA, o que pode acontecer se continuar a brincar de radicalismo islâmico, não precisará de bases na Colômbia para apear o ditador venezuelano do poder, sem que este consiga colocar um avião no ar para se defender.
Chaves tem sido irresponsável. Se dentro de seu país ó povo está feliz com suas maluquices, tudo bem, problema deles. Mas pensar que ninguém percebe o mal potencial que pode criar na AL, transformando-a numa área de um conflito que não nos diz respeito é outra coisa. Apontar o dedo sujo para a Colômbia sem medir os atos próprios é típico de indivíduos que manipulam a informação. Hitler, Stalin e Mussolini fizeram escola.
A gravidade disso, que é desprezada pela grande imprensa e ao mesmo tempo escondida por quem que atacou a Colômbia, é a importação das crises do Oriente Médio para a América Latina, e, pensando bem, talvez seja isso que preocupe tanto o ditador venezuelano e explique sua paranóia anti-EUA.
Um acordo sobre "energia nuclear" com o Irã, que é governado por outro maluco, Mahmoud Ahmadinejad, pode levar ao desenvolvimento na Venezuela de partes de armas atômicas iranianas. Ou seja, o Irã poderia se abrir às inspeções internacionais e mesmo assim estaria desenvolvendo as armas que os cubanófilos temem que os EUA usem aqui na América Latina, mas não se importam se forem usadas por um deles para impor o socialismo utópico que pregam.
E certamente ninguém convocará a Venezuela na UNASUL, para prestar explicações sobre isso.
Sinceramente, pouco me importa se o Irã desenvolve armas nucleares. O mesmo se aplica a Venezuela, porque salvo a preocupação dela ser nossa vizinha, me parece que é aspecto de soberania optar por isso ou não. Se os EUA, a França, a Inglaterra, a Rússia, Índia, China, Paquistão e Israel já têm armas nucleares, não é justo se proibir os demais países do mesmo.
Porém, que cada país os faça sob sua absoluta responsabilidade, sem exportar seu problemas. Daqui há pouco encontram uma célula da Al Qaeda ligada ao presidente da Venezuela e teremos um Iraque na América Latina.
Engana-se quem pensa que os EUA temem Hugo Chaves, que perto de Saddam Hussein é uma criancinha de colo a brincar com chocalho.
No dia em que Chaves efetivamente incomodar os EUA, o que pode acontecer se continuar a brincar de radicalismo islâmico, não precisará de bases na Colômbia para apear o ditador venezuelano do poder, sem que este consiga colocar um avião no ar para se defender.
Chaves tem sido irresponsável. Se dentro de seu país ó povo está feliz com suas maluquices, tudo bem, problema deles. Mas pensar que ninguém percebe o mal potencial que pode criar na AL, transformando-a numa área de um conflito que não nos diz respeito é outra coisa. Apontar o dedo sujo para a Colômbia sem medir os atos próprios é típico de indivíduos que manipulam a informação. Hitler, Stalin e Mussolini fizeram escola.
4 de set. de 2009
KASSAB X ALCKMIN?
O atual governador de São Paulo foi eleito prefeito da capital em virtude de sua boa imagem e seus inegáveis méritos políticos e administrativos enquanto senador e ministro.
Mas um ano e meio depois renunciou e saiu candidato ao governo.
Lesados os paulistanos que elegeram Serra prefeito para 4 anos, assumiu o até então ilustre desconhecido Gilberto Kassab, que certamente não teria sido escolhido no pleito 2004 se fosse cabeça de chapa.
Agora são grandes os rumores de que Kassab deixará a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado, provavelmente contra o tucano Geraldo Alckmin, lesando novamente o eleitores da cidade de São Paulo, que reelegeram o político do DEM em 2008 por suas inegáveis qualidades administrativas, mas que certamente o queriam à frente da municipalidade por 4 anos.
É mais um capítulo da desastrosa atitude oposicionista da dupla DEM/PSDB. Quando pareciam se entender no Congresso Nacional, aparecem estes rumores no estado e na cidade mais importantes da federação, locais onde um bate-chapa entre democratas e tucanos, cindindo a aliança que já ganhou várias eleições seguidas, abre caminho para uma candidatura vitoriosa do PT e seus aliados PP, PTB, PR, etc...
Antonio Palocci, Aloísio Mercadante e Marta Suplicy dão pulos de alegria ao lerem notícias nesse sentido, abrem-se as portas do Palácio dos Bandeirantes para eles, na exata medida da insatisfação do eleitorado da capital e da quebra a aliança histórica entre o DEM e o PSDB.
É vergonhoso e não é exclusividade de São Paulo, pois o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ensaia lesar meus conterrâneos que o elegeram com votação recorde no primeiro turno, para experimentarem mais 4 anos de sua administração, mas correm o risco de vê-lo renunciar para bater chapa com seu aliado Osmar Dias, fortalecendo assim os planos do governador do estado, Roberto Requião.
Eu consigo até tolerar que um político renuncie ao seu mandato 6 meses antes do término para concorrer a outro cargo público. Mas cumprir apenas 1 ano e meio de 4 é acintoso e imoral, ofende a democracia e desvaloriza o voto das pessoas que escolhem seus administradores públicos pelas qualidades que eles efetivamente apresentam, casos de Serra, Kassab e Richa.
Fico me perguntando como construir uma democracia com tanto desrespeito ao voto.
Mas um ano e meio depois renunciou e saiu candidato ao governo.
Lesados os paulistanos que elegeram Serra prefeito para 4 anos, assumiu o até então ilustre desconhecido Gilberto Kassab, que certamente não teria sido escolhido no pleito 2004 se fosse cabeça de chapa.
Agora são grandes os rumores de que Kassab deixará a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado, provavelmente contra o tucano Geraldo Alckmin, lesando novamente o eleitores da cidade de São Paulo, que reelegeram o político do DEM em 2008 por suas inegáveis qualidades administrativas, mas que certamente o queriam à frente da municipalidade por 4 anos.
É mais um capítulo da desastrosa atitude oposicionista da dupla DEM/PSDB. Quando pareciam se entender no Congresso Nacional, aparecem estes rumores no estado e na cidade mais importantes da federação, locais onde um bate-chapa entre democratas e tucanos, cindindo a aliança que já ganhou várias eleições seguidas, abre caminho para uma candidatura vitoriosa do PT e seus aliados PP, PTB, PR, etc...
Antonio Palocci, Aloísio Mercadante e Marta Suplicy dão pulos de alegria ao lerem notícias nesse sentido, abrem-se as portas do Palácio dos Bandeirantes para eles, na exata medida da insatisfação do eleitorado da capital e da quebra a aliança histórica entre o DEM e o PSDB.
É vergonhoso e não é exclusividade de São Paulo, pois o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ensaia lesar meus conterrâneos que o elegeram com votação recorde no primeiro turno, para experimentarem mais 4 anos de sua administração, mas correm o risco de vê-lo renunciar para bater chapa com seu aliado Osmar Dias, fortalecendo assim os planos do governador do estado, Roberto Requião.
Eu consigo até tolerar que um político renuncie ao seu mandato 6 meses antes do término para concorrer a outro cargo público. Mas cumprir apenas 1 ano e meio de 4 é acintoso e imoral, ofende a democracia e desvaloriza o voto das pessoas que escolhem seus administradores públicos pelas qualidades que eles efetivamente apresentam, casos de Serra, Kassab e Richa.
Fico me perguntando como construir uma democracia com tanto desrespeito ao voto.
31 de ago. de 2009
O MARCO REGULATÓRIO DO PRÉ-SAL
O governo resolveu adotar um modelo em funcionamento na Noruega, aliando uma estatal fiscalizadora e gestora, a nova PetroSal, fazendo aportes em um fundo soberano e em outro, social, para investir em educação, ciência, tecnologia, meio-ambiente, cultura e combate a pobreza.
Todos os estados foram, a princípio, agraciados com parcelas dos royalties, no entanto, os produtores terão uma fatia maior, o que também não é censurável.
Eu já havia escrito aqui, que o petróleo do pré-sal é uma oportunidade para o Brasil ao mesmo tempo em que encerra uma responsabilidade. E concordo plenamente com o presidente Lula, de que pode ser uma nova independência da nação.
Muitos países produtores de petróleo são dependentes dele.
A Venezuela é o exemplo aqui da América Latina, porque não produz absolutamente nada que não tenha ligação direta com ele, o que a levou a um binômio de corrupção e ditadura em razão da enorme influência da PDVSA sobre a vida nacional. Bastou o governo de Hugo Chaves aparelhar bem a PDVSA para controlar a economia do país, com prejuízo inclusive à própria produção de petróleo, que está em queda.
O Brasil descobriu a riqueza num momento histórico em que sua economia é forte em vários setores, embora dependente demais de produtos primários, as ditas commodities. Mesmo assim, se a gerir bem, aparentemente não correrá o risco de ficar dependente e ao mesmo tempo poderá gerar recursos que solucionem vários problemas internos, o principal deles, a ineficiência absurda do sistema educacional, se bem que isso depende muito mais de vontade política do que de recursos financeiros, porque estes já existem em valores muito maiores que os da maioria dos países.
Por outro lado, o fundo soberano pode gerar recursos para financiar a questão espinhosa de dar amparo ao processo de envelhecimento da população do país, vez que os recursos da própria previdência social não serão suficientes.
Faltou, pelo menos pelas informações preliminares, uma destinação de royalties para as forças armadas se reequiparem (principalmente a Marinha e a FAB),porque a elas caberá a defesa e patrulhamento das áreas do pré-sal, o que hoje fazem de modo precário.
A a única crítica que faço é a de manter a Petrobrás como grande operadora do sistema. Penso que a empresa, que é de economia mista, deveria concorrer com os demais interessados, porque isso geraria recursos adicionais ao país e pelos menos manteria a atual influência dela, que detém o monopólio interno dos derivados em detrimento do consumidor.
Mas é bem dito, e isso não vale apenas para o governo do PT, mas para todos os que o sucederem:
A riqueza do pré-sal pode ser potencializada apenas com um Estado que gaste menos do que arrecade, que mantenha as contas públicas em ordem com uma administração profissional e apolítica, sem o uso eleitoreiro do petróleo. O próprio conceito de marco regulatório impõe isso, sem contar que não adianta carrear bilhões de recursos públicos que se perdem na corrupção e no empreguismo partidário.
Mais do que isso, deve ser política de Estado, inclusive no sentido de aumentar a fiscalização do uso dos recursos principalmente nos piores antros de corrupção que existem no Brasil, os municípios, onde ladrões de raia miúda impedem as melhorias em áreas como educação e saúde.
Queira Deus que os recursos do pré-sal agilizem inclusive o combate à incompetência e à corrupção.
27 de ago. de 2009
BASES NA COLÔMBIA: O BRASIL VAI SE APROVEITANDO
Como já havia escrito aqui, o Brasil já entendeu perfeitamente a extensão da polêmica das supostas bases norte-americanas na Colômbia, que em nada nos afetam e não trazem risco algum para a América Latina.
Vejam o que saiu na Reuters/Estadão hoje:
Brasil e Colômbia decidem fortalecer cooperação militar
Ministros da Defesa anunciaram acordo mais amplo para aumentar luta contra o narcotráfico em breve
O governo brasileiro faz um certo jogo de cena ao aparentar preocupação com as tais "bases", mas na prática simplesmente se aproveita do assunto, conforme o noticiário tem deixado claro.
No mínimo a análise é de que a polêmica é mais um ato de histrionismo do ditador venezuelano, que chegou a afirmar que vai cortar relações diplomáticas com a Colômbia.
E se o fizer, estará dando um tiro no pé... o problema é que esse tiro seria de bazuca!
A Colômbia exporta produtos de primeira necessidade para a Venezuela, como sabonetes, escovas de dente e xampús, coisas que o país de Hugo Chaves não produz, visto que sua economia é "petróleodependente", incapaz de produzir pelo menos imediatamente, uma mínima parte do que o seu presidente quer substituir em importações.
Mesmo que ele substitua produtos colombianos por brasileiros e argentinos, ainda assim será com sacrifício dos venezuelanos, porque o custo do transporte deles e consequentemente o preço final será muito mais alto, afinal, a Colômbia os encaminha por fronteiras secas de pequena distância, o que não aconteceria a partir do Brasil e da Argentina.
Sem contar que tais economias precisam ter excedentes para exportar, o que é plausível mas não certo.
O fato é que o Brasil tem a ganhar não só com a postura colombiana de reforçar o combate ao narcotráfico a partir de acordos com os EUA, como com a postura idiota de Hugo Chaves, porque, afinal de contas, vamos exportar mais para a Venezuela, podendo fazer o preço com as eventuais necessidades prementes naquele país.
Dando uma no cravo e outra na ferradura, o Brasil está é tirando proveito da polêmica estúpida.
Ponto para o Itamaraty.
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