23 de set. de 2009

DIA SEM CARRO E COM HIPOCRISIA

Algumas cidades brasileiras experimentaram engarrafamentos recorde ontem, que foi o Dia Mundial sem Carro.

Eu mesmo sou um viciado em automóvel, até porque meu trabalho demanda visitar repartições públicas num raio de 30 km do meu escritório, sempre observando os exíguos prazos da legislação tributária. Ou seja, não posso ficar sem automóvel.

Mas defendo, sim, um tratamento mais rigoroso para ele. Penso por exemplo, que as vagas de estacionamento nas ruas devem ser extintas para melhorar o tráfego ou para aumentar as calçadas, vez que se alguém usa automóvel, deve arcar também com o custo financeiro de estacioná-lo. É apenas uma idéia, há muitas outras ações que podem limitar o uso, pois a tendência mundial é de que a aquisição de um veículo seja cada vez mais barata, mas sua manutenção cada vez mais cara, à guisa de restrições de tráfego e estacionamento, impostos mais caros e maiores obrigações de segurança e de controle de poluentes

Não critico campanhas como a do dia sem carro, porque o fato é que o transporte individual está matando as cidades e contribuindo para a piora da qualidade de vida das pessoas.

Mas critico a hipocrisia:

1. Num país em que automóvel é vendido em até 100 prestações, pedir para que as pessoas não o usem, soa falso. O indivíduo passou a vida inteira sonhando em ter um carro, um dia, as condições de crédito lhe proporcionam isso e daí os governos tentam convencê-lo do contrário?

2. É válida a iniciativa de se promover o transporte coletivo, desde que ele funcione a contento. Há uns 20 dias deixei o carro na revisão e tive que vir de Curitiba a Rio Branco do Sul de ônibus, coisa que não fazia há uns 8 anos. Para meu desgosto, os mesmos problemas dos meus tempos de estudante persistem: a) atraso de 25 minutos na chegada do ônibus; b) super-lotação; c)ônibus sujo; e) falta de troco na catraca. Ou seja, no mínimo o indivíduo procura adquirir uma moto e circular por aí com o custo mais próximo ao do ônibus, porque o transporte coletivo pode até ser super-lotado, como acontece nos metrôs de NY ou Tóquio, mas no mínimo precisa ser pontual, prático e higiênico, o que não acontece na região de Curitiba, que dizer no resto do país!

3. O transporte coletivo também exige segurança pública. Ora, você pega um ônibus cujo ponto final está a 5 quadras da sua casa. Mas quem vai trocar o automóvel pelo ônibus sabendo que ao andar essas 5 quadras poderá ser assaltado porque não existe policiamento ostensivo e porque as condições de segurança pública de modo geral são aterradoras? Curitiba tem hoje o mesmo número de policiais na ativa que em 1983. Já aqui na minha cidade, não há policiamento à noite e o 190 simplesmente não atende. Será que o dono de automóvel vai encarar o ônibus se colocando em risco de assalto, assassinato ou estupro?


É a tal coisa. O discurso ecológico é muito bonito. E é adequado para as condições européias, onde existe efetiva preocupação dos governos em prestar bons serviços públicos e dar garantias de segurança aos cidadãos. Mas no Brasil soa hipócrita

22 de set. de 2009

MANCADA!

O Itamaraty, aliás, o Brasil fez papel de palhaço nessa história do retorno de Manuel Zelaya a Honduras.

Onde já se viu um país se prestar a esse papel de fornecedor de lenha numa fogueira que não lhe diz respeito, e aceitar que um indivíduo bata na porta de sua embaixada e seja recebido com direito a elogios do chanceler?

Zelaya foi oportunista. Ele sabe que nem os EUA nem a Venezuela são bem vistos na América Latina, o primeiro pela postura histórica, o segundo, pelos atos destrambelhados de seu presidente-ditador. O que fez? Envolveu o Brasil com imagem de potência emergente e com a simpatia do seu presidente e ao mesmo tempo afastou-se do mau histórico norte-americano e dos desvarios bolivarianos da Hugo Chaves. Ótimo para sua causa, péssimo para o Brasil.

O noticiário de ontem é que o Brasil não mantém relações diplomáticas efetivas com Honduras, o que significa que sua embaixada não necessariamente está blindada pelas leis internacionais. E se ela for invadida? E se morrerem civis? E se Zelaya morrer?

Quem responderá pela estupidez de aceitar que Zelaya se abrigasse lá?


Governo interino de Honduras diz que culpará Brasil por violência

18 de set. de 2009

FRASE

Esta frase está no blog da Ro Costa. Lapidar e atual, não resisti em divulgá-la aqui:

"Todo mundo pensando em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que pensarão em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

17 de set. de 2009

IMAGENS DO COXA - 3


A foto não é de ontem, porque não levo aparelhos eletrônicos para o estádio em dia de casa cheia. Mas é uma amostra do que a torcida do Coritiba fez no jogaço contra o próximo centenário do futebol brasileiro, o Corinthians, cuja torcida também fez uma festa bonita no belo embate. No portal Globo.com você pode assistir a festa de ontem, que certamente será comum nos estádios brasileiros de agora em diante, idéia da torcida Coxa!

KRUGER:

Nesta foto, a torcida homenageia um dos maiores ídolos da história do clube, Kruger, o flecha-loira.

Jogador altamente técnico, chegou no Alto da Glória em 1966, de onde nunca mais saiu, porque acabada a carreira de atleta, virou auxiliar técnico, depois técnico, depois supervisor de futebol e atualmente cuida das categorias de base do clube.

Conta a lenda que fazia dupla com outro jogador de sobrenome germânico, Kosilec, que apesar de bom atleta, não se comparava ao flecha. E um dia um diretor do Vasco da Gama veio comprar Kruger mas não lembrava do sobrenome do rapaz. Acabou levando Kosilec, dada a esperteza do inesquecível presidente Coxa, Evangelino da Costa Neves.

E num jogo do campeonato paranaense de 1970, numa jogada brusca, Kruger sofreu um gravíssimo rompimento de alças intestinais e esteve com a vida por um fio, chegou a receber a extrema-unção.

Toda a sociedade Coxa-Branca acorreu para ajudá-lo e mesmo torcedores dos adversários rezaram por ele (o presidente do rubro-negro da capital encomendou uma missa pela sua recuperação), que milagrosamente voltou aos campos, claro, vestindo a camisa do Coritiba, onde atuou até 1976.

Campeão paranaense em 1968, 69, 71, 72, 73, 74, 75 e 76, do Torneio do Povo em 1973 e campeão brasileiro como auxiliar técnico em 1985, Kruger (e uma equipe de profissionais do clube, como o professor Miro) é responsável pela descoberta de talentos como Henrique, Pedro Ken e Keirrison.

Um dos maiores Coxas da história, um ícone a ser homenageado neste ano de centenário e mais do que isso, um exemplo de amor ao clube, pois em fevereiro completou 41 anos de competentes serviços em seu favor.

16 de set. de 2009

MIOLO MOLE É FATOR DE VIOLÊNCIA

O termo "miolo mole" e a dica foi da Letícia, mas dentro do contexto do post anterior, vejam no G1:

Conselheiro tutelar diz que mãe incentivou briga por ex-namorado.

Duas meninas de 15 anos de idade disputando um indivíduo de 23. Um indivíduo de 23 anos que namora menininhas na porta de escola e sabe Deus se algum crime não cometeu nesse contexto, afinal, é maior de idade interessado por menores, o não é algo que se possa considerar normal ante as leis penais de um país que tem um problema sério de pedofilia. E uma mãe ainda mais desmiolada que os outros envolvidos porque além de aceitar que sua filha de 15 anos namore um indivíduo maior de idade, ainda a incentiva a pregar a mão na cara da "rival".

Falta de cultura, bom senso e discernimento também são causas de violência. E quando isso acontece num contexto em que as pessoas têm acesso a rádio e TV, de tal modo que não podem se furtar às informações praticamente diárias sobre o assunto (pedofilia incluída) e ainda agem dessa forma, está bem claro que não bastam boas condições econômicas.

Pais que não zelam pela integridade física de um filho, são como outros, que acham que o dever de educar é só da escola. E atitudes como estas, não são exclusividade de desassistidos, tem muito bacana que não abre mão da academia ou do "happy hour" para gastar tempo conversando e ensinando alguma coisa para os filhos.

14 de set. de 2009

O QUE EXPLICA TANTA VIOLÊNCIA?

A vida toda cansei de ouvir que a violência no Brasil era fruto da falta de oportunidades e da crise econômica constante. Se dizia no passado que ela era fruto do desemprego, dos baixos salários e da falta de políticas sociais.

Mas nos últimos 7 anos o Brasil experimentou crescimento econômico constante. Os níveis do desemprego caíram, a massa salarial aumentou e, segundo dados do próprio governo, a maioria dos brasileiros encontra-se na classe média.

Programas sociais como o bolsa-família atingem considerável massa de menos favorecidos, tiram pessoas da miséria absoluta e de certa forma alavancam o crescimento econômico. Quotas raciais e sociais nas universidades, microcrédito e políticas educacionais que dão uniformes, transporte, merenda e material escolar completam a lista.

No entanto, os índices de violência só aumentam.

O Paraná que era um estado considerado calmo, experimenta os piores índices de sua história. Mesmo com o incompetente governador Requião negando, Curitiba tem em média 21 assassinatos por fim de semana.

Na Bahia, o crime chega a coagir a polícia e destruir delegacias, o que acontece também em outros estados, sendo que Alagoas é o campeão nacional de homicídios.

No Rio de Janeiro nem se fale, tamanho o caos que vive a cidade e o estado.

Em São Paulo, os índices mantém-se estáveis, quando muito com quedas pequenas. Mas sendo o estado mais rico da federação, bem como o que mais se beneficia da melhoria do quadro econômico, isso é pouco.

Muitos fatores podem ser considerados para explicar a situação. A impunidade, por conta do Judiciário incompetente e formalista bem como da falta dramática de policiamento ostensivo (aqui onde eu vivo, ouvi de um policial que a PM simplesmente não verifica mais situações de desordem social, se alguém parar na porta da minha casa as 3 da madrugada e resolver tocar o Bonde do Tigrão no último volume, a PM já avisou que não se importa). O sistema carcerário que não consegue recuperar nem os casos mais fáceis. A confusão entre autoridades e marginais, vez que não são poucos os políticos com ligações com o crime organizado ou dentro de esquemas de corrupção. A falta de normas mais rígidas sobre costumes, pois no Brasil, bebe-se na rua e vende-se cigarro e álcool para menores sem maiores dificuldades.

Parece que a violência está no cerne da sociedade brasileira. O indivíduo bebe todas e sai na rua dirigindo agressivamente (O Brasil é campeão mundial de mortes no trânsito). Se leva sorte de não envolver-se num acidente, chega em casa e desfere chapoletadas na mulher e nos filhos (o Brasil detém índices alarmantes de violência doméstica e contra a mulher). Se não bate na mulher e nos filhos, vai para o estádio de futebol e se envolve em brigas com torcidas adversárias ou com a PM. Isso se no boteco não se envolver em alguma confusão... o mito do povo dócil cai por água abaixo ao constatar-se essa verdadeira guerra civil, que nem os índices econômicos bons conseguem conter.

12 de set. de 2009

ESTÂNCIA HIDROMINERAL OURO FINO

No município de Campo Largo, distante 30 km de Curitiba, encontra-se a Estância Hidromineral Ouro Fino, de propriedade da empresa de águas minerais do mesmo nome.

A captação de água mineral dá-se na fonte, de modo que sua industrialização deve ser no mesmo local. E observando rigorosos requisitos ambientais, ao mesmo tempo a empresa mantém uma área verde lindíssima, bem cuidada e à disposição do público.

Conheci o local quando criança e o visitei recentemente, atestando que pouca coisa mudou, continuando um lindo parque, de mata preservada de Araucárias.

No lugar há churrasqueiras, parques infantis, piscinas de água mineral (geladíssimas mesmo no verão), um pequeno zoológico, trilhas com cachoeiras, um pequeno restaurante e capela, além, claro, de loja dos produtos da empresa.

Todo o parque é decorado com estátuas variadas e mesmo homenagens à santos. O barulho das águas combinado com a área verde remete a uma espiritualidade avançada dos criadores do local.

É um local cuja tranquilidade nos leva à meditação, um presente da família Mocelin, dona da empresa, a quem queira visitar.


Vista do rio e da vegetação.

Tanque das carpas.

Monjolo, tanque das carpas e uma casa típica, das várias que decoram o lugar.

Chafariz e decoração.



Complexo de piscinas de água mineral.

Capela de Nossa Senhora da Luz.

A arara simpática, do pequeno zoológico do local.


O parque está aberto ao público de terça a domingos e feriados. Cobra-se entrada de R$ 15,00 por pessoa, justificada em razão da necessidade de preservação do local, e de ser uma área privada, onde opera uma empresa.

TODAS AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA, O USO NA INTERNET É LIVRE, CITADA A FONTE. CLIQUE SOBRE ELAS PARA AMPLIAR.

10 de set. de 2009

A CHORADEIRA DA COPA 2014

O que era festa embalada pelo otimismo de políticos e dirigentes de clubes está se transformando em choradeira, à guisa de imputar aos governos federal, estaduais e municipais a obrigação de construir e reformar estádios para a Copa, com dinheiro a fundo perdido.

De repente, um alto dirigente da FIFA critica de modo ácido a estrutura do Morumbi, que disputa com o Mineirão a honra de sediar o jogo de abertura do evento. E faz isso a despeito do fato de que a FIFA definiu a cidade de São Paulo como sub-sede, tendo o comitê organizador dela apontado especificamente o estádio Cícero Pompeu de Toledo para a tarefa.

Se ele não servia, por quê São Paulo foi aceita como sub-sede? O que mudou da definição das sub-sedes em maio até agora, para de repente um alto dirigente da FIFA dar a nítida impressão de que faz lobby pela construção de outro estádio gigantesco na capital paulista?

Para o jogo de abertura do evento, não é aceita uma arena com menos de 60 mil espectadores de capacidade. Será que São Paulo comporta mais um estádio enorme assim? E quem vai erguê-lo? Será que existem investidores? Duvido que o Corinthians ou qualquer outro clube tenha dinheiro ou parceiro de 500 milhões de reais para colocar nisso, e daí, sobrará para quem?

Eu mesmo respondo: ou para a prefeitura, ou para o governo estadual.

Aqui em Curitiba, era eufórica a campanha patrocinada por políticos e dirigentes do clube proprietário da Arena da Baixada. Mas tão logo a cidade foi confirmada como sub-sede o presidente do clube veio a público afirmar em alto e bom som que não têm investidor a vista e não vai arcar com o custo de adequação da praça esportiva, nem que isso seja financiado pelo BNDES.

Depois, unido aos dirigentes do SC Internacional de Porto Alegre e do São Paulo FC, manifestou um pedido de isençãoespecífica para obras e materiais aplicados nos estádios privados da Copa. Ou seja, querem construir luxuosos prédios privados assaltando o bolso dos brasileiros que, quando constróem seus barracos, pagam nos materiais a maior carga tributária do planeta!

E o que dizer dos atrasos nas licitações de estádios públicos, já apontada pela FIFA, que pode implicar até na diminuição do número de sedes de 12 para 10?

Atraso em licitação significa aumento de custos. E se há uma data limite para a entrega da obra, o aumento é exponencial, causado por contratações emergenciais sem licitação, as mesmas que fizeram os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro terem custo de Olimpíada.

O processo da Copa 2014 iniciou-se em 2007. Passados mais de 2 anos, não se fez absolutamente nada em termos de obras e não se definiram as fontes dos recursos para os estádios, na exata medida em que, pelo menos aparentemente, ninguém procurou investidores.

E agora a choradeira para fazer com que a os governos arquem com os custos, preferencialmente na bacia das almas, às portas do evento, de afogadilho, para que a pressa alivie as barreiras ditadas pela Lei de Licitações.

Fico me perguntando se essa choradeira é ou não de caso pensado.

8 de set. de 2009

PORQUE BURRICE NÃO TEM IDEOLOGIA...

Uribe assina lei que abre caminho para seu terceiro mandato

O título do texto é inspirado na coluna de Roberto Pompeu de Toledo em VEJA desta semana, que analisou a busca pelo presidente colombiano, Álvaro Uribe, por um terceiro mandato.

O colunista de VEJA foi brilhante ao analisar a situação da América Latina, sempre disposta a produzir caudilhos e a afagar egos de individuos que se acham acima do bem do do mal, como este senhor Uribe (que faz um excelente governo na Colômbia, mas o que não lhe dá o direito de se perpetuar no poder) ou Hugo Chaves, Fidel Castro, Evo Morales ou ainda o casal Kirchner.

Esse golpismo de jamais querer deixar o poder, que criou bestas feras como Augusto Pinochet, Alfredo Stroessner, Perón, Batista, Fidel Castro e Hugo Chaves é que renegou a América Latina à pobreza, à corrupção epidêmica e a esse eterno recomeçar de golpe em golpe, até um espasmo de democratização para nova posterior prorrogação de mandatos.

Queira Deus que essa onda não volte ao Brasil!

7 de set. de 2009

O ACORDO MILITAR IRÃ X VENEZUELA

Hugo Chaves foi histérico ao tratar do acordo militar EUA x Colômbia, mas ao mesmo tempo vai entabulando um acordo militar e tecnológico com o Irã.

A gravidade disso, que é desprezada pela grande imprensa e ao mesmo tempo escondida por quem que atacou a Colômbia, é a importação das crises do Oriente Médio para a América Latina, e, pensando bem, talvez seja isso que preocupe tanto o ditador venezuelano e explique sua paranóia anti-EUA.

Um acordo sobre "energia nuclear" com o Irã, que é governado por outro maluco, Mahmoud Ahmadinejad, pode levar ao desenvolvimento na Venezuela de partes de armas atômicas iranianas. Ou seja, o Irã poderia se abrir às inspeções internacionais e mesmo assim estaria desenvolvendo as armas que os cubanófilos temem que os EUA usem aqui na América Latina, mas não se importam se forem usadas por um deles para impor o socialismo utópico que pregam.

E certamente ninguém convocará a Venezuela na UNASUL, para prestar explicações sobre isso.

Sinceramente, pouco me importa se o Irã desenvolve armas nucleares. O mesmo se aplica a Venezuela, porque salvo a preocupação dela ser nossa vizinha, me parece que é aspecto de soberania optar por isso ou não. Se os EUA, a França, a Inglaterra, a Rússia, Índia, China, Paquistão e Israel já têm armas nucleares, não é justo se proibir os demais países do mesmo.

Porém, que cada país os faça sob sua absoluta responsabilidade, sem exportar seu problemas. Daqui há pouco encontram uma célula da Al Qaeda ligada ao presidente da Venezuela e teremos um Iraque na América Latina.

Engana-se quem pensa que os EUA temem Hugo Chaves, que perto de Saddam Hussein é uma criancinha de colo a brincar com chocalho.

No dia em que Chaves efetivamente incomodar os EUA, o que pode acontecer se continuar a brincar de radicalismo islâmico, não precisará de bases na Colômbia para apear o ditador venezuelano do poder, sem que este consiga colocar um avião no ar para se defender.

Chaves tem sido irresponsável. Se dentro de seu país ó povo está feliz com suas maluquices, tudo bem, problema deles. Mas pensar que ninguém percebe o mal potencial que pode criar na AL, transformando-a numa área de um conflito que não nos diz respeito é outra coisa. Apontar o dedo sujo para a Colômbia sem medir os atos próprios é típico de indivíduos que manipulam a informação. Hitler, Stalin e Mussolini fizeram escola.

4 de set. de 2009

KASSAB X ALCKMIN?

O atual governador de São Paulo foi eleito prefeito da capital em virtude de sua boa imagem e seus inegáveis méritos políticos e administrativos enquanto senador e ministro.

Mas um ano e meio depois renunciou e saiu candidato ao governo.

Lesados os paulistanos que elegeram Serra prefeito para 4 anos, assumiu o até então ilustre desconhecido Gilberto Kassab, que certamente não teria sido escolhido no pleito 2004 se fosse cabeça de chapa.

Agora são grandes os rumores de que Kassab deixará a prefeitura de São Paulo para concorrer ao governo do estado, provavelmente contra o tucano Geraldo Alckmin, lesando novamente o eleitores da cidade de São Paulo, que reelegeram o político do DEM em 2008 por suas inegáveis qualidades administrativas, mas que certamente o queriam à frente da municipalidade por 4 anos.

É mais um capítulo da desastrosa atitude oposicionista da dupla DEM/PSDB. Quando pareciam se entender no Congresso Nacional, aparecem estes rumores no estado e na cidade mais importantes da federação, locais onde um bate-chapa entre democratas e tucanos, cindindo a aliança que já ganhou várias eleições seguidas, abre caminho para uma candidatura vitoriosa do PT e seus aliados PP, PTB, PR, etc...

Antonio Palocci, Aloísio Mercadante e Marta Suplicy dão pulos de alegria ao lerem notícias nesse sentido, abrem-se as portas do Palácio dos Bandeirantes para eles, na exata medida da insatisfação do eleitorado da capital e da quebra a aliança histórica entre o DEM e o PSDB.

É vergonhoso e não é exclusividade de São Paulo, pois o prefeito de Curitiba, Beto Richa, ensaia lesar meus conterrâneos que o elegeram com votação recorde no primeiro turno, para experimentarem mais 4 anos de sua administração, mas correm o risco de vê-lo renunciar para bater chapa com seu aliado Osmar Dias, fortalecendo assim os planos do governador do estado, Roberto Requião.

Eu consigo até tolerar que um político renuncie ao seu mandato 6 meses antes do término para concorrer a outro cargo público. Mas cumprir apenas 1 ano e meio de 4 é acintoso e imoral, ofende a democracia e desvaloriza o voto das pessoas que escolhem seus administradores públicos pelas qualidades que eles efetivamente apresentam, casos de Serra, Kassab e Richa.

Fico me perguntando como construir uma democracia com tanto desrespeito ao voto.

CORITIBA: O MEDO DO FUTURO.

No erro de uma diretoria interina, que acionou a justiça comum em 1989 para não jogar uma partida marcada de má-fé pela CBF para prejudicar ...